Impressões — 25/03/2016

sexta-feira, 25 de março de 2016

 

Fábula

Paz – divindade alegórica, filha de Júpiter e de Temis. Representa-se com um ar benigno, tendo em uma das mãos uma pequena estátua do deus Pluto e na outra um punhado de espigas, de rosas e de ramos de oliveiras com uma meia coroa de ouro sobre a cabeça.

(Dicionário da Fábula – traduzido por Chompré- com argumentos tirados da história poética- Ed.Garnier-Paris)

Linha do Tempo

Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe aqueles que te amaldiçoam, reze por aqueles que te maltratam. Se alguém te bater no rosto, ofereça a outra face.

Jesus Cristo

O virtuoso de todas as religiões

Este feriadão da Semana Santa mobiliza brasileiros em todas as direções. No afã de aproveitar os dias de folga, saem em busca do lazer e da desconcentração, procurando um merecido descanso para esquecer momentaneamente a crise, o impeachment, o juiz, a inflação e o desemprego. Esquecem até mesmo o acontecimento que origina o descanso de quatro dias. Deixam de lado a fé cristã em busca da materialidade. Esquecem até mesmo daquele que originou a “comemoração” – Jesus Cristo. Mas, afinal, quem foi Cristo?

Houve o tempo em que, pareceu, havia uma segunda fonte a confirmar sua existência além dos textos cristãos primitivos, no século primeiro: um parágrafo perdido nas obras do historiador judeu Flávio Josefo. “Nessa época, apareceu Jesus”, escreveu ele, “um homem sábio, se, de fato, podemos chamá-lo de homem. Porque ele fazia coisas maravilhosas, era um mestre do povo que percebe com prazer a verdade.”

Mas não há segunda fonte. Uma frase apenas, basta uma frase em algum lugar, basta-lhe o nome escrito – mas não. Quem existe é o Iesous Christos das bíblias cristãs. Todo Jesus nasce da Bíblia, não há Jesus fora dela.

A figura religiosa de Jesus não se conteve apenas ao  cristianismo, expandindo-se por todas as religiões do mundo. Seus ensinamentos muitas vezes são mais importantes que sua própria pessoa. Sendo reconhecido desde um simples profeta até uma encarnação de Deus, Jesus está envolvido dentro da doutrina das diversas religiões.

É impossível não deixar se influenciar pela mensagem de Jesus, mesmo não acreditando na sua santidade; até porque, antes de ser voltada para a vida após a morte, os ensinamentos do Cristo são voltados para a caminhada do ser humano

Jesus no Judaísmo

A maioria dos judeus vê Jesus como um transgressor da lei e um dos vários revolucionários da época que contestaram a ordem social e que foram condenados à morte pelo Império Romano. Muitos contestam o caráter messiânico de Jesus, visto que ele não cumpriu algumas profecias para os judeus, dentre as quais a que fala que o messias só viria após a construção do terceiro templo de Jerusalém (visto que o segundo foi destruído pelos romanos). Para os judeus, Jesus não ressuscitou, uma vez que, segundo eles, os discípulos roubaram o corpo do túmulo enquanto os soldados dormiam, e espalharam a notícia da ressurreição.  Entretanto, há um ramo do Judaísmo que reconhece em Jesus o tão esperado messias. Esse ramo é chamado Judaísmo Messiânico. Os judeus messiânicos reconhecem a figura de Jesus como o messias judeu, mas observam todos os preceitos da doutrina judaica.

Jesus no Islamismo

Maomé ora com Abraão, Jesus e Moisés. No Islã, Jesus toma um papel fundamental no plano de Deus para os homens. A maioria dos profetas do Islã são judeus, como Moisés, Elias, João Batista e o próprio Jesus, que, no Islã é tido como um dos mais importantes profetas, rivalizando com Maomé. Segundo o Islã, Jesus é muçulmano. A prova disso está nos evangelhos, quando Jesus pede que seja feita a vontade de Deus, não a dele. Uma vez renunciando a vontade humana para se submeter à vontade de Deus, a pessoa é tida como muçulmana. Dependendo do ramo Islâmico, Jesus é mais que um profeta: ele é tido como o messias. Para o ramo xiita, Jesus não é o messias, visto que o messias ainda viria, como dizem os judeus. Já para o ramo Sunita, Jesus, além de profeta, é o messias que Deus enviou, e que no fim dos tempos voltará para que ocorra o juízo final.

