E-commerce em alta

terça-feira, 13 de setembro de 2016

E-commerce em alta

Apesar da crise, o comércio eletrônico deverá crescer 19% até 2020, de acordo com um estudo recente da consultoria Brain & Company. A estimativa é que, em 2016, o e-commerce fature R$ 48 bilhões no Brasil e, em 2020, até menos que R$ 97 bilhões. A indústria de e-commerce brasileira conseguiu arrecadar R$ 41 bilhões em 2015, registrando um crescimento acumulado de 22% desde 2010. Atualmente, a maior empresa do país do setor é a B2W, seguida por Cnova, Mercado Livre, Walmart e Magazine Luiza.O estudo aponta que o e-commerce é um setor com potencial de crescimento e que sobressai à crise. 

Os “supercompradores”

O Brasil é um país de contrastes. Um deles foi revelado por pesquisa global, realizada pela empresa Worldpay, que mostra que a cada quatro usuários de e-commerce do país, um deles se enquadra no perfil de “supercomprador”, que gasta, em média, R$ 4.500 por mês. No resto do mundo, essa média é de 8%. Eles respondem por 92% de todo o consumo na rede. A pesquisa realizada em dez países, com 20 mil pessoas, reflete uma concentração de compradores online brasileiros nas classes mais ricas. Esse dado está de acordo com as pesquisas realizadas. Desde 2013, as classes mais populares estão deixando de comprar pela internet. Naquele ano, a classe C representava 53% dos compradores na internet; no primeiro semestre de 2016, esse índice foi de 37%. Segundo a pesquisa da Worldpay, no Brasil, essa elite de gastadores tem, em média, 31 anos, 73% com alta renda, 54% são homens, e 42% afirmam fazer, em média, uma compra por dia na internet.

Recessão e desemprego

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles declarou que o maior problema do país é a recessão e o desemprego e voltou a afirmar que a solução para o problema é o ajuste fiscal e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita o teto de gastos das contas públicas, propostas que o governo espera aprovar no Congresso. De acordo com o ministro, quando o governo corta suas despesas, limitando o crescimento dos gastos públicos dos próximos anos, isso começa a criar uma expectativa positiva e o aumento da confiança dos empresários e dos consumidores, o que começaria a impulsionar a economia. A partir daí, segundo ele, crescem as vendas das empresas, cresce a arrecadação, o emprego e isso reforça o consumo.

O melhor: vale-transporte

O “Barômetro 2016: bem-estar no trabalho”, pesquisa global encomendada pela Edenred, detentora da marca Ticket, e realizada pela Ipsos para medir o nível de bem-estar no trabalho, identificou que dentre os benefícios oferecidos pelas empresas aos trabalhadores, o vale-transporte, apesar de obrigatório por lei, ainda é o mais valorizado pelos funcionários. De acordo com a pesquisa, 62% dos entrevistados brasileiros esperam que seus empregadores considerem o vale-transporte como uma prioridade. A essencialidade do vale-transporte chega a superar a do aumento salarial, citado por 40% dos entrevistados. A satisfação com as vantagens que o vale-transporte oferece também está em alta: cerca de 67% dos entrevistados estão satisfeitos com o benefício. A análise por faixa etária indica que os trabalhadores de até 30 anos são os mais satisfeitos com o vale-transporte (77%), seguidos pelos entrevistados com mais de 45 anos (63%).

Cartões de crédito

O parcelamento no cartão de crédito, descendente direto do já quase extinto cheque pré-datado, foi incorporado aos hábitos de consumo dos brasileiros nos últimos anos. Para muitos consumidores, a valor das parcelas acaba pesando mais até do que o valor total do produto na decisão de compra. Nem mesmo as vendas parceladas, porém, resistiram à crise econômica que ainda assola o país. Embora o faturamento dos cartões de crédito no Brasil tenha registrado a primeira queda real da história em 2015, na comparação com 2014 (-0,6%), conforme estudo divulgado recentemente pela Boanerges & Cia., o faturamento das vendas em uma única parcela registrou alta de 2,2%, passando de R$ 319,9 bilhões em 2014 para R$ 326,9 bilhões em 2015.

Planos de saúde em alta

O número de beneficiários de planos de saúde aumentou 0,7% de julho para agosto no país, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo os dados, foram contabilizados 48.347.967 consumidores em planos médico-hospitalares, um aumento de 32.148 beneficiários em relação ao mês anterior, e 22.287.604 em planos exclusivamente odontológicos, mostrando um crescimento de 243.221 em relação a julho. De acordo com a agência, os planos empresariais são os que mais atraem os consumidores. Já o número de planos individuais, coletivos e por adesão são menores. Os planos de assistência médica pelas empresas subiram de 32.015.245, em julho, para 32.100.247, em agosto. A ANS trabalha com 823 planos de saúde.

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