Colunas
Bolsa Família reajustada
Inflação subiu
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou abril com alta de 0,49% em sete capitais. A variação é 0,11 ponto percentual maior que a registrada na terceira prévia do mês (0,38%). Desde o começo do ano, o índice já subiu 3,57% e, no acumulado dos últimos 12 meses, a alta atinge 9,24%. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e se refere a preços pesquisados em São Paulo, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Cinco dos oito grupos analisados apresentaram aumento no ritmo de correção e o que mais pressionou a inflação de abril foi o grupo saúde e cuidados pessoais (de 1,46% para 2,41%). O motivo foi o reajuste de preço dos medicamentos, que ficaram em média 7,01% mais caros. Na última medição, foi constatado um salto de 3,5%.
Aumento real
O salário mínimo aumentou 77,18% acima da inflação desde 2002, passando de R$ 496 (valor atualizado de acordo com a inflação) para R$ 880 em 2016. Os dados foram divulgados neste domingo, 1º, pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a valorização alcança diretamente 48,3 milhões de pessoas, que têm seus rendimentos referenciados no mínimo. Em 2017, o salário mínimo deve ser reajustado para R$ 946, conforme a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Somente neste ano, de acordo com Dieese, o reajuste deve injetar R$ 57 bilhões na economia brasileira.
Peso da conta de luz
Para pagar a conta de luz de uma residência com uma geladeira pequena — que consome cerca de 60 quilowatts horas (kWh) por mês — mais algumas lâmpadas e uns dois ventiladores, um brasileiro que ganha um salário mínimo precisa trabalhar 11,1 horas, ou seja, pouco mais de uma jornada completa de trabalho. A estimativa faz parte de um estudo do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), feito a pedido do jornal O Globo, a partir de dados de 23 países. No estudo, o Brasil aparece como o país onde o consumidor que ganha um salário mínimo tem de trabalhar o maior número de horas para pagar pela energia. Em segundo lugar, vem o México, com nove horas.
Bandeira verde
Pelo segundo mês seguido, a bandeira tarifária das contas de energia elétrica será a verde, ou seja, não haverá acréscimo na conta dos consumidores. A bandeira que vai vigorar em maio foi definida, na última sexta-feira, 29 de abril, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a agência, entre os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde estão o resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas, além do aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro, como a hidrelétrica de Belo Monte.
Bolsa Família reajustada
Com a correção autorizada pela presidenta Dilma Rousseff no domingo , 1º, o benefício médio pago às 13,8 milhões famílias do programa de transferência de renda poderá alcançar R$ 176 mensais, valor 9% maior do que o benefício médio pago em abril. Decreto presidencial autorizará reajuste de 6,5% da linha de extrema pobreza do país, fixada atualmente em R$ 77. A linha da extrema pobreza, instituída no Plano Brasil sem Miséria, garante a complementação da diferença entre esse valor e a renda declarada pela família. O mesmo percentual será aplicado à linha da pobreza, que estabelece o limite de renda de acesso ao benefício do Bolsa Família. Com isso, poderão ter acesso ao benefício famílias com renda de até R$ 164 mensais por pessoa.
Recado aos atrasados
Com o fim do período para envio da declaração do Imposto de Renda referente ao ano passado às 23h59 de sexta-feira,29 de abril, aqueles que não seguiram o prazo devem ficar atentos. A consequência para o atraso é inevitável: multa e juros. Portanto, a orientação de especialistas é acelerar o envio da documentação para evitar um valor muito alto. Para o contribuinte que não apresentou a declaração, a multa será de 1% sobre o IR devido a cada mês que passar, ainda que já tenha sido integralmente pago. Caso não haja valor a quitar com a Receita Federal, esse percentual incide sobre a penalidade mínima para quem não entrega o documento a tempo: R$ 165,74.
*****
A situação fica mais complicada para o contribuinte que perdeu o prazo — também encerrado na sexta-feira — para quitar a cota única ou a primeira parcela do IR, que pode ser dividido em até oito vezes. Nesse caso, a multa é diária, de 0,33% sobre o imposto a pagar, com limite máximo de 20%, mais juros medidos pela taxa Selic (atualmente em 14,25% ao ano).
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário