Crédito vai cair

terça-feira, 04 de outubro de 2016

Funcionalismo ganha mais 
Os salários médios do funcionalismo público subiram, em termos reais (acima da inflação), 33% entre janeiro de 2003 e janeiro de 2016, enquanto na iniciativa privada esse aumento foi de 10%. O levantamento, feito com base em cruzamento de dados do Senado, confirma as queixas do governo federal, governadores e prefeitos sobre o crescimento do custo da folha salarial dos servidores. Em 13 anos, pulou de cerca de R$ 880 para R$ 1.650 a disparidade média entre o que ganha um funcionário do estado e um profissional do setor privado.
***** 
O governo Michel Temer tenta aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos a fim de atrelar o crescimento das despesas à inflação do ano anterior. A medida tem por objetivo impedir aumentos reais do crescimento da folha de pagamento do serviço público, contendo assim a explosão dos déficits orçamentários que vem sendo registrada nos últimos anos.

Renegociação de dívidas
Com o orçamento cada vez mais apertado, o brasileiro colocou o pé no freio e reduziu o consumo. Prova disso é a última pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostrando que o total de famílias endividadas caiu de 63,5% para 58,2% na comparação de setembro de 2015 e deste ano. Para trazer o consumidor de volta às compras e reduzir o calote, grandes grupos varejistas já começaram a temporada de mutirões de renegociação de dívidas, tradicionalmente promovidos a partir de novembro.
***** 
Até o próximo dia 30, a Casas Bahia, do grupo Via Varejo, promove o chamado “Feirão do nome limpo”, uma programação especial para que os consumidores negociem suas dívidas. Todas as lojas da rede podem receber clientes inadimplentes que queiram condições especiais para quitar débitos. De acordo com a empresa, “as negociações podem resultar em descontos de até 90% e a dívida pode ser parcelada em até 15 vezes sem juros”. O feirão é exclusivo para consumidores que tenham aderido ao pagamento por carnê.

Presentes online 
O faturamento das vendas online no dia das crianças deve ter um crescimento nominal de 11,5% em 2016. A estimativa foi realizada pela Ebit, empresa especializada em informações de comércio eletrônico. De acordo com a pesquisa, o dia das crianças deve movimentar R$ 1,64 bilhão. Em 2015, este valor foi de R$ 1,47 bilhão. A previsão é de que, entre o último dia  28 de setembro e o próximo dia 11, sejam feitos quatro milhões de pedidos na internet, com um gasto médio girando em torno de R$ 413.
***** 
Além da previsão de números, a Ebit também levantou quais são os brinquedos que devem receber maior atenção por parte dos compradores na hora de adquirir os presentes para as crianças. Os itens mais procurados, de acordo com a empresa, serão as bonecas. Em segundo lugar estão as fantasias, que, segundo a pesquisa, também se enquadram na categoria de brinquedos. Os blocos de montar ficam em terceiro lugar, seguidos pelos bonecos e personagens. 

Crédito vai cair 
Os bancos vão registrar, este ano, a primeira queda no saldo das operações de crédito, na série histórica do Banco Central, iniciada em março de 2007. De acordo com projeções do BC, o crédito deve recuar 2% este ano. Em junho, a expectativa ainda era de crescimento de 1%, mas, com os resultados dos meses seguintes, a projeção foi revisada. Em agosto deste ano, o saldo do crédito ficou em R$ 3,115 trilhões, resultado estável em relação a julho. Na comparação com agosto de 2015, houve queda de 0,6%. O recuo chegou a 3,2% na comparação com agosto deste ano com dezembro de 2015. O recuo no crédito é influenciado pela queda da atividade econômica, da confiança dos empresários e consumidores e pela alta das taxas de juros. 

Casa própria
A persistente crise econômica, a perda da renda e o aumento do desemprego têm forçado os principais bancos brasileiros a intensificar a renegociação de dívidas em atraso. O fenômeno vem crescendo em todas as linhas de crédito, mas ganhou força sobretudo no financiamento habitacional. A modalidade se expandiu no bom momento da economia e, no fim do primeiro semestre, bateu recorde de renegociação.
***** 
A Caixa Econômica Federal, que detém cerca de 70% do financiamento imobiliário, diz, em nota, que a renegociação com os clientes ajudou o banco a controlar a inadimplência, cujo percentual ficou em 1,84% nos últimos 12 meses. O banco também afirma considerar normal a renegociação em financiamentos de longo prazo e destaca, ainda, que é comum a quitação antecipada dos contratos renegociados.

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.