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IMPRESSÕES - 13/12/2014
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Uma grande criança
O escritor Álvaro Ottoni tem um compromisso sério e assumido com a cultura e a arte. Na literatura — sua trincheira —, ele é mestre na arte de encantar crianças com seus textos envolventes e criativos, sem falar na contação de história que realiza de forma magistral. "Escrever para crianças e contar histórias para elas é uma oportunidade divina de me acriançar.” Seu público agradece e não esquece.
Linha do tempo
Escola síria bombardeada pelas tropas do ditador Bashar al-Assad. O esforço do professor, em quaisquer circunstâncias, mostra que a educação vale mais que as balas de uma guerra insana e criminosa.
Mala de viagem
Felizes os que percebem a tempo
que não têm uma boa bagagem
antes de embarcar no último trem para o infinito.
Aquele que passa sem avisar, que leva nossos sonhos,
deixando no rastro do horizonte apenas lembranças...
pedaços do que fomos ou o que representamos para alguém.
Felizes os que acordam e resolvem viver,
decidem colocar na mala da vida os melhores momentos,
sendo importantes na vida de alguém,
conquistando tesouros que não enferrujam,
praticando a caridade, fazendo o bem sem olhar a quem.
Amizades que se consolidam na eternidade,
forjadas na união das mãos que se ajudam,
olhos que vêem a dor e dividem o pão,
coração que sofre junto com a dor do outro,
que se compadece dos caídos,
que se entristece pelos que ficaram no chão.
São os que acordam para a realidade da vida,
que fazem mais do que viver; compartilham,
são generosos, enxergam o bem,
pouco falam, mas fazem muito,
e descobrem, por fim, que a mala está cheia,
e extremamente leve, não precisa de rodas,
dispensam carregadores e favores
pois estão cheias de respeito,
carinho e saudade,
uma mala inteira de felicidade.
Essas pessoas são inesquecíveis...
Autor: Paulo Roberto Gaefke
Cordas musicais
O violonista e professor de música Paulo Newton Ennes fechou o fim de ano com chave de ouro. No palco do Galpão Cultural de Bom Jardim apresentou o espetáculo "O violão de Villa-Lobos”, em homenagem ao compositor brasileiro, na esteira do tradicional Festival Villa-Lobos, que ocorreu no Rio de Janeiro na segunda quinzena de novembro, o maior e mais abrangente festival de música brasileira do país. O artista friburguense, com uma trajetória marcante, promete incluir Nova Friburgo no roteiro de suas apresentações em 2015. Assim esperamos.
Refrescando a memória
O chefe do Pró-Memória da Fundação Dom João VI, Nelson (Guti) Bohrer, escreve para IMPRESSÕES relatando a situação do prédio da antiga residência do Barão de Nova Friburgo, na Praça Getulio Vargas, hoje passando por reformas.
"Sei que o fechamento do casarão incomoda, mas os cuidados com esse patrimônio nos últimos anos — ou desde que saiu das mãos do Barão — foi nenhum, uma atitude à beira da irresponsabilidade. O resultado não poderia ser outro.
O Centro de Artes não poderia ficar alheio a tudo isso, pois este é o porão do primeiro e tudo aquilo que acontece em cima reflete embaixo. Nesse ano que termina, a prioridade foi: 1) Levantar um mapa minucioso de danos, desde o telhado até o porão, antes de qualquer outra providência; 2) Desmonte de qualquer estrutura que estivesse comprometendo o próprio casarão, como patrimônio que representa; Descupinização de todos os prédios, inclusive a área externa; 4) Obra de recuperação do complexo dos fundos para instalação do Arquivo Pró-Memória e administração em geral.
A recuperação da fachada do casarão obedeceu a critérios técnicos passados pelo Iphan e pelo Inepac, como a recolocação dos leões no seu lugar original e reconstrução dos portões em ambos os lados do casarão, como sempre foi. Está prevista a fabricação de réplicas dos leões para ficarem em lugar público e de fácil acesso (para a criançada pintar e bordar).
Quanto ao museu. O projeto original prevê um Museu Digital. Essa ideia está sendo revista, diante da necessidade de providências mais urgentes para o casarão. Providências que estão sendo tomadas.
O novo portal de acesso da Fundação está no ar desde o início do ano e traz novidades de bastidores que são modernas e inovadoras.
A Fundação precisa de uma sede, sempre precisou. O casarão é o mais antigo patrimônio de NF, erguido em 1843. Não haveria maneira melhor de conservá-lo. A Fundação pode arcar com essa responsabilidade melhor do que ninguém. Se assim não for, acabarão por jogá-lo no chão definitivamente”.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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