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Conta própria
Conta própria
Os microempreendedores individuais representavam 10,4% dos 18,2 milhões de pessoas de 16 anos ou mais ocupadas em 2014 por conta própria ou que tinham somente um empregado, em atividade não agrícola ou nos serviços auxiliares da atividade agrícola no trabalho principal. De 1,9 milhão de pessoas cadastradas no programa Microempreendedor Individual (MEI), 15,4% eram do comércio e reparação, maior percentual entre os setores, e 13,8% pertenciam a outros serviços coletivos, sociais e pessoais. As informações fazem parte do suplemento Acesso ao Cadastro Único e a programas de Inclusão Produtiva divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A região sul apresentou o maior percentual de pessoas cadastradas no programa MEI (15,4%). As regiões norte (4,7%) e nordeste (6,9%) registraram percentuais menores que a média nacional (10,4%). Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal do trabalho principal dos cadastrados no MEI foi de R$ 2.448, 51,7% maior que o das não cadastradas, de R$ 1.614.
Moedas em falta
O problema crônico da falta de moedas para troco nos caixas levou a Associação de Supermercados do Rio (Asserj) a instalar cofrinhos de doações nos estabelecimentos. Para estimular a doação dos clientes, o valor arrecadado com as moedinhas será totalmente revertido para programas de atendimento às crianças e adolescentes com câncer. As moedas mais disputadas no comércio do Rio hoje são as de R$ 1 e R$ 0,01. A doação é uma tentativa de minimizar a falta de troco nas lojas, dificuldade que também afeta outros setores do varejo. De acordo com a associação, alguns mercados até estão trocando moedas por alimentos não perecíveis.
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O Banco Central admitiu que a produção tem sido impactada pela redução da despesa pública, mas diz que está administrando os estoques de moeda. Existem hoje em circulação 24,06 bilhões de unidades de moedas ou R$ 6,05 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 29,36 em moedas e 116 moedas por habitante. O custo médio de produção de novas moedas é de R$ 0,25 por unidade.
Consumo cai
O brasileiro já não tem mais onde cortar o consumo de itens básicos, como alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza. No primeiro trimestre, os volumes comprados da cesta desses produtos caiu 1,6% em relação a igual período de 2015. É uma retração muito menor do que a registrada no primeiro trimestre de 2015 ante 2014, quando o recuo havia sido de 8,3%.
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Em termos de valor nominal desembolsado, as famílias gastaram este ano com essa cesta 9,1% a mais do que no primeiro trimestre do ano passado. Entre janeiro e março de 2015, o valor desembolsado tinha crescido apenas 1% sobre 2014. Neste ano, a única cesta que teve um recuo no gasto (-1%) foi a de higiene pessoal. Já o desempenho nominal foi positivo nas demais. Em alimentos houve um crescimento de 14% sobre o primeiro trimestre de 2015, em bebidas a alta foi de 8% e em limpeza de 9%, na mesma base de comparação.
Pós venda
Com a crise que derrubou as vendas de veículos novos, principal fonte de ganhos do segmento, as concessionárias se voltaram à área de serviços na tentativa de garantir receitas. O investimento em profissionais mais qualificados, serviços rápidos e com qualidade e conforto nas lojas começa a dar resultados, ao menos na aprovação da clientela. A satisfação dos consumidores com o pós-venda nas redes de revendedores das montadoras brasileiras aumentou 61 pontos em relação ao ano passado na pesquisa da consultoria J.D.Power. Numa escala até mil pontos, a média do índice deste ano ficou em 780, se aproximando da pontuação dada pelos consumidores americanos (797) e acima dos britânicos (744) e dos alemães (732). Foram consultados no país mais de cinco mil consumidores que compraram automóveis nos últimos três anos e recorreram a serviços das revendas nos últimos 12 meses.
Comércio retraído
A atividade do comércio caiu 8,3% no acumulado dos primeiros seis meses deste ano em relação a idêntico período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade. Para os padrões da Serasa Experian, este foi o pior desempenho da atividade varejista do Brasil em toda a série histórica do indicador, superando a queda de 6,9% observada no primeiro semestre de 2002, época em que o país vivia a "Crise do Apagão", comparam os economistas da instituição. Para eles, a forte retração da atividade varejista no primeiro semestre de 2016 é explicada pela continuidade da elevação da taxa de desemprego, pelo grau deprimido dos níveis de confiança do consumidor e também pelas condições mais restritivas de crédito.
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