Colunas
Friburgo e o FriCine
Dezenas de filmes nacionais e estrangeiros serão exibidos no 5º FriCine (Festival Internacional de Cinema Socioambiental de Nova Friburgo) a partir deste sábado, 24, até 1º de novembro, na Usina Cultural Energisa. Trata-se de saudável continuidade, após hiato de quatro anos (o último foi realizado em 2010), mostrando que os problemas ambientais do planeta ganham dimensão crescente num debate que junta nações em torno de uma causa comum — a vida. E Nova Friburgo será palco para cineastas mostrarem também a sua preocupação. O homenageado do festival será o premiado cineasta Silvio Tendler, pelo conjunto de sua obra. Na abertura, às 20h, será exibido o filme Betinho: a esperança equilibrista, de Victor Lopes, sobre o sociólogo Herbert de Souza, premiado como melhor documentário no Festival do Rio 2015.
O FriCine é uma forma bem-sucedida que seus idealizadores encontraram para ampliar a visão cinematográfica da questão ambiental, abrindo espaço para a criação em linguagens audiovisuais, ambientada num lugar encravado em plena Mata Atlântica. Seus organizadores querem colaborar com o debate ambiental planetário e o cinema é um dos mais importantes veículos para expandir esta ideia.
Desde que foi criado, com o nome de Muri Cine Nova Friburgo, mostrou que pode sediar eventos de caráter ambiental, utilizando um palco natural, a Mata Atlântica, a sua ampla rede turística e os seus espaços culturais. Trata-se de uma boa ideia que agrega valor ao pensamento preservacionista e transforma a cidade num cenário ideal para outras manifestações em defesa do meio ambiente.
O festival não pretende encerrar o debate ambiental em Nova Friburgo. Ao contrário, reacende o tema junto à sociedade, as preocupações que devemos ter com a preservação do que resta de Mata Atlântica ainda presente no município e a adoção de adequadas políticas de sustentabilidade que beneficiem toda a população.
Assim como nas telas grandes, o cinema ambiental vem ganhando espaço na sociedade e esta é uma boa oportunidade para o friburguense conhecer a produção de curtas nacionais e estrangeiros, além de oficinas e palestras e também debater a questão que está na frente das discussões planetárias sobre o futuro do homem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário