Colunas
Leitores - 9 de setembro 2011
sexta-feira, 06 de abril de 2012
A implosão do rio
Antes, nos preocupávamos, “apenas”, com as saidinhas de banco, latrocínios, balas perdidas, falsas blitzes e com os tiroteios polícia x polícia e polícia x milícias, além da perseguição constante às minorias, prática comum na maltratada Cidade Maravilhosa. Mas, com a aproximação da Copa do Mundo e da Olimpíada, quando milhões de pessoas estarão aqui, ao vivo, com os olhos na telinha ou andando pelas ruas do Rio de Janeiro, nossa preocupação é ainda maior. Fico imaginando bueiros, trenzinhos e brinquedos assassinos, de nossos parques de diversão macabros, explodindo e lançando aos ares pessoas de todas as nacionalidades que, como nós, aumentarão a estatística de “fatalidades”, como já se habituaram declarar os governos. Muito nos envergonha ver a fechadura trocada (muitas vezes substituída por outra inferior, produto de licitação fraudulenta) somente após o arrombamento e o descaso como são tratadas questões importantes como, por exemplo, a vida de quem paga os mais altos impostos—e injustos—do planeta. O povo brasileiro e, em especial, o carioca, não merece ser motivo de chacota nem agora nem daqui há três e cinco anos, quando estaremos sendo palco dos maiores torneios importantes do mundo.
João Direnna
psicólogo e jornalista (joao_direnna@hotmail.com)
Sr. Sérgio Pereira
Primeiro gostaria de parabenizar o jornal A VOZ DA SERRA por sua imparcialidade; afinal, um jornal que está há mais de 50 anos num mercado competitivo como este merece elogios, e a cada dia se torna a voz do povo friburguense, a nossa voz... Parabéns.
Em relação à carta do Sr. Sergio Pereira, publicada em 01/09/2011, gostaria de dizer que não concordo com ele, sabemos que nossas Forças Armadas vêm sendo sucateadas há vários anos, o governo não da ao Exército e Marinha o valor e o apoio que deveria dar, começando por nomear o Ministro da Guerra por indicações políticas, e sabemos que políticos não sabem e não entendem de nada, que dirá de estratégia... Nossa Marinha merece respeito, até por tradição. Procure conhecer a carta-testamento do Patrono da nossa marinha, JOAQUIM MARQUES LISBOA, O ALMIRANTE TAMANDARÉ, e verá que simplicidade, que patriotismo... Até nisso a Marinha foi feliz, na escolha do patrono... Procure ler sobre a bravura do marinheiro MARCÍLIO DIAS (aquele que deu seu nome a nossa praça Paissandu). Bom seria que todo friburguense soubesse... Procure ler sobre as batalhas navais que aconteceram na nossa história, principalmente a BATALHA NAVAL DO RIACHUELO, na Guerra do Paraguai; o Sr. se encantará com a bravura destes homens... Falando mais recentemente, vejamos o que a MARINHA fez por nós, quando aconteceram queimadas em nossas florestas. Foram helicópteros da MARINHA que nos socorreram... Quando das chuvas de janeiro, seu hospital de campanha foi montado, quanto apoio nos deram, que alento... Além de tudo isso, Sr., considere também o excelente trabalho social que a MARINHA faz nas cidades ribeirinhas da Amazônia, onde leva assistência médica e odontológica a pessoas que jamais teriam este benefício. Pense bem, pense... Há poucos anos atrás, fui numa excursão organizada pela Sra. Beth do Licínio para conhecer a sede da MARINHA, no Rio de Janeiro. Na ocasião, todos pagamos nossas passagens individualmente e ainda levamos doações para um trabalho social que a MARINHA faz cuidando de crianças. Conhecemos a ilha fiscal e fomos bem recebidos, com muita atenção, cordialidade e carinho, tiveram o cuidado de colocar em cada mesa um oficial para nos dar atenção especial... Portanto, Ricardo, não posso concordar com você. Embora seja sua opinião, acho sim que devemos muito aos navais, e devemos respeitá-los.
