Inflação de 6,6%

sexta-feira, 01 de abril de 2016

Inflação de 6,6%

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar este ano em 6,6%, segundo projeção divulgada ontem, 31 de março, no Relatório de Inflação, editado trimestralmente pelo Banco Central (BC). A estimativa anterior, publicada em dezembro, era 6,2%. Para 2017, a estimativa de inflação passou de 4,8% para 4,9%. Em 12 meses encerrados em março de 2018, a projeção de inflação é 4,5%. O BC também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Neste caso, o IPCA também deve ficar em 6,9% este ano, ante 6,3% previstos em dezembro último. Para 2017, a estimativa de mercado foi ajustada de 4,9% para 5,4%.

Confiança aumentou

O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas subiu 0,1 ponto entre fevereiro e março e chegou a 68,9 pontos, em uma escala de zero a 200. O indicador voltou a crescer depois de uma queda de 0,7 ponto entre janeiro e fevereiro. De acordo com a FGV, a alta de 0,1 ponto da confiança do empresário de serviços não é significativa e pode ser interpretada como uma virtual estabilidade. O índice continua próximo do menor patamar da série histórica. Das 13 principais atividades analisadas na pesquisa, cinco apresentaram alta, uma ficou estável e sete caíram.

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O Índice de Confiança da Indústria avançou 0,4 ponto em março, passando de 74,7 para 75,1 pontos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. Em termos trimestrais, o índice recuou de 75,5 pontos, na média do quarto trimestre de 2015, para 75,3 pontos no primeiro trimestre de 2016. O aumento da confiança em março tem relação com a melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, apesar da piora nas expectativas para os próximos meses.

Inflação negativa

Em fevereiro, os preços da indústria geral fecharam com deflação (inflação negativa) de 0,58%, uma desaceleração de 1,26 ponto percentual entre um período e outro. Com o resultado, os preços ao produtor (na porta da fábrica) fecharam o primeiro bimestre do ano com variação acumulada de 0,09%, enquanto a taxa acumulada nos últimos 12 meses (anualizada) fechou fevereiro com variação de 8,57%, contra 9,99% do acumulado até janeiro. Os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) foram divulgados ontem, 31 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam que, entre as 24 atividades das indústrias extrativa e de transformação, dez apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês anterior.

Incentivos em debate

O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, se reuniu com deputados na Assembleia Legislativa do estado (Alerj) em busca de uma solução para a crise econômica. Dornelles esteve na Alerj para se apresentar aos parlamentares e afirmou que a situação econômica do Rio é “trágica”. De acordo com o presidente da Assembleia, deputado Jorge Picciani (PMDB), debateu-se a aprovação de projeto de lei para rever a política de incentivos e isenções fiscais a empresas no estado.

Prejuízo bilionário

A Eletrobras fechou 2015 com um resultado negativo de R$ 14,4 bilhões. O balanço foi divulgado esta semana e indica que em 2014 a empresa também havia fechado com balanço negativo: R$ 3 bilhões. Segundo a Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras), entre os principais fatores que levaram ao prejuízo bilionário figuram a provisão de R$ 7 bilhões para contingências judiciais, com destaque para o empréstimo compulsório de R$ 5,3 bilhões; e prejuízo de R$ 5,1 bilhões das empresas de distribuição.

Emprego flexível

Sete em cada dez brasileiros com mais de 16 anos que trabalham gostariam de ter flexibilidade de horário, mas apenas 56% afirmam poder chegar e sair em horários diferentes. Trabalhadores formais afirmam enfrentar mais rigidez em relação aos horários, pois enquanto a flexibilidade é uma realidade para 76% dos que trabalham em atividades informais, apenas 38% dos trabalhadores formais entrevistados usufruem desse benefício. Outro desejo de 73% dos entrevistados pela pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria é poder trabalhar em casa ou em locais alternativos, mas apenas 57% possuem essa flexibilidade.

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A maioria dos brasileiros entrevistados se mostra favorável a mudanças que flexibilizem algumas regras trabalhistas: 63% gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para trabalhar mais horas por dia em troca de mais folgas na semana; 62% gostariam de poder receber o vale-transporte em dinheiro; 58% gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para reduzir o horário de almoço e sair mais cedo; 53% gostariam de poder dividir as férias em mais de dois períodos. Perguntados se em épocas de crise aceitariam realizar acordos de redução de jornada e salário com o empregador para manter emprego, 43% afirmam que aceitariam.

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