Colunas
Comércio cresceu
Comércio cresceu
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país cresceu 1,8% em fevereiro/17, já efetuados os devidos ajustes sazonais. Em relação ao mesmo mês do ano passado (fevereiro/16), o recuo da atividade varejista no segundo mês de 2017 foi de 2,7%. Segundo os economistas da Serasa Experian, depois do tombo de janeiro/17 (queda de 2,1%), houve certa reação do varejo em fevereiro/17, porém sem conseguir compensar integralmente o recuo do primeiro mês do ano. Apesar dos impactos benéficos da queda da inflação sobre alguns segmentos varejistas, fatores como a alta do desemprego ainda pesam negativamente sobre uma recuperação mais significativa do varejo.
Altas e baixas
A maior alta observada no varejo em fevereiro/17 foi o crescimento de 2,1% do setor de material de construção, após ter amargado queda de 3,5% em janeiro/17. O segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas avançou 1,0% em fevereiro/17. Veículos, motos e peças cresceram 0,3% em fevereiro/17 ao passo que, com alta de 0,1%, ficaram empatados os segmentos de móveis, eletroeletrônicos e informática e o de combustíveis e lubrificantes. Apenas o segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios experimentou recuo em fevereiro/17: -0,2%.
Fisgando o consumidor
O varejo prepara promoções com descontos de até 70% para fisgar o consumidor que tem direito a sacar os recursos de contas inativas do FGTS. Os preços mais baixos estão agendados para começar a valer nesta semana, quando a Caixa libera o primeiro lote de recursos. O banco estima que, nessa primeira leva de saques, que começa amanhã, sexta-feira, cerca de 4,9 milhões de trabalhadores nascidos nos meses de janeiro e fevereiro resgatem R$ 6 bilhões das contas inativas. Grandes varejistas, como Casas Bahia, Pontofrio e Extra prometem ofertas e condições especiais de pagamento.
Trabalho escravo
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, conseguiu derrubar o anúncio da “lista suja” de empregadores de mão de obra análoga à escrava. Depois de três sentenças judiciais que determinavam o fim do sigilo do cadastro, o ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), aceitou pedido apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para suspender a divulgação dos nomes de empresas e pessoas físicas flagradas nas operações de combate ao trabalho forçado. A “lista suja” é considerada pelas Nações Unidas como uma medida fundamental na repressão a práticas de violação de direitos humanos no setor do emprego.
Mulheres empreendedoras
Cada vez mais mulheres têm se lançado como empreendedoras no País. O caminho do negócio próprio é uma das alternativas para aumentar o rendimento ou até mesmo tornar a atividade como principal fonte de renda. Nos últimos quatorze anos, o número de empresárias subiu 34%, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em 2014, o País tinha 7,9 milhões de empresárias.
Cesta básica
O preço da cesta básica caiu no mês de fevereiro em 25 das 27 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior queda ocorreu em Manaus (-5,14%). Foram registradas elevações apenas em Natal (0,59%) e São Luís (0,14%). A cesta com conjunto de alimentos essenciais básicos mais cara em fevereiro foi a de Porto Alegre (R$ 435,51), apesar de ter registrado decréscimo de 4% no custo. Em seguida, estão as cidades de Florianópolis (R$ 434,13), São Paulo (R$ 426,22) e do Rio de Janeiro (R$ 424,55). Rio Branco (R$ 330,58) e Recife (R$ 344,06) registraram as cestas com menor valor.
*****
Os itens que registraram queda na maioria das cidades pesquisadas, em janeiro e fevereiro, foram feijão, carne bovina de primeira, tomate, açúcar e leite integral. O preço do óleo de soja, do café em pó e da farinha de mandioca, especialmente no Norte e Nordeste, por sua vez, teve predominância de alta. O Dieese calcula o valor que o salário mínimo deveria ter para suprir despesas básicas do trabalhador com base no custo da maior cesta. Em fevereiro, o valor de referência foi o de Porto Alegre. Nesse levantamento, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.658,72. O valor é 3,90 vezes o mínimo atual de R$ 937. Em janeiro, o mínimo necessário era de R$ 3.811,29.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário