Leitores - 9 de fevereiro 2012

Juízes definitivamente não são deuses Quem não deve, não teme. Mas parece que nem todos pensam assim. Como os cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram pela não autonomia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar e punir juízes e servidores do Judiciário. Felizmente, prevaleceu o desejo da sociedade que também quer ações e penas mais rápidas em se tratando de crimes e irregularidades cometidas por quem está lá para fazer Justiça. Com P maiúsculo e tudo. Parabéns aos ministros Gilmar Mendes, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Rosa Maria Weber e José Antonio Dias Toffoli por pensarem assim. João Direnna - Rio de Janeiro Crônicas Boas-vindas ao novo colunista de “A Voz da Serra”, Lugo. Se a primeira impressão é a que fica, foi bem positiva a deixada em sua estreia. Nossa cidade é farta em temas e notícias que podem fornecer argumentos para uma extensa produção e registrar o cotidiano de uma cidade que, embora preserve parte de sua beleza, está muito machucada e precisando demais de uma visão crítica e ao mesmo tempo construtiva. Certamente o colunista já ouviu falar de Augusto Carlos Curvello de Muros e acredito foi informado da responsabilidade de ocupar estas páginas que, por tantos e agradáveis anos, acolheram as crônicas criativas e a escrita elegante e coloquial deste grande escritor. Boa sorte, sucesso e que você possa nos brindar com mais crônicas como as do dia 10 de janeiro. Julio Cesar Pinheiro de Carvalho Vergonha Um ano se passa e praticamente nada é feito, casas em áreas de riscos, famílias sem casas, promessa de verba para reconstrução e para prevenção em torno de 60 milhões de reais e o máximo que chega a cidade é cerca de 10 milhões, que estranhamente desaparecem, as únicas obras feitas neste tempo foram limpeza de ruas, alguns muros de contenção, para que ruas não sejam totalmente destruída neste “próximo” período de chuva, e a reconstrução da igreja do suspiro, esta mesma porque a Fundação Globo se comprometeu a reconstruir. É uma vergonha que sinto em morar em uma cidade no qual os políticos se dizem seres humanos, mas fazem de tudo para ter maior autoridade e bens que seus companheiros, em vez de ajudar quem necessita. É uma vergonha morar num país que promete uma verba para reconstrução e prevenção para o futuro e depois diz não ter dinheiro para estas mesma obras, diz não ter dinheiro para a saúde pública, e quer criar novos impostos com a desculpa de que será para a saúde. Mas o engraçado mesmo é que para a construção de estádios para a “grande” Copa do Mundo, para a grande Olimpíada do Rio de Janeiro, bilhões, trilhões e etc de reais irão aparecer. Todo ano as catástrofes naturais vêm acontecendo no nosso país, com isso mortes e perdas. Será que o governo não está na hora de mudar, não está na hora de repensar nossa constituição civil, será que não está na hora de pensar nestas pessoas que todos anos perdem ou morrem, que tanto batalharam para ter bens, que são iguais a todos vocês políticos. Pois na época de campanha oferecem saúde, educação, segurança, e tantas outras coisas vocês oferecem, sabendo que esta “coisinhas” básicas não são para serem oferecidas e sim feitas, afinal moramos num dos países que mais se paga impostos. E estes impostos vão para onde, então? Por que vocês deputados não pegam uma pequena quantia do salário de vocês, que acredito hoje não ser menos de 15 mil reais mensais, e criam obras em suas cidades onde o povo o elegeu, que tal pensar um pouco nos nossos semelhantes! Vou demonstrar minha indignação nas urnas eleitorais deste ano votando nulo, afinal o nulo não rouba, o nulo não quer ser melhor que ninguém, o nulo