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Inflação foi a menor
Inflação foi a menor
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,08% em setembro. A taxa é inferior às observadas em agosto deste ano (0,44%) e em setembro de 2015 (0,54%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando apenas os meses de setembro, a taxa é a menor desde 1998, quando ficou em -0,22%. Com isso, o IPCA acumula taxa de 5,51% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 8,48%, abaixo dos 8,97% acumulados até agosto deste ano, mas acima do teto da meta de inflação do governo federal, que é de 6,5%. O principal responsável pela queda do índice foi o grupo de despesas de alimentação, que teve deflação de 0,29% em setembro. Também tiveram deflações os artigos para residência (-0,23%) e os transportes (-0,1%). O INPC, que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, acumula taxa de 9,15% em 12 meses. Considerando-se apenas setembro, o INPC teve a mesma taxa que o IPCA: 0,08%. A taxa é inferior ao 0,31% registrado pelo INPC em agosto.
Celular “básico”
A venda de celulares voltou a crescer no segundo trimestre, de acordo com a consultoria IDC. O mercado total avançou 23,1% frente ao primeiro trimestre do ano, depois de sucessivas quedas nas vendas — na comparação anual foi registrada queda de 1,7%. Apesar de o volume de smartphones ter crescido 16,6% no primeiro trimestre em relação ao período entre janeiro e março, os celulares básicos — com acesso limitado à internet e sem aplicativos — foram o que registraram maior alta nas vendas, com 38,4% mais unidades.
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Grandes varejistas procuraram os fabricantes após ficarem sem celulares mais simples nas lojas no final de 2015. Segundo economistas, a crise econômica reduziu o poder de compra do brasileiro, ao mesmo tempo em que o dólar pressionou o preço dos smartphones. Isso acabou favorecendo os “básicos”. Para eles, o preço médio desses modelos, que é de R$ 134, tenderá a cair nos próximos meses.
Pet mostra resistência
Roupinhas, comidas naturais, petiscos, passeios — a pé ou de táxi, banho e tosa. Dos tradicionais aos novos produtos e serviços, a demanda da nação pet resiste mesmo em meio à crise. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), no ano passado, o setor elevou seu faturamento em 7,6%, embolsando R$ 18 bilhões. Motivo de comemoração para empreendedores que vão muito além de pet shop e podem, dependendo do formato escolhido, gastar menos. Como microempreendedor individual, é possível ser banhista ou esteticista de animais domésticos e cuidador de animais. Não se paga nada para se registrar, e o imposto mensal é de R$ 50. Isso ainda permite que você não tenha um ponto fixo, atendendo na casa do cliente — explica a analista do Sebrae, Mirella Condé.
Temporários no Natal
O último trimestre do ano traz sempre grandes expectativas para o comércio e o setor de serviços, que costumam ampliar estoques e fazer investimentos para atender a demanda aquecida do Natal. Neste ano, porém, a crise econômica deverá novamente inibir o volume das tradicionais contratações de mão de obra temporária e também de trabalhadores efetivos. De acordo com um levantamento feito nas 27 capitais e no interior do país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), oito em cada dez (84,6%) empresários não contrataram e nem pretendem contratar trabalhadores para este fim de ano, incluindo os temporários.
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Apenas 15,4% dos empresários consultados manifestaram a intenção de reforçar o quadro de funcionários. Levando em consideração o setor do varejo e serviços, somente 27,2 mil vagas extras deverão ser criadas. Para quem não vai contratar — seja temporário ou efetivo —, a principal razão é não ver necessidade na ampliação do quadro de funcionários, acreditando que a equipe atual dará conta do volume de clientes aguardados para o período. Os que vão aumentar o número de horas trabalhadas por dia da atual equipe são apenas 10,8% da amostra.
Cai a produção industrial
A produção industrial nacional caiu em 11 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na passagem de julho para agosto. As quedas mais intensas foram observadas no Paraná (-8%), Espírito Santo (-6,4%), Amazonas (-5,7%) e em São Paulo (-5,4%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional. Também tiveram quedas, ainda que abaixo da média nacional de 3,8%, os estados de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Apenas a Bahia, com alta de 10,4%, o Pará, com 1,2%, e a Região Nordeste, com 0,8%, tiveram crescimento na produção em agosto, na comparação com julho.
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