Leitores - 8 de novembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012
Uma voz que clama no deserto da política administrativa de Nova Friburgo Os moradores de Duas Pedras, localizados na Rua São Pedro, Praça Presidente Castelo Branco e imediações, estão apreensivos com a chegada das chuvas. Desde 2007 reclamam das águas que descem do Loteamento São Pedro pela Rua Francisco Maria Leite, que não possui nos seus últimos 270 metros, exatamente no topo do morro, nenhuma infraestrutura necessária à captação e escoamento das águas pluviais, fazendo com que as mesmas escorram encosta abaixo colocando em risco as casas das ruas citadas. No local já estiveram várias personalidades de nossa política e nada de concreto foi feito. Em agosto deste ano, uma equipe deste Jornal esteve lá e constatou que o problema é realmente sério, classificando-o como uma tragédia anunciada. Essa matéria foi publicada nos dias 13 a 15 agosto de 2011. A apatia, a inércia e outros predicados ficam a crédito dos encarregados da PMNF, que apesar de questionados sobre o assunto, prometem para hoje, amanhã, semana que vem, e o tempo vai passando e nada fazem. Pressionados pelos constantes apelos dos moradores, começaram uma “obra” muito aquém das necessidades reais do problema, colocaram, num determinado trecho, manilhas de 40 cm de diâmetro, que visivelmente não suportarão a vazão das chuvas de verão, sendo necessário para o caso manilhas de um metro de diâmetro. Com isso pretendem tapar o sol com a peneira. Mas quero acrescentar que, segundo os encarregados da obra, por falta de máquinas e material a obra está parada sem prazo para recomeçar, e nem a limpeza de uma canaleta preexistente no local foi feita como solicitado pelos moradores do bairro. Mas uma vez estamos clamando no deserto, esperando que nossos clamores sejam atendidos pelos poderes públicos competentes. Luiz Gonzaga Breder Respeito aos servidores O Jornal O Dia entrou na justa campanha a favor da manutenção dos royalties pagos aos estados e municípios produtores de petróleo que lutam para não perder seus recursos—previstos em Lei—e nisto estamos todos juntos. Só considero equivocadas as declarações dando conta que as prefeituras terão que fazer cortes e uma das formas é começar pelos servidores, independente de serem concursados ou não. Isto, certamente, foi passado por algum assessor nomeado—e mal-informado—, lembrando o Brasil Império, quando o desempenho de funções públicas dava-se por meio de delegação, direta ou indireta, do Imperador. Tinha-se, tão somente, o exercício de cargos sob a modalidade “em confiança”, podendo o Imperador admitir ou exonerar funcionários públicos quando julgasse conveniente. Faltou dizer que o quadro permanente de um município é, rigorosamente, aprovado pelas Câmaras e seu organograma é definido pelo número de habitantes, OMS, Lei Orgânica, etc.  Apesar de a maioria, hoje, ser celetista, considero puro terrorismo a ameaça a quem, inclusive, prestou concurso para ter acesso aos quadros permanentes, não admitindo, sequer, que uma emenda—ou substitutivo—tenha sido aprovada para permitir a demissão daqueles que cumpriram, à risca, o ingresso no serviço público. Faltou, à matéria, entrevistar juristas ligados ao Direito administrativo que, assim, tranquilizariam milhares de famílias, agora, também, preocupadas com a possibilidade de ter arruinadas suas vidas mesmo após cumprirem o que reza a Constituição da República Federativa do Brasil, ou seja, garantir que a administração pública federal direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e o CONCURSO é a principal porta a derrubar a entrada pela janela. Se alguém, em puro devaneio, consegue imaginar que a possível diminuição de um repasse possa acarretar em demissão de servidores que passaram por todas as etapas pré-estabelecidas, devemos começar a pregar o descrédito total aos concursos públicos, às instituições e, principalmente, ao que reza a Carta Magna do país. João Direnna - Quissamã - RJ www.dirennajornalista.blogspot.com Solicitação Peço ao serviço público de obras urbanas que faça o reparo necessário em uma ponte localizada no bairro Belmonte, que é uma forma de refúgio do trânsito de Conselheiro Paulino de quem vem dos bairros de Riograndina e outros que dão acesso à RJ-116 na altura da fábrica Stam Metalúrgica; pois esta ponte está com um buraco provocado pela