Crédito rotativo

sábado, 28 de janeiro de 2017

Crédito rotativo

A criação da nova regra que limita o uso do crédito rotativo do cartão não prevê nenhuma alteração do limite de crédito de cada cliente. A informação foi dada pelo diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso. Segundo o diretor, se o cliente ainda tiver limite no cartão, poderá usar o meio de pagamento mesmo que tenha atingido os 30 dias de uso do rotativo e não tenha quitado a dívida. "Se cumprir a regra, ele poderá continuar usando o cartão", disse o diretor ao ser questionado se haveria instrumento que travaria o uso do cartão em casos de permanência por 30 dias no rotativo. "Nos 30 dias, ele tem de quitar o saldo devedor. Mas nada impede que continue usando o cartão." Ou seja, clientes que não conseguirem quitar o rotativo em 30 dias poderão entrar em situação de inadimplência, mas, se houver limite no cartão, poderão continuar usando o meio de pagamento para novas compras.

Pacote do governo

Logo após a retomada das atividades no Congresso Nacional, a cúpula do governo reunirá as lideranças da base aliada para apresentar um pacote de projetos considerados prioritários pelo Executivo. As sessões de votação na Câmara e no Senado devem voltar a ocorrer a partir do próximo dia 2 de fevereiro, depois da eleição para a presidência das respectivas Casas. Além da reforma da Previdência, a expectativa da cúpula do governo é avançar nas discussões de projetos que têm causado certa polêmica. Entre eles o que trata da repatriação de recursos do exterior; a minirreforma trabalhista; a aquisição de terras estrangeiras; e a convalidação da isenção fiscal.

Perdas preocupantes

As perdas nas atividades de comercialização de bens associadas a roubos, furtos e problemas operacionais atingiram a marca de 2,25% do faturamento líquido das empresas varejistas brasileiras, conforme estudo anual divulgado em dezembro/2016 pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). Doces e bebidas (quase 50%) nos supermercados e calças e tênis nas lojas de moda são os itens mais furtados no varejo nacional.

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As perdas gerais no varejo brasileiro são substancialmente maiores do que as registradas em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, elas correspondem a 1,27%; na Holanda, chegam a 1,48%; na Finlândia, 1,38%; na Alemanha estão em 1,08%; na Noruega, 0,75%; no Reino Unido, 0,89%; na Espanha, 1,33%; e no Japão, 1,35%.

Construção otimista

O ano começou com menos pessimismo para os empresários da indústria da construção civil. O índice de expectativas sobre o nível de atividade, medido pela Confederação Nacional da Indústria, subiu de 37,7 pontos em janeiro de 2016 para 47,4 pontos neste mês. No mesmo período, o indicador de expectativa de número de empregados aumentou de 37,0 pontos para 45,7 pontos e o de novos empreendimentos e serviços passou de 37,1 pontos para 46,6 pontos. As perspectivas menos pessimistas também se refletiram sobre a disposição dos empresários para investir. O índice de intenção de investimentos aumentou de 25,9 pontos em dezembro de 2016 para 27,7 pontos em janeiro de 2017. Mesmo assim, continua muito abaixo da média histórica, que é de 35,2 pontos.

Combatendo fraudes

Para combater as fraudes no seguro-desemprego, o Ministério do Trabalho criou uma plataforma que amplia a capacidade de identificação de requerimentos suspeitos para bloquear pagamentos indevidos. Desde dezembro, quando foi lançado, o sistema possibilitou o bloqueio de quase R$ 45 milhões em benefícios fraudulentos, em todo o Brasil. A estimativa é que a economia para os cofres públicos de R$ 1,3 bilhão em 2017. O rastreamento é feito a partir do CPF do trabalhador, o que ajuda a reduzir problemas de duplicidade de matrícula no Programa de Inclusão Social (PIS).

Cartão BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou no último dia 26 que empresas de confecção poderão se cadastrar para vender a varejistas com financiamento do Cartão BNDES. A medida vale para itens de fabricação nacional e resulta de colaboração técnica entre o banco e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Os primeiros segmentos que poderão vender e receber dos compradores via Cartão BNDES são malharia, meias e tricotagem e moda íntima. Esses setores reúnem cerca de 8 mil empresas. A meta, segundo o BNDES, é incorporar gradualmente todo o setor de vestuário.

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