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Impressões — 14/05/2016
Fábula
Flora – deusa das flores e da primavera e mulher de Zéfiro. Quando as mulheres celebravam os Jogos Florais, isto é, as festas da dita deusa, corriam de noite e de dia ao som de trombetas; e as que alcançavam o prêmio da carreira eram coroadas de flores. Representava-se esta deusa ornada de grinaldas, tendo junto de si cestos cheios de flores.
(Dicionário da Fábula – traduzido por Chompré – com argumentos tirados da história poética – Ed. Garnier – Paris)
Linha do Tempo
“Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora, desta vida...
Lembra que o que importa
... é tudo que semeares colherás.
Por isso, marca a tua passagem,
deixa algo de ti,...
do teu minuto,
da tua hora,
do teu dia,
da tua vida.”
Mario Quintana
Se os imigrantes voltassem
Se as 265 famílias suíças que chegaram a Nova Friburgo, no longínquo 1818, retornassem hoje ao antigo cantão de Friburgo levariam um susto, misturado com encantamento. Não encontrariam apenas morros e montanhas inabitáveis de um verde intenso, riachos caudalosos, um vale verde, seco e frio que prometia sangue, suor e lágrimas para se transformar no que hoje é a nossa Nova Friburgo. Não encontrariam marcas dos índios goitacases e puris que habitavam a região.
Encontrariam, sim, maravilhas como a beleza paisagística do Parque São Clemente; o bucolismo da fonte do Suspiro; a praça Getúlio Vargas traçada por Glaziou; a enigmática pedra do Cão Sentado escondida em meio à vegetação; a construção em estilo germânico do prédio do Instituto de Educação (Ienf); o majestoso Colégio Anchieta; ou contemplariam a magnífica formação rochosa dos Três Picos de Salinas, a montanha mais elevada da Serra do Mar, com seus imponentes 2.310 metros de altitude.
Estes sete elementos naturais ou construídos pelas mãos do homem são o que poderíamos chamar de ícones da cidade que está prestes a completar 200 anos. De 1818 a 2016 tudo mudou, menos a natureza exuberante que caracteriza a serra e se transformou num cartão postal e referência para o turismo do estado do Rio de Janeiro. Seu povo trabalhador e hospitaleiro deu ao município uma invejável posição no cenário econômico, tornando a cidade um pólo de desenvolvimento e progresso.
Harmonizando natureza e tecnologia, elevou Nova Friburgo a uma invejável posição dentre as cidades brasileiras. Hoje, consolidada sua formação, recebe os louros pelo pioneirismo dos suíços que atravessaram o Atlântico em busca de um lugar para ser feliz. Assim é Nova Friburgo, ”parada de um caminho, a caminho do céu”.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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