Desemprego sobe

sexta-feira, 31 de março de 2017

Desemprego sobe

A taxa de desemprego atingiu 13,2% no trimestre encerrado no mês de fevereiro, e registrou um novo recorde. O número representa 13,5 milhões de pessoas que não conseguiram trabalho no período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 31. O total de desempregados é 1,4 milhão maior que o verificado no trimestre anterior e 3,2 milhões superior ao mesmo trimestre de 2016.

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O IBGE registrou queda na ocupação dos segmentos de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (redução de 702.000 pessoas) e na indústria geral (menos 225.000 pessoas). Houve altas nos setores de alojamento e alimentação (169 .000) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (215.000 pessoas). Os demais grupamentos se mantiveram estáveis.

Ajudando a poluição

Consumidores que adquirem produtos baratos feitos em outros países estão contribuindo, indiretamente, para milhares de mortes relacionadas à poluição, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira, 29, na revista Nature. Segundo a pesquisa, liderada pela Universidade Tsinghua, na China, 22% (770.000) das cerca de 3,5 milhões mortes prematuras atribuídas à poluição, em 2007, estão relacionadas a emissões derivadas da produção de bens e serviços feitos em uma região e consumidos em outra. Só na China, morreram mais de 100.000 pessoas por causas relacionadas à poluição. É a primeira vez que um estudo liga as cadeias globais de produção à saúde humana de maneira tão explícita. As análises permitiram estimar como a demanda consumidora dos Estados Unidos e Europa contribui para a poluição em países em desenvolvimento e gera consequências para a saúde da população. 

Comércio confiante

O Índice de Confiança do Comércio (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 3,1 pontos entre fevereiro e março deste ano, ao passar de 82,5 para 85,6 pontos, em uma escala de zero a 200. Essa é a quarta alta consecutiva do indicador, que atingiu o maior nível desde dezembro de 2014. De acordo com a FGV, com as altas observadas nos últimos quatro meses, a confiança do empresário do comércio sai dos níveis “atipicamente baixos” do biênio 2015/2016 e entra em uma faixa considerada “moderadamente baixa”.

Juros dos consignados

Após quatro cortes consecutivos na taxa básica de juros da economia, o governo federal reduziu os valores máximos dos juros cobrados em empréstimos consignados para servidores públicos federais, aposentados e pensionistas. Desde que foi criado, em 2008, esta é a primeira vez que o teto desse tipo de taxa de juros é reduzido para servidores públicos da União. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o valor para os servidores cairá de 34,5% ao ano para 29,8% ao ano. Mensalmente, o teto terá uma redução de 2,5% para 2,2%.  Já os empréstimos feitos por aposentados e pensionistas terão queda de 32% para 28,9% anualmente, e de 2,34% para 2,14% a cada mês. Segundo o governo, o corte vale também para operações feitas por cartão de crédito.

Economia em queda

A atividade econômica iniciou o ano em queda. De acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), na internet, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado registrou retração de 0,26%, em janeiro, comparado a dezembro. A queda segue em ritmo um pouco menor do que em dezembro, quando ficou em 0,32% comparado a novembro. O resultado de janeiro mostra o sétimo mês seguido de retração da economia. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Páscoa ajuda comércio

O varejo pode registrar, na Páscoa, o primeiro crescimento das vendas em uma data comemorativa depois de dois anos. Desde 2015, as vendas da Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Natal, as datas mais importantes para o comércio, vêm apresentando desempenho negativo. Para a Páscoa deste ano, projeções indicam que o volume de venda real, descontada a inflação, deverá crescer 1,3% em relação à mesma data de 2016, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio). Será o primeiro crescimento real desde 2014, quando houve um aumento de 2,6% nas vendas. 

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