Décimo terceiro

sábado, 29 de outubro de 2016

Décimo terceiro
A economia brasileira deverá receber aproximadamente R$ 197 bilhões devido ao pagamento do décimo terceiro salário. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), isso significa a movimentação de cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). O rendimento, com valor médio de R$ 2.192, deverá ser pago a 84 milhões de trabalhadores. Em comparação com 2015, o montante significa um crescimento de 8,2% sobre os R$ 182 bilhões pagos no ano passado. Considerando apenas os trabalhadores formais ativos, há uma queda de 3,4% em relação ao que foi pago no último fim de ano.

Queda na arrecadação
A arrecadação do governo federal teve queda real (descontada a inflação) de 8,27% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2015, alcançando R$ 94,77 bilhões, divulgou a Receita Federal. O dado veio abaixo da expectativa de R$ 96 bilhões apontada por analistas. Também representou o pior desempenho para setembro desde 2009. Nos nove meses de 2016, a arrecadação caiu 7,54% em relação ao mesmo período do ano passado, a R$ 911,25 bilhões. O resultado foi a performance mais modesta para o período desde 2010. 
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O recolhimento de tributos e contribuições vem sendo atingido com força pela fraqueza na atividade. Em setembro, o recuo foi mais forte sobre um ano antes na arrecadação de Cofins/Pis-Pasep e com Imposto de Importação/IPI-Vinculado. Em terceiro lugar aparece a receita previdenciária, com declínio real de 4,55%, ou R$ 1,42 bilhão a menos.

Acidentes: 5% do PIB
Os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte na faixa etária de 15 a 29 anos, sendo que os homens representam 80% do total de óbitos. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS) e fazem parte de um estudo encomendado pela Secretaria de Políticas de Previdência Social. Dados da pesquisa mostram que o Brasil está em quinto lugar em número de óbitos em decorrência de acidentes de trânsito. Apesar de ter apresentado uma queda a partir de 2010, o país ainda apresenta, em média, 40 mil mortes por ano.
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 O acidente com motocicleta é a primeira causa de óbitos no país. Entre o período de 2003 a 2012, a Previdência Social gastou R$ 10 bilhões em auxílios-doença e aposentadoria por invalidez e um total de R$ 15,6 bilhões em pensões por morte (valores corrigidos pelo IPCA). Estima-se que, no Brasil, o custo total dos acidentes de trânsito para a sociedade representa 5% do PIB, o que equivale a R$ 295 bilhões. Desse total, 2,4% correspondem a custos previdenciários.

Dívidas parceladas 
O presidente Michel Temer sancionou projeto de lei que amplia o prazo de parcelamento das dívidas tributárias de micro e pequenas empresas, estabelecendo os novos limites para o enquadramento das empresas no Simples Nacional. Com as mudanças, o limite para que a microempresa seja incluída no programa passa dos atuais R$ 360 mil anuais para R$ 900 mil. Já o teto das de pequeno porte passa de R$ 3,6 milhões anuais para R$ 4,8 milhões. A nova versão da lei amplia de 60 para 120 prestações o prazo para pagamento das dívidas tributárias.

2017 na mira
O setor eletroeletrônico mira 2017 como o ano da retomada. É o que mostram os dados da Sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Segundo o levantamento, 71% das empresas pesquisadas estão projetando crescimento, 28% apostam na estabilidade e apenas 1% acreditam em queda. A pesquisa identificou que um dos principais motivos dessa perspectiva positiva reside na condução da política econômica do país. De acordo com a sondagem, 85% das empresas pesquisadas acreditam na capacidade do governo de aprovar, junto ao Congresso, as medidas necessárias para a retomada do crescimento econômico.

Crédito para táxis 
A linha de crédito especial que financia táxis com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) recebeu mais R$ 100 milhões para financiamentos – que podem ser emprestados pelo Banco do Brasil para renovação da frota de táxi do país. O crédito também foi prorrogado até 31 de dezembro de 2021. O recurso é destinado a pessoas físicas, titulares de autorização, permissão ou concessão do Poder Público, devidamente registrado nos órgãos competentes que regulam a atividade de taxista. Apenas um carro pode ser financiado por CPF e deve ser veículo novo, de fabricação nacional, de quatro portas, flex ou a álcool.

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