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Gasolina decepcionou
Construção sem reação
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a indústria da construção civil ainda não reagiu às primeiras medidas econômicas do governo Michel Temer. A pesquisa aponta empresários pessimistas e nível de emprego sem melhoras em relação aos meses anteriores. Em uma escala de 0 a 100, em que qualquer número abaixo de 50 representa queda, o número de empregados em setembro chegou a 39,7 pontos, um valor semelhante a agosto. Já o índice de atividade da indústria da construção civil é considerado estável, com 41,5 pontos.
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Os empresários do setor se mostram pessimistas em relação aos próximos seis meses. Em setembro, todos os índices de expectativas mantiveram-se abaixo de 50 pontos. As expectativas do nível de atividade, da abertura de novos empreendimentos, da compra de insumos e em relação ao número de empregados apresentaram ligeira queda.
Indústria em recuo
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de outubro ficou em 86,9 pontos, um recuo de 1,3 ponto em relação ao resultado final de setembro, informou a Fundação Getulio Vargas. Segundo a FGV, há tendência de acomodação desde agosto, cenário observado também nos subíndices que separam as avaliações sobre o presente e o futuro. A prévia de outubro mostra que o índice de expectativas caiu 1,5 ponto, para 88,3 pontos.
Inadimplência acelera
O número de empresas inadimplentes voltou a acelerar em setembro, após desacelerar por dois meses seguidos. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 12,20% na comparação com setembro de 2015. Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 14,55% a mais em setembro frente a igual mês de 2015. Já na passagem de agosto de 2016 para setembro, sem ajuste sazonal, a alta foi de 1,26% na quantidade de empresas inadimplentes e de 1,09% no volume de dívidas.
Cheques devolvidos
Setembro teve o segundo maior índice de cheques devolvidos por insuficiência de fundos para o nono mês do ano dos últimos 25 anos, com 2,19% de devoluções do total de emissões. Os números são do Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos, realizado pela Serasa desde 1991. Foram 1.050.504 cheques devolvidos e 48.023.107 compensados. No mês anterior, agosto, registrou-se 2,18% de devoluções, com 1.101.093 cheques que voltaram e 50.602.130 compensados. No acumulado do ano, o percentual é recorde: 2,34% de devoluções por falta de fundos entre janeiro e setembro de 2016, maior que todos os percentuais registrados nos primeiros nove meses do ano desde o início da série histórica.
Agricultura familiar
O governo federal quer ampliar a participação da agricultura familiar nas compras públicas. Por isso, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário lançou um portal na internet voltado aos pequenos agricultores que desejam vender diretamente para quartéis, asilos, universidades e hospitais federais. No portal “Compras da Agricultura Familiar”, associações, cooperativas e pequenos agricultores podem se cadastrar, ter acesso a editais e à lista de órgãos e instituições públicas compradoras, pela modalidade de compra institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, destacou que o portal vai ampliar a transparência e eliminar a participação de intermediários entre agricultores e entidades públicas.
Gasolina decepcionou
O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, disse ter sido "decepcionante" o preço da gasolina ter subido em 11 estados e no Distrito Federal após a empresa ter anunciado redução nas suas refinarias, no último dia 15. O combustível ficou 3,2% mais barato para as distribuidoras, que repassam o produto aos postos. Para os motoristas, o combustível ficou mais caro em alguns locais, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Inflação em queda
Os consumidores brasileiros esperam uma inflação de 9,1% nos próximos 12 meses, segundo pesquisa de outubro da Fundação Getulio Vargas. A taxa estimada pelos consumidores caiu 0,7 ponto percentual em relação ao estudo de setembro (9,8%). O resultado confirma a trajetória de queda do indicador, depois que ele atingiu 11,4% em fevereiro. A desaceleração das expectativas de inflação ocorreu em todas as quatro faixas de renda. O maior recuo no mês deu-se na faixa de renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil (a segunda faixa), de 10,3% para 9,3%. Na faixa de renda superior a R$ 9.600 (quarta faixa), a inflação prevista recuou pelo oitavo mês consecutivo, de 9% para 8,1%.
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