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Vilage
Muito interessante a colocação sobre a obra que deve ser feita no Vilage: “Isto é uma encosta só e uma obra muito cara”. Só me esclareçam uma coisa:
Quando as construções foram feitas, as obras para os moradores também não foram caras? Material de construção, padrão de luz, taxas, taxas e taxas, que com certeza nunca deixaram de ser cobradas por “estarem em área de risco”, pois ao que me consta, até antes da tragédia o IPTU chegava religiosamente para os moradores das tais “áreas condenadas”. As obras são caríssimas, ótimo! Será que os dez milhões que evaporaram não pagariam estas obras, ou pelo menos não faria o básico? Pelo que eu sei, este bairro nunca teve um calçamento decente, uma área de lazer para as crianças, saneamento... Se eu for listar tudo o que nunca foi feito por lá vai faltar espaço neste jornal. “Se descer uma, descem todas”. Tá bom, vai dizer que nunca ninguém viu as construções da parte alta, “brotaram” do dia para a noite. Por favor, me poupem! Desde que me entendo por gente o Vilage desaba em barreiras quando temos chuvas fortes, não creio que foi em 2011 que “descobriram” que este bairro existe. Como diz o velho ditado: Depois da casa arrombada, não adianta colocar fechadura.
Adriana Boy
Vilage 2
As reportagens sobre a Vilage só falam do lado do escadão, e o outro lado da Vilage? Por exemplo, a Rua Zair Pires Pirazzo? Minha irmã e eu tivemos que me mudar de lá com nossas famílias. Onde meu pai tem quatro casas, que foram interditadas, ninguém resolveu nada, tudo continua como estava depois da tragédia. Por favor, as pessoas que ainda ficaram lá precisam de ajuda! Lá também há muitas rachaduras que colocam os moradores e suas casas em alto risco e as matérias esquecem o outro lado da Vilage. Isso não é justo, porque é lá que agora se encontram as pessoas!!!
Cristiane Alves
Acorda Brasil
A liberdade de imprensa está sofrendo um novo ataque. O projeto de lei que foi parido no 4º Congresso do PT, será enviado ao Congresso pelo governo. Este monstrengo que tinha o nome de Controle Social da Mídia passou a se chamar “Democratização da Imprensa”. Trocaram o seis pelo meia dúzia. Com qualquer que seja o nome este absurdo vai contra a liberdade de expressão, divulgação e, principalmente, contra a dignidade dos leitores, ouvintes e telespectadores, que não irão receber a informação real do que acontece no mundo a sua volta. O desejo principal dos aprendizes de ditador que estão ocupando o poder no Brasil é determinar um pensamento único para a sociedade brasileira, que ficará completamente alienada da realidade, e se imaginará vivendo eternamente em berço esplêndido. O Partido dos Trabalhadores, ao assumir oficialmente o lugar de censor, nada mais é do que a continuação civil da ditadura militar que eles supostamente combateram. Quando a parte da sociedade que está adormecida no berço esplêndido da mentira e da demagogia acordar para a realidade, o golpe já será um fato consumado. Quando resolverem protestar serão chamados de mal-agradecidos que se venderam as “zelites”. Eu tenho a impressão que os petistas leram algum dia, e confiscaram para si, uma frase escrita pelo Millor Fernandes, que é a seguinte: “Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.”
Wilson Gordon Parker
Rei Alberto I
O Colégio Estadual Rei Alberto I, localizado no município de Nova Friburgo, é uma escola que atende jovens do meio rural, com o propósito de incentivar a formação voltada para realidade do meio rural, o desenvolvimento sustentável, o empreendedorismo rural e a criação de perspectivas no campo, minimizando o êxodo rural. Diante os resultados desta Unidade, tem sido grande a demanda de alunos por matrículas e o espaço escolar tem sido suficiente para atender à demanda. A escola funciona em um espaço cedido pelo Ibelga—Instituto Bélgica-Nova Friburgo. Dado crescimento da escola, o Instituto disponibilizou em 2006 um espaço para que a Seeduc finalize as obras e amplie o atendimento à população rural de Nova Friburgo e municípios vizinhos. Somente ano passado a Seeduc finalizou o aceite de cessão. Mas até agora as obras de ampliação da Unidade não foram executadas e o prédio se encontra em condições ruins de conservação e não há previsão de obras. Enquanto isso, a unidade não tem como ampliar o número de matrículas e jovens do meio rural têm que se direcionar à unidade mais próxima, distante em média 30 a 40 km de suas residências.
