Atitudes consumistas

segunda-feira, 03 de abril de 2017

Atitudes consumistas

Um terço (33%) dos consumidores compra sem necessidade, motivado por promoções, especialmente entre as classes C, D e E (35%), entre as mulheres (38%) e as pessoas de 18 a 34 anos (42%). A pesquisa foi realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Ainda com relação a práticas consumistas, 42% dos consumidores que responderam à pergunta costumam comprar parcelado para conseguir comprar tudo o que querem, enquanto 4 em cada 10 (40%) não procuram meios alternativos para economizar em saídas ou baladas, como reuniões em casa ou na casa de amigos.

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Apesar de uma parte considerável dos entrevistados admitir ter atitudes consumistas, o estudo indica que a maioria dos consumidores diz adotar práticas colaborativas ou conscientes com o objetivo de economizar. Oito em cada dez (78%) fazem em casa serviços que poderiam ser contratados fora, como cinema, lanches, manicure e pet shop, 74% utilizam transporte coletivo ou caronas (principalmente as mulheres, 80%, e as classes C, D e E, 78%) e 51% vão aos lugares a pé ou de bicicleta para poupar com transporte (sobretudo entre as classes C, D e E, 55%).

Juros do consignado

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou ontem, no Diário Oficial da União, portaria que altera o teto das taxas de juros para operações de empréstimo consignado e cartão de crédito em benefício previdenciário.

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No caso de empréstimos, a taxa não poderá ser superior a 2,14% ao mês e para cartão de crédito, o limite é 3,06% ao mês. Na última quinta-feira, 30, o governo anunciou a redução dos juros cobrados em empréstimos consignados para servidores públicos federais, aposentados e pensionistas. Desde que foi criado, em 2008, esta é a primeira vez que o teto desse tipo de taxa de juros é reduzido para servidores públicos da União.

Juros cairão mais

O mercado financeiro voltou a prever que o ciclo de afrouxamento realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) será ainda mais intenso. A pesquisa semanal do Banco Central concluída em 31 de março mostra que a mediana das previsões para o patamar do juro básico no fim deste ano caiu de 9,00% para 8,75% ao ano. Para 2018, a expectativa permaneceu em 8,50% a.a. pela segunda semana seguida. Há um mês, o mercado esperava Selic em 9,25% e 9% anuais, respectivamente, no fim de 2017 e 2018.

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No mesmo relatório Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, a expectativa de Selic média em 2017 caiu de 10,41% para 10,38% ao ano. Há um mês, a mediana da taxa média projetada para o ano era de 10,72%. Para 2018, a previsão de Selic média seguiu em 8,75%, ante 9,00% anuais de um mês antes.

Crédito rotativo

O cartão de crédito passa a ter novas regras. O objetivo da medida é fazer com que o consumidor não fique mais preso ao crédito rotativo, também conhecido como pagamento mínimo da fatura. 
Agora, sempre que o usuário entrar no rotativo, no mês seguinte ele terá de fazer o pagamento integral do que veio do mês anterior, ou parcelá-lo. Se não escolher nem um nem outro, ficará inadimplente, pois o saldo não poderá ser incluído novamente no rotativo e ali permanecer até o mês seguinte.

Bandeira vermelha

Neste mês, os consumidores de energia elétrica vão pagar R$ 3 a mais para cada 100 kw/h consumidos. Está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, usada quando é preciso acionar usinas termelétricas devido à falta de chuvas. É a primeira vez no ano que a bandeira vermelha é ativada.

Rio no vermelho

O governo do Rio de Janeiro aumentou a previsão do rombo orçamentário do Estado para 2017. De acordo com relatório publicado na edição do Diário Oficial do dia 31, a estimativa de déficit para este ano passou de R$ 19,3 bilhões para R$ 21,7 bilhões.  Segundo a secretaria de Fazenda, os arrestos nas contas do estado feitos pela União, a demora na aprovação das medidas de recuperação financeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e no Congresso Nacional e a instabilidade econômica causaram o aumento do rombo. Ainda de acordo com o documento, a receita prevista para 2017 caiu de R$ 53,9 bilhões para R$ 51,7 bilhões. Somente em janeiro e fevereiro, o Estado do Rio já deve cerca de R$ 1,5 bilhão. A receita concretizada no primeiro bimestre de 2017 foi de R$ 9,7 bilhões, enquanto a despesa empenhada foi de R$ 11,2 bilhões.

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