Cortes na Selic

sexta-feira, 03 de março de 2017

Cortes na Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pode intensificar o ritmo de cortes na taxa básica de juros. A indicação dessa nova estratégia consta da ata da última reunião do comitê, divulgada ontem. Com a recessão econômica e as expectativas de inflação em queda, o comitê indica que os próximos cortes podem ser maiores do que o da reunião passada de 0,75 ponto percentual. A projeção de inflação do Copom para 2017 caiu em relação à estimativa prevista em janeiro e ficou em torno de 4,2%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Para o próximo ano está ao redor de 4,5%. Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a inflação ficará em 4,36%, em 2017 e em 4,5% em 2018.

Preços estáveis

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou fevereiro com variação de 0,31%, taxa 0,09 ponto percentual inferior à registrada na última apuração, referente à terceira prévia do mês (0,4%). No ano, a taxa acumula alta de 1,01% e, nos últimos 12 meses, de 4,57%. A pesquisa é feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em sete capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

Remédios em alta

As vendas de medicamentos por distribuidores cresceram 11,5% ao longo de 2016, atingindo um faturamento de R$ 15,7 bilhões nos 12 meses dono. Os dados são do IMS Health, compilados pela Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Considerando o número de unidades de medicamentos vendidas, a alta foi de 7,2% na comparação anual. Foram 936 milhões de produtos comercializados no ano passado. A Abradilan afirma que os genéricos impulsionaram as vendas do setor. A avaliação da entidade é de que a menor disponibilidade de renda dos consumidores levou a uma migração para este tipo de medicamento, de menor preço.

Veículos em baixa

A venda de veículos caiu 7,6 % em fevereiro de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados divulgados nesta ontem pela Fenabrave, a associação das concessionárias. Foram emplacados 135.663 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, contra 146.804 no mesmo mês de 2016. Na comparação com janeiro, a baixa foi 7,8%. O primeiro mês do ano teve 147.208 veículos emplacados. Automóveis e comerciais leves tiveram queda de 6,8% no mês, com 132.405 unidades produzidas contra 142.091 em 2016.

O segmento de pesados segue enfrentando fortes quedas. Em fevereiro, 2.611 caminhões foram emplacados, representando um recuo de 31,7%.

Reforma para militares

O governo federal criou um grupo de trabalho interministerial que irá avaliar as melhores práticas de "evidenciação, reconhecimento e mensuração contábil do passivo referente às despesas futuras com militares inativos e com pensões militares". A criação do grupo está publicada no Diário Oficial da União. O trabalho do grupo, segundo a portaria, deverá observar "marcos normativos pertinentes, objetivando ao atendimento de duas recomendações do Tribunal de Contas da União. A coordenação dos trabalhos ficará a cargo da Casa Civil, e o relatório final com a conclusão dos estudos deverá ser submetido à apreciação e deliberação no prazo de 120 dias.

Juros de mercado

O Diário Oficial da União publicou resolução do Banco Central (BC), que entra em vigor em 1° de setembro, estabelecendo que as instituições financeiras não poderão mais cobrar taxas de juros de mercado dos clientes no caso de atraso nos pagamentos. Atualmente, os bancos podem cobrar juros de mora (punitivos) e juros remuneratórios. No caso dos juros remuneratórios, cobrados por dia de atraso, os bancos podem fixar a taxa com base nos juros definidos na ocasião da assinatura do contrato ou de acordo com as taxas vigentes de mercado.

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.