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A Voz dos Leitores – 03/06/2015
Ônibus intermunicipais no centro da cidade: uma mostra da falta de planejamento municipal
A Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, com a proibição dos ônibus intermunicipais em parar nos pontos do centro da cidade, expõe mais uma vez sua fragilidade técnica e a incompetência política para o problema do nosso trânsito urbano.
Agentes políticos despreparados para a função pública sob uma chefia claudicante sobre o que de fato fazer é a equação geral do fracasso administrativo de um ente público de qualquer natureza. É assim que a população vê a nossa Nova Friburgo.
O nosso trânsito tem vários gargalos e um deles é a circulação diária de mais de 150 caminhões e treminhões do polo cimenteiro de Cantagalo. Sabemos que o trânsito de caminhões na ponte Rio–Niterói e na cidade de São Paulo, por exemplo, opera sob restrição em certos horários do dia. Pergunto: que interesses existem para que a PMNF não discuta de forma séria medida similar em nossa cidade? Será o medo de enfrentar uma força política de âmbito estadual?
Outro gargalo são os próprios ônibus da Faol que fazem fila junto a praça Getúlio Vargas, no acesso à rodoviária urbana, travando o trânsito, diariamente, desde a rua Galeano das Neves até José Eugênio Muller e Av. Comte Bittencourt.
Outro gargalo é a ausência de trincheira urbana, sob a praça do Paissandu, que liberaria o trânsito entre as avenidas e o viaduto.
Outro é o silêncio da PMNF sobre a quantas andam as obras da tal rodovia do contorno.
Por falta de vontade e competência política o tal secretário de Ordem e Mobilidade Urbana, ou coisa que o valha, descobriu uma lei do século passado e resolveu aplicá-la, acreditando estar escrevendo o seu nome na história da cidade. Poderia, o tal secretário, propor uma ampla discussão pública, à fim de legitimar as ações previstas sobre o tema, através de audiências públicas. De forma nebulosa, ao anunciar a proibição da circulação de ônibus intermunicipais no centro da cidade, na semana passada, pela imprensa local, disse que estava cumprindo recomendação do Ministério Público, no que foi prontamente desmentido por um dos promotores, em matéria esclarecedora na imprensa local. O Ministério Público do Rio de Janeiro desmentiu a própria Prefeitura Municipal de Nova Friburgo.
É fato que essa tal Secretaria não dispõe de um único técnico, com ou sem expertise, sobre gestão de trânsito e mobilidade urbana. Na rua encontramos agentes mal preparados e que estão no serviço público municipal sem o devido e regular ingresso por concurso público. No gabinete, a ausência de conhecimento especializado e profusão de cargos comissionados trazem intranquilidade aos cidadãos, uma vez que as medidas anunciadas e aplicadas podem ser facilmente questionadas à luz de sua ou não inconstitucionalidade. Entra governo e sai governo e o que se vê são as mesmas figurinhas carimbadas de autoridades.
Se falta razoabilidade à tal Secretaria, por andam os senhores vereadores que, até o momento, não se manifestaram de forma clara e concreta sobre o assunto? O que a Câmara Municipal pretende propor, em caráter de urgência, para garantir não só o emprego de milhares de trabalhadores que saem das cidades próximas para fazer de Nova Friburgo o polo regional que é, como, também, o líquido direito de ir e vir dessas pessoas sem comprometimento maior de seus próprios orçamentos domésticos?
Não se esqueçam, Legislativo e Executivo, de que 2016 é ano de eleição municipal. Vale o aviso. Muita gente vai tomar o caminho da roça.
Ricardo Silva de Souza
Ônibus intermunicipais
Sobre os problemas que estão acontecendo em nossa cidade, passagem dos ônibus intermunicipais pelo centro, gostaria de dar uma sugestão. A Prefeitura poderia estipular pontos de paradas para desembarque e embarque. Vindo da região norte, seria no ponto do hospital Raul Sertã, no Paissandú, onde já tinha o recuo para os ônibus (antigo hospital São Lucas), o outro no ponto da antiga Casa Mieli (Rua: José Ruiz Boleia) e também como anternativa no ponto em frente ao fórum de Nova Friburgo. Vindo da região sul, seria o ponto em frente às flores no Bairro Ypu e o próximo na rua José Ruiz Boleia (antiga Casa Mieli). As pessoas (os passageiros e usuários) teriam a consciência que só poderiam desembarcar e embarcar nesses pontos, que possuem recuos e não atrapalhariam o fluxo do trânsito. A população tem que ser ouvida, pois ninguém é dono da cidade. Agradeço ao jornal “A Voz da Serra - 70 de credibilidade” pelo espaço.
Rogério Klen
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