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Correios no vermelho
Correios no vermelho
Os Correios vão precisar recorrer a um empréstimo para conseguir honrar seus compromissos, incluindo salários dos funcionários e encomendas de fornecedores. As projeções são de que o dinheiro do caixa da empresa termine no segundo semestre. As indicações dão conta que os Correios fecharam 2015 com prejuízo de R$ 2,1 bilhões - o balanço ainda não foi publicado. Este ano, até maio, a perda já chega a R$ 700 milhões.
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Os R$ 2,1 bilhões de perda em 2015 já passaram pelo crivo do conselho de administração da estatal, mas ainda não é oficial porque tem de ser submetido a uma assembleia que não tem data para ocorrer. Fontes apontam o represamento das tarifas de serviços, para evitar impactos na inflação, como um dos principais fatores desse prejuízo recorde. Mesmo com o reajuste de 8,89% dado pelo governo em dezembro de 2015 para as tarifas de entrega de cartas e telegramas, a defasagem retirou cerca de R$ 350 milhões dos Correios no ano passado.
Farmácias vendem mais
As vendas das grandes redes de farmácias cresceram 12 74% em abril na comparação com igual período de 2015. O faturamento atingiu R$ 3,26 bilhões no último abril, ante R$ 2,89 bilhões no mesmo mês do ano passado. Com o resultado, as vendas acumuladas no primeiro quadrimestre do ano atingiram R$ 12,6 bilhões, um crescimento de 13,16% na comparação anual. As vendas em quantidade de unidades comercializadas cresceram em ritmo menos acelerado do que a receita. Foram comercializados 720 milhões de produtos entre janeiro e abril, um crescimento de 3 55% na comparação anual.
Motos vendem menos
O número de motocicletas vendidas pelas concessionárias em maio foi de 76.644 unidades, um recuo de 27,36% em relação ao mesmo mês de 2015. Mesmo com um dia útil a mais do que maio de 2015, a média diária de vendas no quinto mês deste ano apresentou retração de 30,8%, passando de 5.274 para 3.650 motocicletas. Na comparação com abril, o total de vendas no mês teve recuo de 3,8%. Os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) mostram que a produção também caiu. Em maio, saíram das linhas de montagem 92.308 unidades, uma retração de 20,5% em relação ao mesmo mês de 2015. No entanto, o resultado representa uma alta de 46,4% em relação a abril.
Caiu, mas melhorou
O fluxo de pessoas em shoppings em maio registrou queda em relação ao ano anterior (-1%), mas apresenta uma tendência de melhora em relação à variação registrada em abril. É o que mostra o Iflux, indicador específico do mercado de shopping, desenvolvido pelo Ibope Inteligência, que revela o grau de aquecimento ou movimentação do setor. Na segmentação por perfil de shopping e competitividade no mercado, a surpresa fica por conta dos shoppings que atendem a um perfil de clientes médio, concentrados no segmento B. Nesse grupo, o fluxo de maio registra alta de 3,5%.
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O pior resultado registrado está no grupo de shoppings secundários, no qual a queda do fluxo é expressiva: -3,9%. Trata-se de um conjunto de shoppings que operam sem posicionamento claro na mente do consumidor ou diferenciação frente ao concorrente. De acordo com a pesquisa, a maior parte dos shoppings brasileiros (64%) enquadra-se neste grupo.
Selic ainda é alta
Pela sétima vez seguida, o Banco Central não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 14,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas. Eles preveem que a taxa permanecerá inalterada até o fim do ano. Em comunicado, o Copom informou que a inflação acumulada em 12 meses não permite cortes na taxa de juros.
CNI reclama
A manutenção dos juros em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central agravará a recessão e o desemprego, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em comunicado, a CNI informou que as taxas só podem ser reduzidas quando o governo cortar gastos. No texto, a entidade destaca que a queda da atividade econômica ultrapassou o limite do sustentável e que a manutenção dos juros básicos era esperada: “a decisão do Copom não surpreendeu a indústria, pois a inflação alta resiste e continua distante da meta”.
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Para a CNI, a economia só poderá retomar o crescimento quando os juros caírem, mas a redução depende da implementação das propostas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo. “Essas medidas são decisivas para o país controlar a demanda, afastar o risco do aumento insustentável da dívida pública e recuperar a confiança dos investidores”, concluiu o comunicado.
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