Facebook sem Whatsapp

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Comércio reage

O comércio começa a dar sinais de reação. Em agosto, o movimento de vendas das lojas foi 1,1% maior em relação ao mesmo mês do ano passado. Uma variação positiva anual não acontecia desde abril de 2015. Também na comparação com julho houve crescimento no volume de negócios, de 1,5%, apontam os dados da Boa Vista SCPC, que acompanha o desempenho do varejo com base nas consultas feitas pelas empresas varejistas para dar sinal verde ao fechamento dos negócios.
Um dado que chama atenção é que o segmento de móveis e eletrodomésticos, tradicionalmente muito dependente de crédito, está puxando a recuperação das vendas. Na comparação com agosto do ano passado, o movimento do varejo nesse segmento aumentou 5,7%.

Dia das crianças

O país pode estar em crise, mas quando o assunto é o Dia das Crianças não existe a palavra recessão. Graças ao apelo emocional da data, as lojas de artigos infantis já estão fazendo encomendas para garantir o estoque. E a indústria do brinquedo aposta em um crescimento de 15% nas vendas deste ano frente ao mesmo período de 2015. O faturamento das indústrias também deverá seguir em alta, mas em ritmo um pouco abaixo da produção. O estimado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) é que fique em R$ 6,3 bilhões no ano. Em 2015, havia ficado em R$ 5,72 bilhões.

Expectativa de inflação maior

O Banco Central espera uma inflação mais longe do teto da meta este ano ao mesmo tempo que aposta que ela fique abaixo do centro do objetivo do ano seguinte. A aposta é que o IPCA, índice oficial do país, feche este ano em 7,3%, ante uma previsão de 6,9% três meses antes. A meta a ser perseguida pelo BC em 2016 é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% se considerada a margem de tolerância de dois pontos percentuais. O número esperado pelo órgão público ultrapassa o estimado por economistas consultados pelo Boletim Focus desta semana, de 7,25%.

Reforma vai atrasar

O governo do presidente Michel Temer ainda não fechou o texto final da reforma da Previdência e poderá adiar o envio da proposta ao Congresso, inicialmente marcado para a próxima sexta-feira, 30. A indefinição sobre alguns pontos e as eleições municipais são as razões do atraso. Até agora, há acerto sobre a idade mínima, de 65 anos, e o tempo mínimo de contribuição, de 25 anos, mas mesmo este número ainda não está totalmente fechado. Também já foi acertada a definição de uma transição mais longa para mulheres e professores, que será de 20 anos.

Facebook sem Whatsapp

As autoridades alemãs de proteção de dados proibiram o Facebook de recolher dados de assinantes de sua subsidiária WhatsApp, citando preocupações com a privacidade. Facebook e WhatsApp prometeram após a aquisição em 2014 pelo gigante do Vale do Silício do aplicativo de mensagens que não compartilhariam dados, lembrou em um comunicado o comissariado para a proteção de dados e liberdade de informação. Ele acrescentou que o Facebook será convocado a eliminar todos os dados recebidos do WhatsApp na Alemanha.

Gastos no exterior

Os gastos de brasileiros no exterior voltaram a crescer em agosto e seguem tendência de expansão. Segundo números do Banco Central, no mês passado, as despesas chegaram a US$ 1,292 bilhão, com crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2015. De acordo com o Departamento Econômico do BC essa foi a primeira vez que houve crescimento dos gastos, na comparação anual, desde janeiro de 2015. Neste mês, até a última quinta-feira, 22, os gastos chegaram a US$ 973 milhões. A taxa de câmbio, que chegou a superar R$ 4 no início do ano e agora está em torno de R$ 3,20, foi um fator determinante para a expansão dos gastos no exterior.

Energisa

A Energisa, que controla 13 distribuidoras de eletricidade no Brasil, somou uma receita líquida de R$ 6,448 bilhões entre janeiro e agosto, com retração de 3,1% ante o mesmo período do ano passado, informou a companhia em boletim a investidores. Segundo a Energisa, a energia total comercializada pelo grupo somou 22.622 gigawatts-hora no período, com avanço de 5,5% na comparação anual, com aceleração das vendas no mercado livre de energia, no qual são atendidos grandes clientes. No mercado cativo, a energia comercializada teve retração de 0,9% no período.

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