Leitores - 30/10/2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012
Viação 1001Viação 1001: 553 multas apenas neste ano de 2012. A essa empresa, nós, moradores de Nova Friburgo, estamos entregues. É rezar muito antes de viajar em seus carros, ou melhor, carroças.Angela PaesHipocrisia nacional Por que se exige para automóveis o uso obrigatório de cinto de segurança, cadeirinhas para crianças, lotação máxima permitida, bafômetro (bebidas), revisões anuais e blitz de policiais nas estradas e perímetros urbanos; enquanto dos ônibus (chassis de caminhão) e “caminhões” nada se cobra e estes ainda transportam passageiros em pé, conforme acidentes anunciados e acontecendo de montão, como lembrança, os ônibus da 1001 (Friburgo/Macaé) bem antigos para esse percurso de estrada tão perigosa. Assim, pergunta-se: será que os usuários são de outro planeta? Ou massas humanas, apenas eleitores? Todavia, não faltam autoridades para coibir tais práticas desumanas e estapafúrdias, porém há alguns impedimentos escusos de interesses dos dominadores de plantão. Faz crer culpa, principalmente, do silêncio “marvado”, de acordo com as histórias de nossos invasores, representado pelo “Camões”, que escreveu o épico “Os Lusíadas”, para se dirigir ao Rei Dom Manuel de forma indireta através dos mares nunca navegados, se não fosse dessa forma seria preso e massacrado/enforcado, pois o referido rei só admitia verdades ditas indiretamente, a fim de não sentir ultrajado o seu reinado. Portanto, forma já utilizada lúdica em Roma antiga pelos Reis soberanos, que para serem informados da vontade dos seus súditos determinavam o cargo de um “Bobo da Corte”, conhecidos como “olhos e ouvidos do Rei”. Com isso, conclui-se que ao longo dos séculos e até hoje prevalecem essas práticas lusitanias, isto é, farinha pouco meu pirão primeiro, me engana que eu gosto, tem que saber falar, senão não se obtém êxito, não bater de frente, nunca falar só por parábola, cuidado com as ciladas e mais recente: falar abobrinha, boca fechada não entra mosquito, quem fala demais erra, tudo isso é para encobrir a ignorância dos dominadores incultos, intolerantes que habitam os seus “Castelos de Areia”. Por conseguinte, não nos iludimos que estamos tão evoluídos, pois salvo melhor juízo, ainda somos prisioneiros de ideias bem antigas de dominação e de subtração de identidade humanística. Wander Frauches de AndradeBelíssimo trabalhoComo de costume, sempre aguardo minha consulta médica sentada em um banco da praça Getúlio Vargas, e para minha surpresa ontem dia 25/10 uma jovem se aproximou de mim, com muito educação e se apresentando e me informando que esse mês é o mês do livro. Convidou-me a ir a uma tenda montada anexa à tenda de vendas ao lado do coreto onde estava sendo feita doação de livros. Essa jovem continuou convidando os que por ali passavam, e percebi certa hesitação mas após ela se identificar as pessoas se dirigiam para a tenda onde também estava uma jovem que explicava cada livro que as pessoas escolhiam. Fiquei muito feliz com essa iniciativa e por ali fiquei para observar um pouco mais das guerreiras da leitura, e para meu espanto, fui surpreendida com uma turma de uma escola municipal muito longe do Centro com aproximadamente quarenta alunos, que vieram participar das atividades. Fiquei encantada com a contação de histórias que foi feita no coreto e as brincadeiras proposta pela jovem. Os jovens brincaram e se divertiram com as histórias, seguido de um lanche. Fico muito feliz em ver o acesso dos livros aos nossos jovens e também a toda população que por ali passava. Uma iniciativa da secretaria de educação mas tão bem executada por essas duas jovens. Porém, fiquei triste ao perceber a situação tão precária do nosso coreto que tem sido palco de grandes ideais como esse, com mendigos e até um louco que gritava atrapalhando assim o belíssimo trabalho das jovens. Temos que ter dúzias dessas iniciativas e zelar para o bom trabalho que ali se fazem, por segurança para os que se propõem a fazê-lo e para os jovens que estão presente.Clarismina Machado Rodrigues
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