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Abaixo do centro
Abaixo do centro
O mercado financeiro reduziu, pela segunda vez consecutiva, a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,19% para 4,15%, de acordo com o boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas, pelo Banco Central (BC), e divulgada às segundas-feiras. A estimativa para a inflação este ano está abaixo do centro da meta, que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a projeção não foi alterada – continua em 4,5%.
PIB fica instável
A estimativa de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este ano foi mantida em 0,48%. Para o próximo ano, passou de 2,4% para 2,5%. Para o mercado financeiro, a taxa Selic encerrará 2017 em 9% ao ano. Para o final de 2018, a expectativa caiu de 8,75% para 8,50% ao ano.
Reduzindo gastos
Com a crise financeira, que encolheu a renda das famílias brasileiras, o consumidor passou a gastar menos e foi obrigado a conter as despesas, assumir menos riscos e focar nas decisões de compra. É o que aponta um estudo da consultoria Nielsen. Segundo o levantamento, em relação a 2015, o brasileiro reduziu principalmente seus gastos com itens básicos, como transporte, educação, compra da casa própria, e também no “supérfluo”, como lazer e vestuário. As preocupações atuais também são bem diferentes em relação a um ano antes da crise. Em 2013, qualidade de vida liderava o ranking, e hoje já perde espaço para a economia e o aumento dos preços dos alimentos.
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O estudo também aponta que, após dois anos gastando mais do que ganhando, as famílias, na média, conseguiram balancear as contas em 2016, desembolsando mais em algumas atividades. A classe AB, por exemplo, tem maior porcentagem de gasto com prestação de imóvel, a classe C em alimentação, higiene/beleza e limpeza do lar, e a classe DE com aluguel. Segundo o estudo, 52% dos lares brasileiros foram impactados pela conjuntura econômica. São domicílios que não conseguiram pagar suas dívidas ou que algum membro da família ficou desempregado. Estes casos estão concentrados na classe C.
Menos reclamações
As reclamações dos consumidores em relação às prestações de serviços de telefonia e internet de empresas reguladas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) caíram cerca de 18% no mês de fevereiro, de acordo com registros nos canais de atendimento da entidade, como por exemplo, call centers e internet, na comparação com o mês anterior. Em fevereiro, a Anatel totalizou 270 mil reclamações, sendo o carnaval um dos principais contribuintes para o resultado inferior. Se comparada a taxa obtida no mesmo mês do ano passado, o resultado é 22% menor.
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De acordo com os usuários, o maior empecilho foi a cobrança do serviço móvel pessoal pós-pago, que deteve 51,68% das críticas negativas. Em seguida ficaram reclamações referentes a qualidade, funcionamento e reparo móvel, cobrança de TV por assinatura e cobrança de telefonia fixa, com 48,48%, 44,63% e 37,02%, respectivamente.
Meio trilhão em imposto
O Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), marcou ontem, às 6h50 da manhã, R$ 500 bilhões já pagos pelos brasileiros em impostos, taxas e contribuições somente neste ano, sem descontar a inflação. Na comparação com o ano anterior, o painel atingiu esse valor no dia 29 de março, ou seja, em 2017, foram atingidos nove dias antes de 2016. Segundo o presidente da ACSP e da Federação da Associação Comercial de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, o aumento de arrecadação de um ano para outro é um incentivo para que o governo federal descarte elevação ou criação de impostos.
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“Esse crescimento é sinal de que a recessão perde força e a economia começa a reagir. O controle de gastos e as reformas ajudarão a sanear as contas públicas nos próximos anos. Por isso, vemos como desnecessário qualquer aumento tributário porque retardaria a retomada da economia”, afirma Burti.
Robusto e forte
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, afirmou neste domingo, 19, que o sistema de fiscalização da produção brasileira de carnes é robusto e forte.
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“Vamos aproveitar esse momento e mandar mensagens aos consumidores internos brasileiros de que não há problema nenhum no consumo de produtos de origem animal fiscalizados pelo Ministério da Agricultura”, disse o ministro. “Quando falamos ‘fiquem tranquilos’ é porque a gente conhece que a maior parte do nosso sistema, 99% dos produtores de alimentos no Brasil fazem a coisa transparente e séria.”
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