Aposentadoria em xeque

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Confiança subiu

A confiança do consumidor do Brasil subiu pelo quarto mês seguido em agosto e atingiu o maior patamar em mais de um ano e meio, com a melhora do sentimento com a situação atual, segundo a Fundação Getulio Vargas. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos em agosto em relação ao mês anterior, atingindo 79,3 pontos, maior leitura desde janeiro de 2015 (81,2 pontos). O destaque no mês foi a alta de 3,8 pontos no Índice da Situação Atual (ISA), atingindo 69,5 pontos. Em junho, o ISA havia chegado à mínima histórica da pesquisa.

Rombo no orçamento

O Congresso Nacional aprovou o texto-base da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017. A proposta prevê um rombo de R$ 139 bilhões para o governo central, R$ 3 bilhões para estatais federais e R$ 1,1 bilhão para estados e municípios no ano que vem. Para o período entre 2017 e 2019, foram mantidas as previsões de valores de salário mínimo: de R$ 946 para 2017; R$ 1.002,73 para 2018 e R$ 1.067,46 para 2019. O texto afirma que serão beneficiados com o novo valor do mínimo para o ano que vem cerca de 23 milhões de pessoas. O texto-base foi aprovado por 252 deputados e em votação simbólica pelos senadores.

Estrangeiros investem menos

Os investimentos estrangeiros diretos no país surpreenderam a maior parte das expectativas do mercado ao somarem US$ 78 milhões em julho. Esse foi o pior resultado para o indicador desde março de 1995, quando houve saída líquida de US$ 24 milhões. Até hoje, o indicador só ficou negativo uma vez desde o início da série histórica, em janeiro de 1995. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de julho indicaria saída de US$ 700 milhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 22 de julho, quando o país havia registrado saída de US$ 1,7 bilhão em recursos externos pela conta do IDP.

Aposentadoria em xeque

Pesquisa feita pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e pelo instituto Ipsos mostra que 62% dos entrevistados acreditam que possíveis mudanças na Previdência Social devem dificultar o pedido de aposentadoria no Brasil. A maioria dos entrevistados também teme a perda de direitos com as futuras alterações. Para 57% deles, a reforma da previdência pública deve diminuir seus direitos.

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A parcela de entrevistados pela Fenaprevi/Ipsos que desconhece a reforma da Previdência Social também é elevada. Cerca de 44% dos entrevistados informaram não ter conhecimento da discussão das reformas em curso. No entanto, 54% afirmaram ter ouvido falar das propostas de ajustes nas regras da aposentadoria e 2% não souberam responder.

Caged sai hoje

O Ministério do Trabalho divulgará hoje, 25, os resultados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A  expectativa aponta para o fechamento de 90.200 vagas em julho. Se confirmada, as demissões do mês passado ficarão ligeiramente abaixo das 91.032 efetivadas em junho.

Brasileiros gastaram menos

Mesmo com a queda do dólar nos últimos meses, os gastos de brasileiros no exterior atingiram em julho o menor nível em sete anos. Segundo o Banco Central, as despesas com viagens internacionais somaram US$ 1,362 bilhão. O valor é o menor para o mês desde julho de 2009 (US$ 1,044 bilhão). Apesar da queda de 17,8% do dólar de janeiro a julho, os gastos dos turistas brasileiros no exterior continuaram a diminuir em relação ao ano passado. Nos sete primeiros meses do ano, os turistas brasileiros gastaram US$ 7,894 bilhões fora do país. O montante é 32,05% inferior aos US$ 11,617 bilhões registrados no mesmo período de 2015.

Voos domésticos

A demanda por voos domésticos registrou queda no país pelo 12º mês consecutivo. Em julho, o recuo foi de 6,49%, na comparação com o ano anterior. Já a oferta teve queda de 7,78% em julho na comparação com julho de 2015. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Em julho, as viagens domésticas totalizaram 8,1 milhões, o que representou queda de 8,48%.A procura pelas companhias nacionais para viagens aéreas internacionais apresentou recuo de 4,26% em julho, a quinta queda mensal consecutiva.

Impostos não sobem

O governo decidiu que não vai aumentar impostos este ano e em 2017 para alcançar a meta fiscal. Já há decisão da área fazendária neste sentido seguindo orientação do presidente Michel Temer. Em consequência, o projeto que cria limites para o crescimento dos gastos públicos com base na variação da taxa da inflação do ano anterior “é inegociável”, segundo o governo. 

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