A Voz dos Leitores - 05/05/2015

terça-feira, 05 de maio de 2015

O pássaro e a moça

Mais um trágico acidente de trânsito traz o luto, a angústia e a dor para uma família de nossa cidade. Morreu atropelada uma moça que pilotava uma motocicleta.

Fiquei traumatizado ao passar no dia seguinte pela Avenida e ver o asfalto com grandes marcas do sangue resultantes da tragédia. Ao chegar ao edifício, ainda consternado com a cena anterior, encontrei um belo pássaro morto na calçada.

Infelizmente, essas perdas não são casos isolados. Esse tipo de tragédia tornou-se repetitiva e, por isso mesmo, banalizada. Que falta faz um pássaro que morre... Quem deve se preocupar em procurar e combater as causas de fatos tão triviais?

Ora, dirão alguns: o pássaro...  Talvez a moça? Foi uma pena, mas, apenas outro acidente ocorrido por conta da imprudência no trânsito.  

Será só isso? Apenas mais uma pessoa que morre; mais um pássaro que para de voar?

Não! Acredito que não!  

É preciso acordar nossos sentimentos perdidos, caso contrário, deixaremos de ser humanos. Nossa cidade precisa acordar e romper com o marasmo e a indiferença que destruiu nossos sonhos. É crucial se indignar com a banalização da vida. É necessário tomar providências sérias para que o trânsito seja humanizado. É urgente preservar o que nos resta de vida animal. É fundamental voltarmos a ser uma cidade bela, alegre e sonhadora.  Não podemos ficar indiferentes quando os sonhos de nossa juventude são truncados de forma tão cruel. Não podemos silenciar quando as vozes da natureza são caladas. 

Onde foi parar a cidade da poesia, da música e da emoção que sempre desejamos ser?

Não podemos aceitar essa indiferença que nos condena a ser a cidade da saudade. Saudade da paz dos tempos bucólicos que nos foi roubada pelo crime; saudade da poesia que perdeu lugar para a violência; saudade dos pássaros que matamos ou deixamos morrer; saudade dos jovens que enchiam de alegria nossas ruas e praças e que foram tragados pela falta de lei e de ordem em nosso trânsito.

A moça atropelada tinha cerca de vinte anos. Quanto sonho acalentava em seu coração; quanta alegria carregava; quanta esperança representava para sua família...
Nosso pássaro morreu sem deixar herança. Ninguém, além de mim, notou sua falta. 

Estaria eu errado em sofrer tanto? Só porque a cidade ficou mais pobre, mais triste, mais desumana, com menos música, com menos vida?

Anacleto Vasconcelos

Sugestão

Lendo o comentário do Sr. Geraldo Silsan, de 28/04/2015, acho pertinente uma sugestão simples e que já presenciei diversas vezes em Rio das Ostras. Toda vez que o Corpo de Bombeiros ou qualquer veículo destinado a socorrer a população é solicitado; duas motos saem na frente fechando os cruzamentos e abrindo passagem para a equipe de salvamento; que vem logo a seguir e com o caminho livre chega muito mais rápido ao seu objetivo, além de não atrapalhar o trânsito, nem colocar em risco os pedestres.

Herbert J. C. Berbert

Trânsito

Não adianta alargar ruas no entorno do Paissandu se ainda permitirem que se pare em fila dupla em frente à Padaria Superpão.
Para muitos  “motoristas” falta  o bom senso. Sabemos  que a padaria já providênciou dois estacionamentos, mas o comodista e insensato ainda não percebeu que ao parar em fila dupla em frente à padaria está dificultando a fluidez do trânsito no maior gargalo do trânsito de Friburgo.

Vergonha para Secretaria de Mobilidade Urbana, que não toma as devidas providências !

Reginaldo  Barbosa

Avenidas da morte 

As avenidas Comte Bittencourt e Galdino do Valle continuam matando. Não adianta fazer obra de alargamento para dar maior fluidez no trânsito de veículos. Não é esse o problema. E a segurança dos pedestres, como fica? Essa é uma área residencial, comercial, escolar e de clubes. Estão jogando dinheiro fora com alargamento da pista na chegada no Paissandu. Tem que diminuir a velocidade nessas duas avenidas. Como consequência da diminuição da velocidade teremos maior ocupação da via e fluidez em baixa velocidade. Tem que colocar tachões/tartarugas na divisória de pistas próximos a sinais para evitar tráfego de motos no corredor, tem que instalar radares e quebra-molas em todas as faixas de pedestres e tem que ter muita fiscalização. Gostaria que a Smomu apresentasse o resultado anual de multas de trânsito aplicadas no município de Nova Friburgo. Não tem uma multa de excesso de velocidade, avanço de sinal, fechamento de cruzamento, excesso de ruído, excesso de fumaça, tráfego no corredor, uso de buzina indevida, transporte de lixo tóxico. Só tem algumas multas de estacionamento proibido. Quando o município precisar de dinheiro é só colocar inspetores de trânsito nas avenidas da morte que a arrecadação terá um aumento significativo.

Mario Guilherme Campos

-

Participe da coluna A Voz dos Leitores, enviando texto e fotos para: leitores@avozdaserra.com.br

Mensagens sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva o direito de publicar ou não as cartas dos leitores. Para o envio de fotografia, o leitor confirma que é o autor da mesma ou possui autorização para distribuí-la, e autoriza expressamente o jornal A VOZ DA SERRA a publicá-la no meio impresso ou digital. 

TAGS:

A Voz dos Leitores

A Voz dos Leitores

A coluna que é feita por você, leitor. Um espaço democrático onde o cidadão pode expressar, através de textos e fotos, sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados à cidade. Envie sua contribuição para leitores@avozdaserra.com.br

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.