não promete nada que devemos ter sem promessas. NÃO TENHO NADA CONTRA A OLIMPÍADA DO RIO DE JANEIRO, NEM CONTRA A COPA DO MUNDO NO BRASIL, APENAS QUERO UM PAÍS MELHOR PARA DEPOIS PENSAR NESTES IMPORTANTES FATOS MUNDIAIS. *TENHO ORGULHO DE MORAR EM NOVA FRIBURGO, TENHO ORGULHO DE MORAR NO BRASIL, TENHO VERGONHA DAS INJUSTIÇAS FEITAS COM ESTE POVO! Guilherme Lima Belinger Assim foi Nova Friburgo Conta a lenda que quem beber a água da Fonte do Suspiro volta... e quem volta, fica... Nova Friburgo, situada numa das mais belas regiões do Brasil, é uma das mais belas cidades que conheço... e não sou só eu não... Este lugar para onde fui cadavérico e voltei gordinho, dizia Machado de Assis. Foi de uma das janelas do Colégio Anchieta que Rui Barbosa proclamou seu testamento político e religioso, Oração aos Moços... Na tranquilidade da serra, nos jardins do Hotel Olifas, o poetinha Vinícius de Morais nos seus fins de semana vivia suas poesias... Carlos Drummond de Andrade, quando expulso do Colégio Anchieta, disse “Nova Friburgo, esqueci um ramo de flores no sobretudo”... Casimiro de Abreu se hospedava nos fins de semana em Nova Friburgo... Dizia José Guilherme de Araujo Jorge: “Esta é realmente a parada de um caminho, a caminho do céu...” Jardim suspenso na serra, jardim mais perto do céu!... Por vontade de D. João VI nossa igreja matriz tem este nome... Julius Arp, fundador da Fábrica Arp... Maximiliano Falck... fundador da fábrica Ypu... Hans Gaiser... fundador da fábrica Haga... Gente, obrigado a todos vocês, intelectuais, poetas, juristas, empresários, por fazerem a história de Nova Friburgo. Que o exemplo de vocês, estejam onde estiverem, nos deem força, coragem para apesar de todos os problemas levantarmos de novo esta cidade, façam com que elevemos nossa autoestima... façam com que voltemos a ser a Suíça brasileira... nos ajudem para que não sejamos lembrados pela catástrofe que nos atingiu, mas que sejamos lembrados, isto sim, pelo poder de superação, pela garra, pela força do nosso povo! Façam com que sintamos que os nossos problemas, por maiores que sejam, por piores que nos pareçam, sejam sempre menores que nossa força, nossa garra, nossa abnegação! Minha homenagem também a toda esta nova geração de empresários que acreditam na cidade, que investem na cidade. Continuem assim, a cidade, todos, precisamos de vocês... É hora de não se perguntar o que nossa cidade pode fazer por nós, é hora de retribuição, de reconhecimento, é hora de perguntarmos “O QUE NÓS PODEMOS FAZER POR VOCÊ... MINHA QUERIDA NOVA FRIBURGO! Jorge Plácido Ornelas de Souza Parabéns ao Sr. Jorge Plácido Ornelas de Souza Gostaria de apresentar a minha admiração pelo excelente cronista que é o Sr. Jorge Plácido. Em todas as edições deste jornal procuro primeiramente ler o que o mesmo escreve com tanta maestria. A sua última impressão, “O Simpático” então, foi de uma perspicácia genial. Só faltou a hiena sorridente! Neste caso, ah! nesse caso... dava um “caso”... Eu pediria ao Sr. Laércio que desse a oportunidade a ele e aos leitores de ter a sua própria coluna, pois uma pessoa assim deve ser valorizada e reconhecida pela sua lisura e total imparcialidade. Muito bem, Sr. Jorge, só lamento não conhecê-lo pessoalmente e não ser nosso vizinho na Cristina Ziede. Não estaríamos na situação que estamos se o tivéssemos como porta-voz. Agradeço a oportunidade que tenho de compartilhar com as suas ideias. Aloisia Maria Langer de Mattos Burocracia Passando os olhos no jornal de 10/ 01/ 2012, tenho a sensação de que ao denunciarem a inércia destes governos, Estadual e Municipal, com relação ao mínimo que foi feito, um ano após o nosso 11 de janeiro, de que foi exclusivamente por causa