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Brasileiro corta despesas
Brasileiro corta despesas
No último ano, os brasileiros apertaram o orçamento familiar para passar pela crise. Segundo levantamento realizado pelo aplicativo de finanças Guia Bolso, entre julho de 2015 e julho deste ano, os gastos com cuidados pessoais, que incluem as despesas com salão de beleza, itens de farmácia e academia, foram cortados pela metade. O consumo em bares e restaurantes caiu 30% e os gastos com lazer, como viagens, cinema e teatro, caíram 18%. Até mesmo as contas de internet, celular e TV à cabo passaram pela navalha: queda de 20% no período.
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A única categoria de despesa que não sofreu diminuição foi a das contas domésticas, como água, luz e gás, que aumentaram 29%. A pesquisa foi feita com base nas informações de 88.280 usuários com renda média de R$ 2.182,74 reais. O aplicativo tem quase três milhões de downloads e analisa automaticamente todas as despesas e receitas do usuário por meio de uma conexão direta com as informações de lançamentos na conta corrente bancária e cartões de crédito.
Inflação com maior projeção
Economistas ouvidos pelo Banco Central aumentaram suas projeções para inflação para 2016 e reduziram a previsão de quedas no PIB e na produção industrial. Segundo o Boletim Focus, a expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 7,36%, acima do teto oficial de 6,5%. A previsão anterior para o indicador era de 7,34%. Na semana passada, o IBGE divulgou que o índice ficou em 0,44% em agosto, o que representa uma alta de 5,42% no acumulado dos oito primeiros meses do ano. Em relação ao PIB, a nova estimativa é de um déficit de -3,18% no ano. A queda esperada na produção industrial ficou em -5,93%, ante 6,03% na semana anterior.
Demissões nas montadoras
A crise que levou à redução drástica nas vendas e na produção de veículos no Brasil provocou o fechamento, de 2014 até agora, de 31 mil vagas nas montadoras, onde normalmente os empregos são considerados de melhor qualidade. Também por causa da situação ruim do setor, foram demitidos mais de 50 mil trabalhadores nas autopeças e mais de 124 mil nas concessionárias, numa conta que supera 200 mil cortes. Os números devem seguir em alta, pois ainda há ajustes a serem feitos em algumas fábricas.
Usados em alta
Balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostra que, se a comercialização de carros novos está em baixa, as vendas de veículos usados apresentaram uma reação no mês passado. Entre carros de passeio, utilitários leves – como vans e picapes -, caminhões e ônibus, as transferências de veículos usados tiveram alta de 8,6% em agosto, na comparação com igual período de 2015. Se comparadas a julho, as vendas de usados cresceram 4,8%.
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No total, 985,9 mil veículos foram vendidos no mês passado, o que ajudou a moderar, para 2%, a queda do volume desse mercado desde o início do ano ante igual período de 2015. Nos últimos oito meses, os brasileiros compraram 6,72 milhões de veículos usados. Para cada veículo novo, cinco usados são vendidos. Na avaliação da Fenabrave, o aquecimento acontece porque parte dos consumidores está preferindo comprar um carro seminovo, de até três anos, mais completo, do que gastar valor próximo num carro novo mais simples.
Código do Consumidor, 26 anos
O Código de Defesa do Consumidor completou 26 anos no último domingo, 11. Essa legislação mudou para melhor as relações de consumo no Brasil, minimizando perdas e garantindo que o brasileiro receba exatamente o que comprou. Se você se sentir lesado em uma compra, o vendedor tem a obrigação de apresentar um exemplar do Código para que o consumidor possa consultá-lo e para que possa esclarecer dúvidas. A lei ainda deixa claro que em uma disputa entre comprador e vendedor, o Código será mais favorável ao consumidor, que é sempre considerado o elo mais frágil em uma relação de consumo.
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