Devedores da União

terça-feira, 21 de março de 2017

Devedores da União

As adesões de contribuintes inscritos na dívida ativa da União ao Programa de Regularização Tributária (PRT) chegaram a 16 mil até o dia 17 deste mês. O valor de arrecadações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) poderia chegar a R$ 6 bilhões.  A informação foi dada esta semana pelo procurador da Fazenda Nacional Cristiano Neuenschwander, em encontro com um grupo de empresários para esclarecer dúvidas sobre as novas regras em São Paulo. De acordo com o procurador, a União tem um passivo de R$ 1,8 trilhão e a maioria, 70% do montante, refere-se a dívidas de empresas, com valores acumulados que superam R$ 15 milhões em cada processo. Além de empresas, o grupo de devedores inclui órgãos públicos, prefeituras, estados e pessoas físicas.

Saques chegam a R$ 4,81bi

Nos primeiros sete dias após a abertura do calendário para saques de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mais de 3 milhões de trabalhadores sacaram R$ 4,81 bilhões. Os valores foram creditados diretamente na conta-corrente dos beneficiados, ou sacados nas agências da Caixa Econômica Federal. Desde o último dia 10, trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro que têm direito ao saque podem receber os valores, depositados por empresas com as quais eles não têm mais vínculo. A partir de 10 de abril, poderá sacar o dinheiro quem faz aniversário em março, abril e maio.

Brasil elogiado

Após enfrentar a pior recessão da história, a retomada do crescimento brasileiro neste ano é um “verdadeiro modelo” frente às economias globais. A avaliação é da agência internacional de notícias Bloomberg, especializada em economia. Em publicação que cita os ventos da economia global, a Bloomberg coloca o Brasil entre os países que mais vai crescer neste ano, ao lado da vizinha Argentina e outras economias emergentes como a Rússia.

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“O Brasil é o verdadeiro modelo de 2017, considerando a aceleração do crescimento em meio à recuperação da pior recessão do país em um século”, diz a publicação, que cita a alta das commodities como um dos fatores que irá ajudar na recuperação da economia.

Bilionários

O empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann, 71 anos, controlador da AB Inbev e da 3G Capital aparece na lista de bilionários da Forbes na 22ª colocação, com uma fortuna estimada em 29,2 bilhões de dólares (aproximadamente 90,52 bilhões de reais). Apesar de aumentar sua fortuna em 1,4 bilhão de dólares – passando de 27,8 bilhões de dólares, em 2016, para 29,2 bilhões de dólares, este ano -, Lemann perdeu três posições no ranking, deixando de fazer parte dos primeiros 20 mais ricos. Ele é o brasileiro mais rico da seleta lista. Atualmente, está no bloco de controle da AB-Inbev, do fundo 3G Capital (dono do Burger King), da B2W (que reúne Lojas Americanas, Submarino) e da Kraft Heinz.

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Em 2017, o número de bilionários subiu 13% na comparação com o ano passado, com 2.043 pessoas, um recorde. O patrimônio do grupo aumentou 18% e representa 7,67 trilhões de dólares. Os Estados Unidos permanecem como o país com o maior número de bilionários em dólares, com 565, à frente da China (319, aos quais podem ser adicionados 67 de Hong Kong), Alemanha (114) e Índia (101). O americano Bill Gates, fundador da Microsoft, continua sendo o homem mais rico do mundo. Líder pelo quarto ano consecutivo – e pelo 18º ano dos últimos 22 anos -, Gates é dono de uma fortuna avaliada em 86 bilhões de dólares (aproximadamente 266,6 bilhões de reais).

Carne sob cuidados

O cuidado com a temperatura na conservação de alimentos frescos e perecíveis como a carne é a principal dica de especialistas para os consumidores após a deflagração da Operação Carne Fraca, pela Polícia Federal, na última sexta-feira, 17. Doutor em Tecnologia de Alimentos, o professor da faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Universidade de Campinas), Sérgio Pflanzer, afirma que os conservantes utilizados pelas indústrias da carne, mencionados nos relatórios da Polícia Federal, são autorizados pelas autoridades sanitárias brasileiras e não são capazes de modificar a essência dos produtos.

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Apesar de sugerir recomendações aos consumidores sobre o aspecto dos alimentos, a Proteste - Associação de Consumidores - adotou uma posição mais rigorosa: orienta os cidadãos a não comprarem produtos das empresas envolvidas nas irregularidades. A operação da Polícia Federal bloqueou R$ 1 bilhão de empresas suspeitas de subornar fiscais para que carnes vencidas fossem reembaladas e liberadas para comercialização. Algumas das maiores empresas do ramo alimentício do país estão na mira das investigações, entre as quais a JBS, dona do Big Frango e Seara, e a BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão.

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