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A Voz dos Leitores - 5 de julho de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Ser Bombeiro
É acordar de manhã sabendo que você tem um simples dia de trabalho; pois sabemos que o nosso turno vai começar, mas não sabemos a que horas vai acabar e se vai acabar. É compartilhar com o amigo de profissão momentos bons, ruins, com multidão e as vezes de solidão. É ser um pai, filho, marido e irmão, que às vezes está mais próximo de toda a população do que seus familiares. É estar pronto para agir em qualquer hora em qualquer lugar, independente de que dia é hoje (Natal, Ano Novo ou dia Santo). É saber enfrentar todos os medos, e correr na direção do perigo enquanto todos correm na direção oposta. É estar treinado sempre para servir a todos proporcionando a vida ou uma melhor qualidade de vida. É ajudar uma criança a nascer e o ancião a não morrer. É saber que em um único dia de trabalho seu você vai presenciar mais desgraças que muitos verão na vida inteira. É fazer a diferença na hora que um semelhante precisa de ajuda. É ser anônimo, mas não alheio ao sofrimento, podendo mudar para melhor a vida daquela pessoa que precisa de ti. É largar tudo quando soa o alarme estridente e cruzar ruas, avenidas, estradas com a sirene ligada vendo nos olhos das crianças o desejo de ser Bombeiro e a emoção de ver aquele caminhão vermelho rasgando a cidade levando esperança a quem precisa.
É saber que eu nunca vou me aposentar, porque eu acho que ser Bombeiro não é apenas uma profissão e que, após trinta anos de serviço, eu não poderei dizer que eu já fui bombeiro. Ser Bombeiro é um estado de espírito, um estilo de vida que não se passa ou se larga ou se aposenta — os que fazem isto é que nunca entenderam realmente o que é ser Bombeiro. Ser Bombeiro é ter um dia que só está marcado no nosso calendário e saber que aquelas pessoas que você ajudou não vão te ligar e te cumprimentar, não vamos ganhar bolos ou flores, vamos ganhar apenas a Bênção do nosso maravilhoso DEUS.
Ser Bombeiro é ser feliz!
Esta mensagem ofereço em homenagem aos meus companheiros de farda falecidos em janeiro: Sgt. Verly, Sd. Victor Lembo e Sd. Freitas, pela morte honrosa a que foram chamados, e a seus familiares, que tenham o conforto e a honra de pertencerem à família Bombeiro Militar. E a todos os companheiros de farda, Leões Indomáveis, que têm no peito a férrea muralha e que não recuam diante da morte, da covardia e da injustiça.
Pode me bater, pode me prender, pode me xingar; só não pode me tirar o orgulho de ser BOMBEIRO MILITAR.
Ivaldo Salgado
Homofobia
Gostaria de dizer que não tenho nada contra o casamento e a união entre pessoas do mesmo sexo, seja entre homem com homem ou mulher com mulher. Mas existem algumas situações ou termos que não concordo. Não concordo com o que chamo a banalização do beijo; é aquela situação em que “gays” e lésbicas ficam se beijando de forma espetacular em vias públicas, sem o menor constrangimento deles, mas que constrangem. Aliás o beijo é uma forma de carinho, não é um acontecimento público, festivo; é pessoal, muito pessoal. Aqueles que transformam beijos em espetáculos sensacionalistas... não concordo. Mesmo que seja entre homem e mulher, o beijo merece respeito, merece privacidade. Não concordo com os termos “casal gay”, “casal de lésbica”. Casal caracteriza pessoas de sexos diferentes, o que não é o caso destas pessoas.
Tenho carinho e respeito por eles, e acho que tem que ser muito macho para se declarar “gay”, para sair do “armário”. O que vai acontecer na vida desta pessoa daí pra frente, num país machista como o nosso... Normalmente são bons profissionais, bons amigos... São muito mais machos, muito mais homens do que aqueles que, apesar de serem homossexuais, vivem na clandestinidade... São covardes, não têm coragem e dignidade para se revelarem; não vejo motivo para odiá-los ou discriminá-los. O que existe neste país é uma falsa moralidade e muita hipocrisia... Aliás, os “gays” nos fazem menos mal do que qualquer um destes políticos sem-vergonha que perambulam por aí... E para os machões de plantão, é bom que saibam que mamão também é macho... mas dá leite! Perceberam?
Jorge Plácido
Ornelas de Souza
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