Jesus no Espiritismo

Para o Espiritismo, Jesus é o modelo de ser humano mais perfeito que Deus ofereceu, para servir de guia. Neste sentido é que Allan Kardec afirma que, "para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o espírito divino o animava". O médium Francisco Cândido Xavier, na obra "Emmanuel", resume: "Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita".

Jesus no Budismo

O budismo influenciou a ideologia de Jesus, a ponto dos ensinamentos de Jesus serem comparados aos de Siddhartha. Sob o ponto de vista budista Jesus é um ser iluminado, um buda, assim como ele é tido como o Cristo (ungido por Deus) pelos cristãos. Algumas correntes budistas defendem que ele estudou com monges durante sua juventude, construindo a base para os seus futuros ensinamentos, dada a similaridade da sua mensagem com a do budismo. Outro fato que os budistas defendem é o caráter meditativo de Jesus que, assim como buda, se retirava frequentemente para meditar. Algumas escolas budistas estudam os ensinamentos de Jesus juntamente com os de buda, visto que a meta de ambos era remover os obstáculos da vida espiritual dos homens.

Jesus no Hinduísmo

No hinduísmo Jesus tem uma visão mais ampla dentro da doutrina. Várias correntes hindus aceitam a figura de Jesus como sendo um Avatar, encarnação de Deus na terra. Similar ao que acreditam os budistas, para os hindus Jesus também foi um iniciado na filosofia védica. Para muitos hindus Jesus é uma das encarnações de Vishnu, a segunda pessoa da trindade hinduísta. Especialmente para o movimento Hare Krishna - devido ao seu caráter ecumênico - Jesus é uma manifestação direta de Krishna (Deus).  Vários aspectos e simbolismos da crença cristã, como o batismo nas águas do Jordão feito por João Batista e Jesus, segundo os hindus, é prova que tanto João quanto Jesus praticavam rituais de purificação védicos, sendo ele característico da religião hindu, onde até hoje vários peregrinos vão se banhar nas águas do Ganges para se purificar.

Jesus no Movimento Rastafári

O Movimento Rastafári foi criado na Jamaica por volta de 1930. Segundo eles, o imperador etíope Hailé Selassié é a reencarnação de Jesus. A origem divina de Selassié remonta ao tempo de Salomão, visto que ele realmente era descendente do rei de Israel, e por fim de Davi. Salomão teve vários romances, inclusive com a famosa Rainha de Sabá, onde tiveram um filho chamado Menellek. Mais tarde a rainha voltaria a sua terra de origem com seu filho, que por fim se tornaria o primeiro imperador etíope. 
Nascido como Ras (Príncipe) Tafari (da Paz) Makonnen (nome da família de Selassié), ao assumir o trono, o 225º imperador da Etiópia adotou o nome Hailé Selassié, que significa "O Poder da Trindade", em etíope.  Devido às suas origens judaicas, o Movimento Rastafári prega a volta dos descendentes de Davi à "Terra Prometida", que nesse caso é a África. Dentre os títulos de Selassié estão "Leão da Tribo de Judá", "Rei dos Reis" e "Senhor dos Senhores", os mesmos que Jesus recebeu.

Jesus no Movimento Raeliano

Eram os deuses astronautas; pelo menos é o que diz o livro de Erich von Däniken e o Movimento Raeliano. Este último começou em 1974, quando o jornalista francês Claude Vorilhon recebeu a revelação dos Elohim (Aqueles que vêm do alto) de que nada mais eram que extraterrestres. Segundo Vorilhon, ele foi visitado por Jesus, Siddhartha, Moisés e Mohammed, que lhe revelaram que não existe nenhum deus, e que os deuses e profetas das religiões nada mais eram que extraterrestres vindos de outro planeta para orientar a humanidade como viverem neste mundo criado por eles. Para o Movimento Raeliano, a única explicação para os milagres das religiões é o fato de todos esses acontecimentos sobrenaturais serem obra de uma avançada tecnologia extraterrestre. Por exemplo, a fecundação de Maria seria uma inseminação artificial, os milagres de Jesus seriam devido à capacidade mental superior dos E.T.s e a ascensão aos céus seria a volta de Jesus à sua nave.

Fontes: Wikipedia.com.br, Vivendo sem fronteiras.com.br, Blog do PC Amaral, Scribd.com, Sua escolha.com

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