desta. Esta Sra. (burocracia) que precisa ter mil olhos e ouvidos na tentativa de zelar e vigiar pelo uso do dinheiro público de acordo com a demanda e necessidade para o qual foi destinado e normalmente seria para minorar o sofrimento, a exclusão, as carências daqueles que com seu trabalho diário contribuem com impostos na sustentação do Estado. Mas, infelizmente, este mesmo Estado é gerido por inescrupulosos, gananciosos e ferozes por dinheiro e lucro e somem com estes recursos, apesar dos mil olhos e ouvidos da “burocracia”. Colocar a responsabilidade no zelo, na fiscalização, no acompanhamento desta verba para que a mesma não suma no caminho, é no mínimo tampar o sol com a peneira! Deslocar o centro da responsabilidade dos gestores do Estado para o controle é punir triplamente a população. Começa quando se elege candidato que não fazem parte da classe (trabalhadores) e termina na demora das soluções. E que é de responsabilidade dos homens. Exemplos não nos faltam. Alexandre Andrade Abandono Há muito eu não vejo em Nova Friburgo uma praça bem-cuidada onde crianças possam brincar e os idosos também, com jogos de tabuleiro, dominó ou cartas, que dificultem o Alzheimer do amanhã. Vejo sim, entre outras, a Praça Getúlio Vargas entregue aos mendigos, às moscas, aos garotos e garotas de programa e aos poucos cidadãos que prendem a respiração para atravessá-la. Vejo inclusive as ruas de Olaria servindo de depósito de carro velho que ali foram largados por falta de interesse dos sucateiros. Estacionamento irregular em todas as ruas do centro e nos bairros assim como as vagas preferenciais sendo usadas por qualquer um, sem que a Autran se dê conta. No Alto de Olaria os ônibus se espremem entre carros estacionados nas duas mãos de todas as ruas para cumprir o seu itinerário. Eu sei que o poder público não está de braços cruzados, mas não acerta o alvo por melhor que seja como atirador. Enfim, vamos esperar o crescer do ano que agora nasce para ver como é que fica. Silvio Afonso de Macedo Visibilidade trans Dia 06/02/12 houve uma importantíssima atividade sobre a visibilidade trans (travestis e homossexuais) durante toda a tarde na Câmara Municipal de Nova Friburgo, esforço reconhecido da Silvia Furtado, que sabe aproveitar o Cargo que tem para promover Ações Afirmativas em prol da comunidade a qual pertence. Parabéns, Silvia, passaram por lá palestrantes, trans assumidas, heteros que reconhecem a importância de se acabar com a discriminação sobre os homossexuais, autoridades comprometidas em fazer valer as Políticas Públicas de apoio, porém aqueles(as) que no carnaval vêm para a Avenida Alberto Braune participar do “Gay Momo do Carnaval” não se fizeram presentes. Não foram convidados, não sabiam ou não acharam importante participarem ou pior ainda, são gays apenas em momentos de festa, não são assumidos(as)? Ilma Santos Limpeza e capina Venho por meio deste conceituado Jornal solicitar à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo a limpeza e capina nas ruas Adelaide Martins Novaes e imediações da Universidade Estácio de Sá nas Braunes, onde o mato tomou conta colocando em risco os transeuntes e motoristas, pois não há acostamento para os pedestres e visibilidade adequada para os motoristas. Sandra Maria da Silva Segurança pública Já estou ficando preocupada com essa situação da Bahia, sem polícia e bombeiros. Por que esses governadores (?) não negociam para atender não aos policiais e bombeiros, mais sim à sociedade que depende desse honroso serviço prestado por esses homens? Pois parece que eles ganham muito pouco para o risco que eles correm. Negociar é o melhor caminho para não manchar a imagem do Rio de Janeiro. Adriana Santos