Inflação chega a 9,34%

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Inflação chega a 9,34%

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15), está em 0,86% este mês. A taxa é maior que as observadas em abril (0,51%) e em maio de 2015 (0,6%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 é de 4,21% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de preços de 9,62%, taxa superior aos 9,34% registrados em 12 meses até abril. A prévia é a maior para os meses de maio desde 1996 quando atingiu 1,32%.

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Os alimentos e os remédios foram os principais responsáveis pela alta de 0,86% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). Os preços dos alimentos avançaram 1,03% e os dos remédios, 6,5%. Juntos, contribuíram com 0,48 ponto porcentual na formação do índice e responderam por mais da metade, 56%, da taxa do mês. O grupo alimentação e bebidas teve impacto de 0,27 ponto porcentual. O IBGE ressaltou ainda que a soma das altas dos remédios de maio e abril alcança 9,31%, reflexo do reajuste de 12,5%, em vigor desde 1º de abril.

Baixa arrecadação

O governo federal arrecadou R$ 110,895 bilhões em impostos e contribuições em abril, queda real de 7,1% sobre abril de 2015, divulgou a Receita Federal. O desempenho para abril deste ano foi o pior desde 2010, quando havia somado R$ 108,526 bilhões, em dados corrigidos pela inflação. Em pesquisa Reuters, a projeção era de resultado de R$ 112 bilhões no mês passado. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, período de Nelson Barbosa à frente do Ministério da Fazenda, a arrecadação somou R$ 423,909 bilhões, com queda real de 7,91% frente ao mesmo período do ano passado. O resultado do primeiro quadrimestre também é o pior para este período desde 2010. Com a crise econômica afetando a atividade econômica e o pagamento de impostos, a arrecadação de tributos vem registrando uma sequência de quedas.

Pior que imaginava

 Encerrando a primeira semana no comando do Ministério da Fazenda, a avaliação do ministro Henrique Meirelles é que a situação da economia brasileira é pior do que ele imaginava. Meirelles, porém, acredita no apoio do Congresso e da população para mudar o cenário. O ministro declarou que o tamanho do déficit foi o que mais surpreendeu. “Eu encontro nos números uma situação pior do que esperava. Isso é tudo diante de uma expectativa que eu tinha olhando de fora.”

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Ao mesmo tempo, ele ressaltou que o governo de Michel Temer tem uma nova capacidade de negociação com o Congresso, o que pode facilitar a aprovação de medidas. Meirelles também comentou sobre o apoio da população. “O povo está cada vez mais preparado a tomar e apoiar medidas que resolvam a crise”, avaliou.

Nota fluminense

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na última quinta-feira, 19, projeto de lei dos deputados Wanderson Nogueira (PSol) e Jorge Felippe Neto (DEM), que cria o programa de estímulo à cidadania fiscal do estado – nota fluminense.  O texto tem o intuito de incentivar a população a exigir o documento fiscal de fornecedores de mercadorias, bens ou serviços. Assim, o cidadão poderá receber créditos do Tesouro estadual, que poderão ser utilizados no abatimento do IPVA ou mesmo depositados na conta bancária do usuário. A nota fluminense funcionará aos moldes da Nota Fiscal Carioca, que vigora no município do Rio.  Os deputados justificam que o sistema poderá aumentar o índice de regularização das empresas do estado.  O texto ainda  será votado em segunda discussão pela Alerj.

Mínimo argentino

O governo argentino e os sindicatos acertaram na última quinta-feira, 19, um aumento de 33% para o salário mínimo. Com o reajuste, o mínimo chegará a 8.060 pesos (R$ 2.040) em janeiro de 2017, informou uma fonte empresarial que participou da reunião. O aumento do salário referencial, que até agora era de 6.060 pesos (R$ 1.530), será feito em parcelas entre junho e setembro de 2016 e janeiro do próximo ano. O seguro desemprego, defasado em relação aos salários de 2016, também será reajustado, de 400 pesos (R$ 100) para três mil pesos (R$ 760). No momento, a Argentina enfrenta uma inflação elevada: os quase 20% acumulados apenas em 2016 têm sido sentidos principalmente na cesta básica.

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