IMPRESSÕES - 29/11/2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Sonhos e sonhadores  Não, John Lennon, o sonho não acabou. Vivemos num mundo onde a desesperança quase vence o amor, a caridade, a esperança. Não, John, eu acredito em I-ching; eu acredito na Bíblia; eu acredito em tarô; eu acredito em Jesus; eu acredito em Buda; eu acredito em Mantra; eu acredito em Gita; eu acredito em Ioga; eu acredito em reis; eu acredito em Elvis; eu acredito em Zimmerman; eu acredito nos Beatles. Sim, Martin Luther King, nós temos um sonho. Eu tenho um sonho que um dia "todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”. Sou um otimista. Por natureza e formação. Não acredito que o mal vencerá, vivo sonhando "mil horas sem fim”. Sigmund Freud dizia: "Sonhos são realizações de desejos” e Carl Jung completou: "E são ferramenta que busca equilíbrio pela compensação. É o meio de comunicação do inconsciente com o consciente”. Então, vamos sonhar, com os pés no chão, realizando nossos desejos, como estas figuras mundiais, cujas vidas eu sintetizo para vocês. "Nunca se deve engatinhar quando nosso impulso é voar”. Bons sonhos! Zilda Arns (1934-2010) Zilda Arns Neumann foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina.  Estudou medicina e aprofundou seus conhecimentos em saúde pública, pediatria e sanitarismo, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Em 1983, a pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criou a Pastoral da Criança. No inicio de 2010, a médica encontrava-se em Porto Príncipe, Haiti, quando no dia 12 de janeiro o país foi atingido por um violento terremoto. A Dra. Zilda foi uma das vítimas fatais da catástrofe.    Madre Teresa (1910-1997) A pequena Agnes Gonxha Bojaxhiu — nome de batismo de Madre Teresa — nasceu em Skoplje, na Albânia. Aos dezoito anos, já como missionária, mudou-se para Rathfarnham, na Irlanda, onde ficava a Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto. No entanto, o seu sonho era a Índia e o trabalho junto aos pobres, sendo então enviada para Darjeeling. Em 1948, iniciou o seu trabalho juntos as comunidades mais pobres de Calcutá. Em 1949, criou uma pequena comunidade, que viria a se chamar "Missionárias da Caridade”. Abriu escolas, lares, albergues e, principalmente, continuou o trabalho com doentes e moribundos, recolhidos nas ruas. Em 1952, abriu o primeiro lar infantil e expandiu seu trabalho pela Índia e em diversas partes do mundo: Ceilão, Bangladesh, Ilhas Maurício, Peru, México, Guatemala, Cuba, dentre outros. Pelo seu trabalho maravilhoso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 15 de outubro de 1979. Morreu em 5 de setembro de 1997, em Calcutá, vitima de uma parada cardíaca.   Helen Keller (1880-1968) Helen Keller nasceu em 27 de junho de 1880, em Tuscumbia, no Estado do Alabama, Estados Unidos. Com apenas um ano de idade uma escarlatina deixou-a totalmente cega e surda. Helen cresceu num universo escuro e silencioso, porém, em 1887, sua vida ganhou um grande sopro de esperança com a chegada de Anne Sullivan, uma irlandesa de 21 anos de idade, ex-cega e recém-formada pela Escola de Cegos Perkins, em Boston, e que aceitou o desafio de educá-la. Aos dez anos aprendeu a falar, e se propôs a cursar a faculdade. Em 1904, com vinte e quatro anos, formou-se com louvor, sendo a primeira cega e surda a completar um curso universitário. Tornou-se escritora, conferencista e ativista social, dedicando toda a sua vida aos direitos das mulheres pobres e deficientes. Certamente sua história de vida a transformou em um dos maiores exemplos para a humanidade, de que as deficiências físicas não são obstáculos para se obter sucesso. Mostrou isso superando todas as barreiras de sua vida, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do século XX. Morreu no dia primeiro de junho de 1968, em Arcan Ridge, no Estado norte-americano de Connecticut. Martin Luther King (1929-1968) Martin Luther King nasceu no dia 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, nos Estados Unidos. Foi