chuva de janeiro; pois já tem algum tempo e não vejo um problema que não possa ser feito pela prefeitura; pois é muito simples, não precisa de verba enorme para o serviço e sim comprometimento com o cidadão friburguense em minimizar certos problemas pequenos. Com o verão chegando e se ocorrer uma pequena chuva esse buraco ira interditar esta ponte, tirando o direito de ir e vir de muitos cidadãos. Fica aqui meu pedido... Adriana Santos Agência do INSS Em matéria publicada neste jornal, foi comentado sobre o precário atendimento aos segurados do INSS junto à antiga sede do Conselho Tutelar. Pude observar este atendimento dia desses; portadores de deficiências, idosos, crianças e um sem número de pessoas em busca de informações aguardavam, sob o sol causticante, uma orientação para resolução de seus problemas. Na época do acidente com a gerente da Previdência, que se feriu gravemente após cair da escada, uma paralisação dos funcionários por melhores condições de trabalho foi feita. Agora, gostaria de saber o que pode ser feito por conta desta covardia com nossos idosos e contribuintes da Previdência, aos quais, duramente contribuíram para que no fim da vida tivessem pelo menos um atendimento digno, pagaram ao INSS sobre vários salários e, quando se aposentaram, tiveram a desagradável surpresa em ver seu benefício reduzido a uma ninharia. Onde fica o estatuto do idoso nesta história? Será que se fosse um cidadão comum a cair da escada, também teria acarretado uma paralisação por melhores condições de segurança? Fica aqui minha pergunta. Adriana Boy Carnaval Dia atrás eu li uma matéria nesta coluna onde uma leitora escreveu sobre verbas para o próximo carnaval. Sinceramente eu não procurei saber se existe realmente a pretensão da prefeitura em liberar tal verba, mas este fato me levou a pensar na atual situação da nossa cidade e parei para refletir no seguinte: 1º - Não me posiciono se sou contra ou a favor do carnaval, apenas penso na atual situação, onde muitas famílias ainda choram seus entes queridos que faleceram na tragédia, outros ainda não têm onde morar e aguardam o aluguel social, que até agora não lhes foi pago, além do prejuízo com seus imóveis que com muito custo e trabalho conseguiram construir, isto tudo sem contar os danos emocionais. É nesta hora que me pergunto: é hora de se pensar em despesas com carnaval? 2º - As obras que tanto esperamos não foram feitas e as que estão sendo feitas são apenas maquiagem, pois basta andarmos pelos bairros atingidos que vamos ver que parece que aconteceu ontem, tamanho o descaso das autoridades. As casas populares tão faladas ainda não saíram dos discursos populistas e de concreto até agora só os terrenos. 3º - As ruas e estradas da cidade estão em péssimo estado, com buracos por todas as partes e segundo entrevista do Sr. Hélio Gonçalves (Sec. de Obras), não há dinheiro para investir em coisa melhor do que os tapa-buracos que estão sendo feitos. 3º - Cadê os turistas que movimentam a economia de nossa cidade? Sumiram! Sabe por quê? Porque basta o tempo virar que todo mundo fica com medo de vir para um lugar onde basta uma chuva de média intensidade para as ruas ficarem totalmente alagadas, onde os comerciantes são obrigados a fechar suas lojas com comportas para tentar reduzir os prejuízos, onde a Praça do Suspiro, que é o maior ponto turístico do centro da cidade, hoje só tem lama e mendigos. Não vejo nenhuma campanha no sentido de trazer turistas para cá, mas na verdade até nós que moramos aqui estamos com medo, quanto mais os de fora! É por estas e mais outras que pergunto: Dá para investir em carnaval? Se não há verbas para fazer em prol daqueles que perderam tudo e cuidar das necessidades mais urgentes da cidade, haveria verbas para o carnaval? Como? De onde? Este será um dos piores natais para muitas famílias de Nova Friburgo, só não será para aqueles que até agora não conseguiram explicar onde foram parar os R$ 10 milhões destinados à reconstrução desta cidade. Que Deus nos ajude! Nelson de Santana
TAGS:

A Voz dos Leitores

A Voz dos Leitores

A coluna que é feita por você, leitor. Um espaço democrático onde o cidadão pode expressar, através de textos e fotos, sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados à cidade. Envie sua contribuição para leitores@avozdaserra.com.br

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.