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Inflação cai, desemprego sobe, renda encolhe
Inflação cai
Após 13 meses consecutivos de alta, o indicador de expectativa de inflação dos consumidores deve fechar março com queda de 0,3 ponto percentual em relação a fevereiro. Segundo divulgou ontem, 28, o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), a inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes recuou de 11,4% para 11,1%, de fevereiro para março. Apesar da primeira queda do indicador, a inflação projetada pelos consumidores ainda é a terceira maior desde 2005. A faixa de renda mais baixa continua prevendo inflação mais alta para os 12 meses seguintes: 11,7%.
Desemprego sobe
A taxa de desocupação no país, no trimestre encerrado em janeiro deste ano, contabilizado desde novembro do ano passado, ficou em 9,5% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a maior taxa de desemprego registrada desde o início da pesquisa em 2012. De acordo com o instituto, no trimestre encerrado em janeiro, a população desocupada era de 9,6 milhões de pessoas, um crescimento de 6% (mais 545 mil pessoas) em relação ao trimestre de agosto a outubro do ano passado. Quando comparado a igual trimestre de 2015, a população desocupada chegou a crescer 42,3%, refletindo um contingente de 2,9 milhões de pessoas desempregadas a mais. No trimestre anterior, equivalente ao período de agosto a outubro de 2015, a taxa de desocupação registrada foi 9%.
Renda encolhe
Os dados sobre desemprego divulgados revelam uma mudança do perfil do ajuste no mercado de trabalho brasileiro, reflexo direto da recessão econômica. As estatísticas apontam para o aumento no número de demissões em 2016, além do encolhimento ainda maior na renda dos trabalhadores. Economistas afirmam que este movimento se dará principalmente porque o setor de serviços, que se manteve resiliente por muitos meses, dá sinais mais evidentes de fraqueza. Por contratar grandes contingentes de trabalhadores, a deterioração do emprego neste segmento será determinante para o avanço da taxa de desocupação para a casa dos 12% ainda neste ano. Na passagem de janeiro para fevereiro, o desemprego avançou de 7,6% para 8,2% nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada pelo IBGE.
Microfranquias
Em tempos de crise econômica e redução na oferta de emprego, empreender pode ser uma alternativa para assegurar uma renda. Nesse cenário, as microfranquias têm despontado como um caminho para quem não dispõe de tanto capital para aplicar. A característica desse modelo de negócio é exigir investimento inicial pequeno, de até R$ 80 mil. Números da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram um aumento do interesse pelo sistema nos últimos anos. De acordo com a ABF, em 2011 havia 336 redes classificadas como microfranquias no país. Em 2012, o número passou a 368, uma alta de 9,5%. No ano de 2013, o total de microfranquias atingiu 384, crescendo 4,3% e, por fim, em 2014, chegou a 433, com crescimento de 12,8% ante o ano anterior. A entidade ainda não fechou os dados de 2015. O diretor de Relacionamento e Mercado da ABF, Cláudio Tieghi, diz que o segmento de franquias cresce em momentos de crise.
Novos empreendimentos
O primeiro mês do ano registrou 166.613 novos empreendimentos no Brasil, segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, o mais alto para um mês de janeiro desde o início da série, iniciada há seis anos. Em janeiro, o país ganhou 166.613 novos empreendimentos, o maior registro de novas empresas para o primeiro mês do ano desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número é 10,4% maior do que o registrado em janeiro de 2015 (150.958) e 48,0% superior ao apontado no mês anterior (dezembro/2015), quando 112.590 empresas foram abertas. Os Microempreendedores Individuais (MEIs) tiveram alta de 14,8% em relação a janeiro de 2015: 137.301 contra 119.555. Observa-se, inclusive, um aumento crescente dos MEIs entre todas as naturezas jurídicas apuradas no decorrer dos anos.
Garantia legal
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na quarta-feira, 23, em primeira discussão, o projeto de lei do deputado Dr. Sadinoel (PMB) que determina que estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços informem ao consumidor sobre a garantia legal dos produtos ou serviços. De acordo com a proposta, os comerciantes deverão informar a norma estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor em cartazes fixados em pontos de fácil visualização, próximos aos locais de pagamento e de retirada de produtos ou de solicitação de serviços. O parlamentar explica que produtos não duráveis possuem garantia de 30 dias, já produtos duráveis, 90 dias. Caso o estabelecimento descumpra a norma, poderá ser penalizado com multas previstas pelo CDC. O texto ainda será votado em segunda discussão pela Alerj.
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