ASSINADO: PAIS, ALUNOS, PROFESSORES E DIREÇÃO DO CEFFA CEA REI ALBERTO I- NOVA FRIBURGO - RJ
Cidadania
Hoje eu acordei querendo exercer (ou tentar), mesmo que mentalmente, a minha cidadania. Foram horas de reflexão (talvez em vão) que tento agora exprimir sofridamente nessas teclas. Olho para a cara dos gestores do meu país e ta lá escrito, escancarado, estereotipado... Sou corrupto, desvio mesmo, é muita grana, eu não aguento, isso sustentará minha família por gerações, todo mundo rouba, eu é que não vou ser bobo, nem vão perceber! Escândalos e constatações diárias... que logo são substituídas por novas e outras e a primeira se apaga como mágica. E essa é a regra, não a exceção. Terrível, vergonhoso, que desperta em mim os instintos mais primitivos da revolta. Mas... logo abaixo a cabeça, paro, reflito, impotente. Completamente impotente pela certeza de que qualquer coisa que eu diga, pense, analise ou constate em nada mudará, nenhuma conjuntura política, social ou econômica do meu país. Entristece ver esse país, continental, rico, com um potencial de crescimento absurdo, ser despedaçado, corroído, roubado por pseudogestores ambiciosos, ladrões do colarinho branco, que posam de importantes, por deterem o tal poder das articulações, sempre em prol dos seus interesses escusos. Entristece ver o meu país, a minha nação, o meu povo, a mercê destes “senhores”. Um país que tem tudo favorável, temos território, água, energia, estabilidade econômica (espero que se mantenha!), pré-sal... Investir na educação do povo para nos preparamos para o nosso potencial desenvolvimento que está aí à nossa porta? Pra quê? Custa caro. Não tem verba pra isso não. (Não tem o caramba!) Investir nas estradas, nos portos, aeroportos? Pra quê? Tem verba pra isso não! Incentivar o setor produtivo e a tecnologia de ponta com menos taxas? Pra quê? Podemos abdicar de receita não! Investir na saúde? Impossível! Esse problema é insolúvel. A não ser... Que criemos um imposto... a CPMF! É assim, aqui no Brasil é assim... Nada que é para beneficiar o país e seu povo tem solução, tudo é difícil. Maaaas... se for pra dar uma propinazinha aqui, superfaturar ali, com jeitinho, escondido, aí ficam todos excitados, pra isso seeeempre tem um jeito. Para o macro, para a nação, para o bem maior... migalhas. Para os seus gestores o ouro! Termino concluindo... É... sou impotente... e além disso sou babaca, estamos virando um povo de babacas. Até quando?!
Juliana Borges
Fechamento da Arp“A Diretoria da Arp alegou fechar as portas após amargos prejuízos com as enchentes, que danificaram maquinários e mercadorias, além de concorrência desleal dos produtos asiáticos no mercado têxtil, mas outras informações alegaram culpa do Sindicato dos Trabalhadores Têxtil, depois de tanta perseguição, multas com a Fábrica, e agora eles não sabem onde vão colocar 120 trabalhadores!!! É um absurdo!!! Muitos empregados se desesperaram ao saber da notícia, muitos ainda em depressão. E agora sindicato será que tem vaga ai para esses 120 trabalhadores com familiares???”
Fernanda da Silva (Leitores On-Line, 8 de setembro de 2011)
COMO BEM DISSE O LEITOR, ISSO É UM ABSURDO!!!
Porém percebo que os “asiáticos” não são de todos os culpados, muito menos a enchente, mas a política econômica de uma cidade que não investe na economia...
A monocultura da “lingerie” já está com seus dias contados para Nova Friburgo há tempos, só não se quer enxergar e isso sem contar com muitos empresários que não sabem ser empresários.
Temos um comércio que não sabe vender, quer ganhar muito pouco...
Uma cidade que não consegue atrair outros mercados, uma cultura de sobrevivência em que aqueles que estão estabelecidos têm que se manter a qualquer custo, mesmo pagando mal aos funcionários, tendo que burlar INSS e outros tributos.
Há uma massa enorme de profissionais não qualificados, todos com máquinas de costura em suas casas, ganhando uma miséria com facções e outras formas.
ISSO É UM ABSURDO!!!
Eu entendo que precisamos investir em novos mercados, horizontes, investir em centros de tecnologia, assim como a Uerj, trazer mais cursos superiores e convênios para estudarmos, além de nossa expertise natural, que está um desastre, pois não temos uma política de turismo sustentável, não conseguimos até hoje termos na caminhada para a Caledônia um percurso digno, que dirá de outras coisas.... pensarmos em centros tecnológicos, novos mercados que atendam o mundo de hoje.
Que o fechamento da ARP não seja visto como “Oh!...”, pois muitos empreendedores individuais, microempresários e profissionais autônomos até hoje não se reergueram por não ter espaço, grana e atenção do poder público que se interessasse em investir.
Que este acontecimento nos reporte sim, aos muitos profissionais desta cidade que estão preferindo sair daqui, pois estão sendo mais valorizados em outras cidades do que aqui.
Pensem nisso!!!
ACORDA FRIBURGO!
Robson Rodrigues - Líder da Área Pastoral – Igreja da Serra
Movimento Absurdo - robsonrodrigues@ibserra.org.br

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