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2017: marcha lenta
Inflação 2017: 4,87%
O mercado financeiro espera que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fique em 4,87% este ano. A expectativa é que a inflação se situe bem abaixo da projetada para 2016, que passou de 6,40% para 6,38%, de acordo com pesquisa semanal - Boletim Focus - do Banco Central (BC) feita junto a instituições financeiras e divulgada às segundas-feiras.
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Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da taxa básica de juros, a Selic. Nas suas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 10 e 11 deste mês.
Rais 2016
O Ministério do Trabalho publicou ontem portaria com instruções para a entrega da declaração da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ano-base 2016. O prazo de entrega da declaração irá de 17 de janeiro até 17 de março. A declaração é obrigatória para todos os trabalhadores urbanos e rurais e inclui todos os vínculos laborais registrados no ano-base.
Saque do FGTS
Os trabalhadores que utilizaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para aplicar em ações da Vale ou da Petrobras, investimento permitido nos anos 2000, também poderão sacar esse dinheiro agora, caso a conta tenha sido inativada até dezembro de 2015. A conta do FGTS fica inativa com a rescisão do contrato de trabalho ligado a ela. A aplicação dos recursos do FGTS em ações dessas empresas, chamada de Fundo Mútuo de Privatização (FMP), não aceita mais novas adesões, mas os resgates podem ser feitos. Para sacar o valor específico do investimento, o trabalhador deve procurar o banco escolhido para administrar a aplicação.
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No último dia 22, o governo federal anunciou a possibilidade de saque integral de contas inativas do FGTS. Antes, a regra estabelecia que os trabalhadores com carteira assinada só podiam sacar até R$ 1 mil de contas inativas, e caso estivessem desempregados por, pelo menos, três anos ininterruptos. Em fevereiro, o Ministério do Planejamento anunciará um calendário de saque com base na data de nascimento dos trabalhadores.
Impostômetro: R$ 2 trilhões
Dispositivo criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para apontar o quanto pagamos de imposto a cada dia do ano, o Impostômetro atingiu semana passada a marca de R$ 2 trilhões no ano – dois dias antes do que foi registrado em 2015. A marca surpreende, na medida em que vivemos um ano mais recessivo do que o anterior e a economia do país caiu mais de 7% nos últimos dois anos, resultando no recuo da arrecadação – mas também no aumento do índice de inflação.
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O brasileiro hoje paga mais tributos – mais que o dobro – do que o valor imposto pela Coroa Portuguesa no século XVI à colônia rica em ouro que, naquela época, sequer era chamada de Brasil. O “quinto” cobrado por Portugal correspondia a 20% do ouro encontrado e fundido – e era considerado tão absurdo pelos contribuintes a ponto de ter feito surgir a expressão “o quinto dos infernos”.
2017: marcha lenta
As expectativas de recuperação da economia brasileira ainda são desanimadoras, e 2017 promete ser um ano de atividade econômica em marcha lenta, pelo menos até o início do segundo semestre, como apontam os especialistas. O início do ano e todo o primeiro semestre deverão ser marcados por reflexos dos problemas que se arrastam desde 2014, tais como o desemprego, que já atinge mais de 12 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baixo consumo, retração dos serviços e crise financeira de estados e municípios.
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Para o segundo semestre, as previsões são mais animadoras, porém, com melhorias econômicas mais expressivas, que só deverão aparecer no fim do ano. Para os economistas, a melhoria do cenário econômico estará diretamente ligada à aprovação das reformas da Previdência e trabalhista, além da retomada do fôlego nos setores industrial e de serviços. Esses movimentos deverão gerar mais vagas de emprego e, em consequência, aumentar o consumo das famílias, grande motor da economia, que está estagnado devido à inflação e ao desemprego, segundo os economistas.
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