Internet x shoppings

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Mais verbas

O relator do Orçamento Geral da União de 2017 na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), apresentou à imprensa o relatório preliminar que prevê R$ 9,9 bilhões a mais em recursos para a saúde e R$ 1,2 bilhão para a educação, totalizando R$ 11,1 bilhões. No caso da saúde, o parlamentar explicou que houve alocação maior de verbas para cumprir a destinação de 15% da receita corrente líquida conforme determinado na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos.

Os mais endividados

Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os estados com saúde financeira mais preocupante, segundo o Tesouro Nacional que todo ano elabora um ranking de capacidade de pagamento dos estados, em um sistema similar ao das agências de classificação de risco. Segundo a versão do ranking divulgada no mês passado, dez estados pioraram entre 2015 e 2016. Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm as piores notas do país e receberam a classificação “D”, a segunda mais baixa na escala do Tesouro – os conceitos vão de “A+”, para contas bem equilibradas, a “D-“, que indica desequilíbrio grave.

Milionários aumentam

Mesmo em meio à crise econômica, o número de milionários brasileiros continua a crescer. Neste ano, o país ganhou mais dez mil novos milionários, de acordo com o Global Wealth Report 2016, relatório anual sobre fortunas elaborado pelo banco CreditSuisse. No total, o país possui 172 mil pessoas com mais de US$ 1 milhão (R$ 3,35 milhões) na conta. Segundo o banco suíço, o país vive uma desigualdade relativamente elevada. Ao mesmo tempo em que possui 172 mil milionários e 245 mil adultos entre a camada que representa 1% da riqueza mundial, o país tem 24 milhões de pessoas com uma renda inferior a US$ 249 dólares por ano (ou R$ 834,15).

*****

O relatório mostra ainda que 36% do patrimônio de famílias brasileiras são ativos financeiros. “Muitos brasileiros mantêm uma relação especial com ativos imobiliários como  proteção contra futura inflação”, diz o estudo. A dívida de famílias se manteve estável, passando de 19% de seu patrimônio em 2015 para 18% este ano. Na avaliação do banco, isso pode “refletir uma maior cautela diante do aumento de incertezas que o país atravessa”. Atualmente, o mundo possui 32,9 milhões de milionários, um incremento de 596 mil em relação a 2015.

Mensalidades vão subir

O ano ainda nem acabou e as famílias já estão fazendo contas e se planejando para encaixar o preço das mensalidades escolares no orçamento doméstico. De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp), o aumento médio das mensalidades ficou entre 8% e 11%. Trata-se do segundo ano consecutivo em que os aumentos ficam acima da inflação – o acumulado dos últimos 12 meses chegou a 7,87% em outubro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No ano passado, levantamento do sindicato apontou que o reajuste médio nas mensalidades foi de 12% ante a inflação de 10,67%.

Inflação menor

A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou de 0,19% em outubro para 0,26% em novembro. Apesar do ritmo maior, o indicador registrado agora representa o menor para o mês de novembro dos últimos nove anos — desde 2007, o nível não ia a um patamar tão baixo. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os principais vilões da inflação na prévia de novembro foram os bens e serviços ligados ao grupo saúde e cuidados pessoais, que subiram 0,68%, e as despesas pessoais, que aumentaram 0,47% no mês. Por outro lado, os alimentos e as bebidas e as roupas ficaram mais leves no bolso do brasileiro.

Internet x shoppings

Uma pesquisa realizada pela Ipsos em nove regiões metropolitanas revela que usuários de internet já gastam, em média, mais com compras online que em shopping centers. No entanto, a alta preocupação com segurança na internet ainda faz com que muitos prefiram comprar em lojas físicas, indica o estudo. De acordo com o EGM (Estudo Geral de Meios), conduzido pela Ipsos Connect, usuários de internet gastam, em média, R$ 428 mensalmente no e-commerce enquanto o valor declarado gasto em shoppings é de R$ 229. O valor médio varia de acordo com a classe social: o montante gasto por aqueles das classes A e B chega a R$ 475, enquanto o despendido por aqueles da D e E é de R$ 269.No entanto,  oito em cada dez entrevistados (79%) declararam temer a falta de segurança na rede.

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.