Incentivo para Friburgo

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Feijão, o vilão da inflação

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) voltou a acelerar este mês, ao subir 0,14 ponto percentual e passar de 0,40% para 0,54% entre junho e julho. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 8,93% nos últimos 12 meses. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que o total acumulado no ano é de 5,19%, bem abaixo dos 6,9% registrados em igual período do ano anterior. Em julho de 2015, a taxa havia sido 0,59%.

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Mais uma vez os preços dos alimentos pressionam a inflação. Com alta de 0,37% em julho e participação de 69% do IPCA-15 no mês, o grupo alimentação e bebidas acusou a mais elevada variação em julho desde a alta registrada em 2008: 1,75%. Mais uma vez o feijão-carioca, cujos preços subiram, em média, 58,06%, foi, isoladamente, o item que exerceu o maior impacto no índice do mês, 0,18 ponto percentual. Segundo o IBGE, os demais tipos de feijão também apresentaram aumentos significativos. O mulatinho passou a custar, em média, 45,94% a mais, o preto subiu 34,23% e o fradinho, 11,78%.

Incentivo para Friburgo

Indústrias dos setores de reciclagem e metal mecânico de Nova Friburgo podem ser beneficiadas com concessão de incentivos fiscais. É o que determina o projeto de lei do deputado Dica (PTN), aprovado pela  Assembleia Legislativa do estado (Alerj) em primeira discussão. O texto altera a lei 4.178/03. Na justificativa, o deputado diz que o estado não dispõe de recursos para assumir os custos de tratamento e reciclagem do lixo, práticas que trazem benefícios para a população e para o meio ambiente. O texto ainda será votado em segunda discussão pela Alerj

Índice pessimista

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (Icei-RJ). De acordo com os dados, o pessimismo do empresariado é crescente em relação às condições da economia regional. “Os resultados do Icei descrevem o cenário atual, onde o Brasil já sinalizou mudanças importantes que afetam o ambiente de negócios, como o ajuste das contas públicas, reformas essenciais, enquanto o Rio  ainda patina em uma crise financeira”, informou o gerente de estudos econômicos da entidade, Guilherme Mercês.

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Em julho a pesquisa registrou 23,1 pontos no indicador de condições atuais da economia do estado, interrompendo a trajetória de recuperação que se iniciou há três meses. Em relação às expectativas para os próximos seis meses, o índice geral mostra estabilidade em julho (46,8 pontos) ante junho (46,9 pontos). Enquanto a expectativa sobre a economia  cresceu de 41,8 pontos para 42,8 pontos, a percepção dos empresários fluminenses com a economia caiu de 37 pontos para 35,2 pontos, depois de experimentar sequência de três meses de alta. A pesquisa varia de zero a 100, sendo que os valores inferiores a 50 pontos indicam redução ou pessimismo.

Consumidor cauteloso

Com o desemprego em alta e a renda em queda, os brasileiros reduziram o consumo e passaram a adotar um comportamento cauteloso: eliminaram produtos supérfluos da cesta de compras e trocaram marcas mais caras por outras de preço mais baixo. As vendas das  marcas líderes caíram 41%, segundo dados da Nielsen, empresa especializada em análise do consumo. O novo comportamento deu impulso também ao crescimento dos programas de fidelidade, em que o acúmulo de pontos com a compra de serviços e produtos em empresas associadas, junto com o uso do cartão de crédito, dá direito à troca por outras mercadorias e outros serviços, como passagens aéreas. Dois em cada três consumidores passaram a economizar no gasto com combustíveis e energia; 61% reduziram as despesas com lazer fora de casa; e 44% trocaram de marca na aquisição de produtos, segundo dados da Nielsen.

Comércio quer empregar

O índice que mede a intenção de novas contratações no comércio aumentou entre junho e julho. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma elevação de 9,3%, o que levou o indicador para próximo do nível de otimismo.  Os números fazem parte do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que é apurado entre os tomadores de decisão das empresas do varejo para detectar as tendências do setor. Na comparação entre julho deste ano e o mesmo mês de 2015, a intenção dos comerciantes em contratar funcionários cresceu 6,4% – essa foi a primeira variação anual positiva desde janeiro de 2014 nesse tipo de comparação.

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