um aluno brilhante, concluiu a faculdade aos dezenove, formou-se em um Seminário Teológico aos vinte e dois, e quatro anos mais tarde, em 1954, obteve seu doutorado em Teologia pela Universidade de Boston. A partir de 1956, realizou diversas manifestações pacíficas contra a segregação racial. Uma das mais importantes foi a "Marcha para Washington” (em prol dos Direitos Civis), em 1963, que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas. Foi nesta marcha que fez o seu mais famoso discurso, "I have a dream” (Eu tenho um sonho). Esta marcha serviu como um último passo em direção à promulgação da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proibiu a segregação racial em locais públicos, empresas e escolas. Aos 35 anos de idade, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Em 4 de abril de 1968, Martin Luther King foi assassinado por um franco atirador branco, em Memphis, no Tennessee. Beethoven (1770-1827) Ludwig van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, na Alemanha. Desde menino, já tocava piano melhor do que a grande maioria dos adultos. Aos sete anos de idade deu o primeiro concerto, aos onze era organista da corte, em Colônia, e aos doze apresentou a sua primeira composição significativa. Em 1792, pouco antes de completar vinte e dois anos, Ludwig mudou-se para Viena e aos poucos, espalhou-se a fama do seu talento. Os vienenses amavam a música e compareciam em massa para ouvir Beethoven. Aos 27 anos, começou a notar um zumbido nos ouvidos. A princípio, ignorou, mas o zumbido piorava cada vez mais. Por fim, consultou alguns médicos, e o diagnóstico foi pior que uma sentença de morte: Beethoven estava ficando surdo. Encontrou refúgio no campo, onde dava longos passeios pelos bosques. "Aqui, a surdez incomoda menos que em qualquer outro lugar, e as árvores parecem me falar de Deus”, escreveu. Continuou a compor, ainda que a melodia soasse cada vez mais fraca aos seus ouvidos. À medida que perdia a audição, suas composições se tornaram mais fortes, altamente emocionais e vibrantes, como sua vida, corajosa e turbulenta.  Apesar de viver sozinho e infeliz, compôs musicas sublimes. Morreu em 26 de março de 1827, em Viena, e alguns amigos dizem que suas últimas palavras foram: "No céu, vou tornar a ouvir”.   Jesus Cristo (7-2 aC ; 30-33 dC) Jesus de Nazaré foi um judeu da Galileia, nascido por volta do início do primeiro século e morreu entre os anos 30 e 36 d.C na Judeia. Foi crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatos, ressuscitou ao terceiro dia e não pregou ou estudou em qualquer outro lugar. Pregou seu ministério dos 30 aos 33 anos de idade.  Numa linguagem contemporânea, conforme relata Marcio Luiz Marques em seu livro "Jesus – a propaganda que deu certo”, Cristo pode ser visto como o maior "produto” de todos os tempos, de inigualável durabilidade, pois sua vinda já era anunciada dois mil anos antes de seu aparecimento, com uma "validade” que ultrapassa quase dois mil anos após a sua morte, sem perder suas características, nem ser suprido por novas ideias e novos produtos que viessem a satisfazer as necessidades do "consumidor”; no caso, os fiéis de todas as partes do mundo e religiões cristãs.   Foi um personagem libertador, que trouxe sua luz para todos os povos. Também se destacou por mostrar a salvação de todos os povos através do martírio e do sofrimento. Em sua curta existência terrena, praticou inúmeros milagres e cumpriu as quatro variáveis que respondem ao desejo mercadológico: produto, preço, praça e promoção.  Numa linguagem publicitária, próxima da linguagem religiosa, que é a propagação das ideias, respeitando seu sentido espiritual, Cristo tornou-se a propaganda viva da vida eterna, distribuindo seu produto em qualquer lugar que se deseja, com promoção de venda unitária e seu preço gratuito para quem quisesse adquiri-lo, com promessa de resultado, no caso, a vida eterna. A propaganda de Jesus Cristo, o Evangelho, perdura até os dias de hoje.
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