ICMS do diesel

sexta-feira, 29 de junho de 2018

ICMS do diesel

Doze estados e o Distrito Federal reduziram o valor médio de referência para o cálculo do ICMS incidente sobre o diesel vendido nos postos, em meio a esforços para concluir o corte de preço prometido pelo governo para encerrar a greve de caminhoneiros em maio. Entre os estados estão Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Empresas devedoras

Após quatro meses de estabilidade, o número de empresas com pagamentos em atraso voltou a acelerar em maio, influenciado pela greve dos caminhoneiros que paralisou o país por mais de dez dias. No mês passado, 5,5 milhões de companhias estavam na lista de inadimplentes, aponta a Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras.

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Esse é o maior número de empresas com pagamentos atrasados desde março de 2016, quando o levantamento começou a ser feito.

De janeiro a abril, 5,4 milhões de empresas mensalmente tinham dívidas em atraso. Em maio, mais 100 mil companhias engrossaram essa lista

Prejuízos amargos

A indústria da construção amargou fortes prejuízos com a greve dos caminhoneiros. A interrupção no transporte de insumos e produtos causou queda da atividade e aumento da ociosidade, além de impactar negativamente a expectativa dos empresários. A atividade recuou 2,5 pontos, de 46,9, em abril, para 44,4, em maio, na maior retração registrada desde dezembro de 2014, quando o indicador apresentou queda de 3,6 pontos.

Projeção para o IPCA

A estimativa de inflação para este ano subiu, segundo o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central na internet. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,8% para 4,2%. Essa é a projeção elaborada com base em perspectiva do mercado financeiro para a taxa de juros (6,5% ao ano) e para o dólar (R$ 3,63 no fim de 2018).

Portas fechadas

Ainda em meio à recessão econômica, em 2016, 46.322 empresas comerciais fecharam as portas no Brasil, uma queda de 2,9% em relação a 2015. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O levantamento mostra que as 1,546 milhão de empresas comerciais brasileiras sobreviventes geraram uma receita operacional líquida de R$ 3,3 trilhões em 2016, 0,3% a menos que no ano anterior. O comércio pagou R$ 214,8 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações a dez milhões de pessoas que trabalhavam em 1,685 milhão de unidades locais.

Juros mais altos

O cheque especial assumiu a dianteira entre as modalidades de crédito com os maiores juros do sistema financeiro brasileiro. A taxa média cobrada de pessoas físicas, conforme dados do Banco Central, chegou a 311,9% ao ano em maio, desbancando da liderança a taxa média do rotativo do cartão, que ficou em 303,6% no período. A maioria dos consumidores que recorrem ao cheque especial, no entanto, desconhece o custo desse tipo de empréstimo.

Inflação acelera

A inflação em junho deve se acelerar sob o efeito da crise de desabastecimento gerada pela greve dos caminhoneiros no fim de maio. Entretanto, por conta da lenta recuperação da atividade econômica, a inflação deve terminar este ano em um patamar baixo, segundo avaliou o Banco Central no Relatório de Inflação, divulgado ontem, 28, em Brasília.

Queda na construção

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 3,5% de maio para junho. Foi a maior queda dos últimos três anos e o indicador atingiu 109 pontos em uma escala de zero a 200 pontos.

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Segundo o economista da CNC, Fábio Bentes, as paralisações dos caminhoneiros afetaram “de forma negativa a confiança dos empresários”. Apesar disso, houve uma alta de 6,9% na comparação com junho de 2017.

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