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Firjan avalia perdas
Firjan avalia perdas
Estudo apresentado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) traz uma diagnóstico preliminar do setor diante da paralisação dos caminhoneiros.A perda do setor foi calculada em R$77 milhões. O levantamento mostra que 91,5% das indústrias do estado sofreram algum impacto: 60,1% foram muito afetadas e 31,4% pouco afetadas. Apenas 8,5% não teriam enfrentado nenhuma dificuldade em decorrência da situação.
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Foram ouvidas 318 indústrias entre sexta-feira, 25, e sábado, 26. Isso significa que os dados são parciais e representam o impacto até o fim da última semana. De acordo com a Firjan, os entrevistados não se mostraram otimistas com a possibilidade do fim da greve nesta semana.
Desemprego aumenta
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em janeiro, a taxa havia ficado em 12,2%. Em abril de 2017, ela foi 13,6%.
Redução nos preços
Com a crise de abastecimento gerada pela greve dos caminhoneiros, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgou um estudo com nove propostas para aumentar a concorrência no setor de combustíveis e por consequência, reduzir os preços ao consumidor final. As sugestões envolvem questões regulatórias (cinco medidas), estrutura tributária (duas medidas) e outras alterações institucionais de caráter geral (duas medidas). O estudo “Repensando o setor de combustíveis: medidas pró-concorrência” foi divulgado ontem, 29.
Democracia direta
Em mais de 20 anos de liderança, o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo Silva, o China, diz que nunca viveu situação semelhante e não faz ideia de como o governo vai solucionar esta crise. "Virou uma situação sem controle", diz ele. Nos 15 pontos de paralisação sob a bandeira da entidade, nenhum encerrou os protestos, apesar das ponderações de China sob o acordo anunciado pelo presidente Michel Temer.
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Para ele, uma das marcas dessa greve é a ampla utilização do WhatsApp, que criou um "monte de líderes" no movimento. Ao contrário do que ocorria em paralisações passadas, desta vez a voz do sindicato e das entidades de classe tem sido questionada e abafada pela disseminação das opiniões no aplicativo. Nos últimos dias, a cada anúncio do governo, milhares de caminhoneiros tinham respostas imediatas em mensagens disparadas nos grupos da categoria.
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O sociólogo Massino Di Felice, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor de vários livros sobre comunicação digital, afirma que esse é o resultado de uma grande passagem para o que ele chama de democracia direta. Por meio dos grupos de WhatsApp, as pessoas passam a organizar as informações sem a necessidade de um representante.
CNI critica ministro
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a postura do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que admitiu a intenção do governo em aumentar tributos para cobrir a redução de impostos sobre o diesel prometida aos caminhoneiros.
"Ao invés de querer aumentar a já pesada carga tributária que pesa sobre o setor produtivo e a sociedade, o governo deveria trabalhar para reduzir a burocracia e as despesas cada vez maiores", avaliou a CNI.
Biodiesel parado
A Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) informou que a produção do combustível de todas as oito empresas associadas à entidade está parada por causa da greve dos caminhoneiros. Em comunicado, a entidade informou que concessões foram feitas pelo governo aos caminhoneiros, "parte delas justa e bem-vinda" e pediu para que "as diversas lideranças e os manifestantes autônomos envolvidos no movimento retomem a normalidade dos serviços de transporte, para que o bem-estar do povo brasileiro seja colocado à frente de quaisquer outros interesses e para que o país possa retornar à normalidade o mais breve possível".
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No comunicado, a Aprobio informa, no entanto, que a cadeia produtiva ofereceu medidas de curto prazo ao governo, capazes de contribuir para a diminuição do preço do diesel e aumentar a previsibilidade do custo do produto vendido nas bombas, ao qual é misturado 10% de biodiesel, na chamada mistura B10.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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