Férias mais caras

sábado, 08 de julho de 2017

Férias mais caras

As férias de julho deste ano sairão mais caras para os pais, mostra pesquisa divulgada nesta sexta, 7, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Os preços de produtos e serviços mais procurados entre julho de 2016 e junho de 2017 subiram 4,78%, superando a inflação média acumulada no período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, que variou 3,44%.  Apesar da desaceleração em comparação ao ano passado, o resultado apurado supera a inflação média. Juntando-se as despesas com alimentação e serviços relacionados às férias, observa-se uma diferença de um ponto percentual desfavorável às despesas.

Deflação de julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou o mês de junho com resultado negativo (deflação) de 0,23%, a primeira registrada em 11 anos. O resultado ficou 0,54 ponto percentual acima dos 0,31% de maio. Os dados relativos ao IPCA foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o mais baixo para o mês de junho desde o início do Plano Real e o primeiro resultado mensal negativo desde os 0,21% de 2006. Em agosto de 1998, a taxa atingiu -0,51%. Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados no mesmo período do ano passado.

Poupança melhorou

Pelo segundo mês seguido, os brasileiros depositaram mais do que sacaram na poupança. Em junho, a captação líquida (depósitos menos retiradas) somou R$ 6,1 bilhões, informou o Banco Central (BC). O valor é quase 20 vezes maior que a captação líquida registrada em maio (R$ 292,6 milhões) e o melhor para meses de junho desde 2013, quando os depósitos tinham superado as retiradas em R$ 9,4 bilhões.

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Apesar do desempenho positivo nos dois últimos meses, as retiradas continuam maiores que os depósitos em 2017. Nos seis primeiros meses do ano, a caderneta de poupança registrou saques líquidos de R$ 12,3 bilhões. Mesmo assim, esse foi o melhor primeiro semestre da caderneta desde 2014, quando a aplicação tinha registrado captações líquidas de R$ 9,6 bilhões.

Caixa paga inativos hoje

Cerca de duas mil agências da Caixa em todo o país abrirão neste sábado, 8, das 9h às 15h, para atendimento exclusivo de trabalhadores com contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na segunda-feira, 10, as agências abrirão com duas horas de antecedência. Com o início do pagamento das contas inativas de quem nasceu em dezembro, neste sábado, o programa entra em sua fase final, que termina no dia 31 deste mês. Mais de 2,5 milhões de trabalhadores têm direito ao saque. O valor total disponível ultrapassa R$ 3,5 bilhões e equivale a aproximadamente 8% do total disponível.

Queda na cesta básica

Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apurou que o custo da cesta básica apresentou queda em 23 capitais estudadas pela instituição. Em outras quatro, o consumidor pagou mais caro por itens básicos de alimentação. As capitais que tiveram queda nos preços da cesta básica foram: Rio de Janeiro com custo 5,02% menor; Brasília com retração de 4,18%; Vitoria com queda de 4,14% e Belo Horizonte, com diminuição dos preços na ordem de 4,03%. Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Fortaleza, com alta de 0,99%; Macapá, com elevação de 0,43%; São Luís, com alta de 0,20%; e Rio Branco, com preços 0,06% mais caros.

Dinheiro dos mortos

O governo vai editar uma Medida Provisória (MP) para resgatar salários de servidores e aposentadorias que foram creditadas nas contas de beneficiários que já morreram. Essa medida de reversão de crédito pode trazer incremento de R$ 800 milhões aos cofres públicos em 2017 e contribuir para o cumprimento da meta fiscal, de déficit de R$ 139 bilhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A equipe econômica está “raspando o tacho” para evitar ter que lançar mão de aumento de tributos, o que tinha sido um compromisso do presidente Michel Temer. O texto da MP já está pronto e faz parte de um conjunto de medidas regulatórias em que o governo está trabalhando para aumentar as receitas. Não haverá anúncio de um pacote fechado de medidas, mas ações que serão anunciadas ao longo dos próximos meses.

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