Que venha agora, o México!

Mais um jogo do Brasil na Copa do Mundo. Na última quarta-feira, 27, contra a Sérvia, nossos corações vieram à boca como de costume. Trauma é coisa séria. Não é qualquer Copa que apaga um trauma de uma sova de 7 a 1.

Mas o povo brasileiro tem força espirtual, faz chover quando canaliza seu pensamento, faz mandinga, torcida organizada, é místico, crente, quente, arretado, supersticioso, encantado. É teimoso e não esquece. Depois de quatro anos de autoestima baixa e futebol humilhado desejando se vingar da Alemanha, começa o jogo e vamos bem: com a notícia da Alemanha eliminada. Que presente para a autoestima mastigada dos brasileiros!

Fui para o Twitter. É lá que me atualizo e me divirto. Vivi a experiência de assistir ao jogo do Brasil ligada no aplicativo. Que diversão. Sabemos que tuiteiros podem ser desrespeitosos, mal educados e alimentados pelo ódio, mas reconheçamos que os tuiteiros, brasileiros criativos que são, podem ser engraçados e bem humorados. Humor fino. Especial.

E assim assiti à nossa vitória: vitória redondinha, tranquila. Vitória necessária e fruto em parte da alegria da vingança: o nosso fantasma, a Alemanha, já estava fora da Copa. Que delícia que é se sentir vingada! Mais feliz ainda quando se vai para o Twitter como eu fui: memes e gifs dançantes sobre a eliminação da Alemanha, vídeo da queda do Tite ao som de Believer, vídeo de bode caindo no chão fazendo referência ao Neymar, zoação com as quedas de Neymar de tudo o que é jeito, zoação sobre Galvão Bueno chamando o time adversário de grandalhões, criticas sérias ao rodízio de capitães, enfim, muita diversão e opinião na rede. 

Depois de horas tão alegres, depois de ver Neymar tão na posição vertical (teve um rolamentinho somente!), de ver Coutinho arrasar, e até ver brasileiro cantando hino sem ajuda de playback, só me resta esperar a próxima segunda-feira, 2 de julho, apostando no bom humor para trazer sorte, leveza e vitória no próximo jogo.

Eu fecharia com uma tendência do Twitter nesses tempos de Copa: “hexou”.

Mas como sou brasileira traumatizada e acredito em azar, prefiro não falar nada. Afinal, hexar pode ser secar. Nem hexou, nem secou. Que venha o México.