Leitores - 7 de janeiro de 2012

Ao Sr. Prefeito em exercício Sérgio Xavier Às vésperas da entrada em serviço da nova ponte sobre o Rio Grande, em Bom Jardim, é urgente uma tomada de decisão sobre a retomada do tráfego de caminhões graneleiros de cimento e das carretas tipo “bi-trens” em nosso eixo rodoviário. A estrutura física das margens do Rio Bengalas, em especial nos trechos sem contenção, apresenta-se bastante fragilizada, com riscos de comprometer o greide viário das avenidas que as margeiam, por excesso de peso. A exemplo do que acontece na ponte Rio–Niterói, cujo acesso de determinados tipos de caminhões é vedado ou restringido, em certos horários, pode aqui em Nova Friburgo, o Executivo Municipal por meio de Decreto, proibir a circulação de veículos graneleiros de cimento e do tipo “bi-trens” em todo eixo municipal urbano. Sabemos que após a destruição da ponte em Bom Jardim, esses veículos continuaram circulando por outra rota alternativa, que lhes atende satisfatoriamente. Não nos cabe avaliar se essa logística é mais onerosa ou impõe dificuldades adicionais aos transportadores. Cabe-nos, sim, assegurar que transtornos adicionais que possam advir da retomada desse tipo de transporte, não pesem na responsabilidade do poder público e na paciência dos friburguenses. É uma medida que, por outro lado, vai impor ao poder público estadual urgência na definição do quase secular projeto da estrada do Contorno, que muito temos ouvido falar, mas de nada temos visto. Ricardo Silva de Souza Energisa Após o desastre natural que se abateu sobre Friburgo, um fato surpreendeu-me, mesmo minha residência não estar em área de risco ou interditada, o relógio da mesma foram arrancados por esta concessionária sem o aviso prévio, um abuso da mesma. Hoje luto para tê-los de volta, esbarrando-me em sua total burocracia. Marcos Asth Desafios para 2012 Este ano, o Congresso Nacional discutirá—e colocará em votação—temas polêmicos importantes, logo que terminem as “merecidas” férias dos senhores parlamentares. Lei Geral da Copa, divisão dos lucros do petróleo na camada pré-sal, novo Código Florestal, a proposta que criminaliza a homofobia e a que estabelece limites para o funcionamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão entre eles. A maioria de interesse do Executivo vai depender de muita discussão entre base aliada e oposição, além do tradicional quorum, não apenas pelas diferenças entre as bancadas, mas também pelo fato de 2012 ser ano eleitoral, quando muitos deputados e até senadores devem se ausentar dos mandatos para disputar as eleições municipais. Rio de Janeiro e Espírito Santo, por exemplo, retomarão a vigília em relação às propostas que pretendem redistribuir os royalties do petróleo entre todo país, já que esta é uma das matérias que mais dizem respeito a estes dois estados e aos municípios produtores, que veem possibilidade de haver uma quebradeira em suas finanças caso sejam aprovadas. Há muita coisa em jogo, uma vez que as eleições dependem do quanto de dinheiro irá entrar nos cofres das prefeituras após o resultado da votação da Emenda Ibsen Pinheiro e do substitutivo do senador Vita do Rêgo. João Direnna - Quissamã - RJ www.dirennajornalista.blogspot.com Verbas públicas para amigos do ministro O atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), e o ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB), do governo Lula, mostraram a todo o Brasil que estão se lixando para os seus superiores e para a opinião pública. Eles simplesmente distribuíram a maior parte das verbas destinadas a socorrer as regiões afetadas pelas enchentes no Brasil para os seus redutos eleitorais em Pernambuco e Bahia, respectivamente. O indivíduo que pratica um ato desses precisa estar certo de que ninguém vai reclamar. Esta foi uma das heranças do modo de governar do Lula. Chama o ministro para uma conversa, troca um voto ali, um apoio acolá, e está tudo resolvido. É a famosa governabilidade brasileira. Mas parece que a presidente Dilma não gostou. Ela determinou que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, veja o que está acontecendo no ministério do Fernando Bezerra. Muito bem. Vamos aguardar o resultado desta intervenção branca. Todos esperam que Dilma tome uma atitude firme contra estes servidores e não esmoreça com a conversa dos oportunistas que a rodeiam no Palácio do Planalto. Wilson Gordon Parker