Leitores - 30 de março 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Basta Gostaria de saber se há alguém na esfera judicial que possa dar um basta nesta melancólica história do prefeito licenciado. Ou será que há grandes interesses por trás disso? Por outro lado, não há uma reflexão sobre o quanto isso está desrespeitando o cidadão friburguense. “Ah, mas ele foi eleito pela maioria...” Ora, é um caso que já deveria ter tido um fim no seu início. Mas a prepotência, arrogância e autoritarismo adicionado por interesses e medos (façam as suas conclusões) resultam nesta fatídica passagem de um homem que fez história e que está manchando-a. Por favor, respeitem mais a população! Alisson Caetano Diferença entre Japão e Brasil Lendo o que escreveu Adriana Boy e Cristiane Erthal, eu conclui que a diferença é que o povo brasileiro vota em qualquer coisa para justificar seu voto. A prova disso é o Tiririca: quantos votos jogados no lixo. Votar só para piorar: é melhor nem fazê-lo. A tragédia vai fazer um ano, dois, dez, e não vai ter nem uma casinha pronta pra servir de modelo. O povo ainda não sabe a força que tem. E, enquanto o povo aceitar, nada vai mudar. A diferença é: Japão é Japão e Brasil é Brasil. Deuzamar Pereira - North Lauderdale, Flórida – USA Cestas básicas Estou indignada com o que vi numa emissora de TV sobre as cestas básicas que não foram distribuídas, estragaram e foram jogadas fora. Com tanta gente passando necessidades... É incrível o descaso de seres humanos que só querem se dar bem sem se importar com os que realmente têm necessidades. Eu eu fico só imaginando quantas pessoas estão se dando bem com a desgraça dos outros. Já viram que a catástrofe não atinge só os pobres, mas a todos — e mesmo assim muita gente continua pensando em levar vantagens. Que triste saber que pessoas assim sobrevivem. Que Deus dê forças àqueles que estão sofrendo depois desta tragédia e os livre dos aproveitadores. Deuzamar Pereira - North Lauderdale, Flórida – USA Crise sem precedentes Lendo hoje a matéria do AVS sobre o impasse na questão Heródoto, concluo que o povo de Nova Friburgo está sendo desrespeitado. Senão vejamos: doutores designados para dar um parecer não chegaram a uma conclusão, embora a despesa da tal avaliação — 7.500 reais — desse quase para mandar o homem aos EUA e lá consultar uma clínica. Em segundo lugar, com a cidade em pandarecos, ruas enlameadas, sujeira por toda parte, corpos ainda não achados, perigos de desabamento, prejuízos enormes na indústria e comércio etc., o vice-prefeito sai de férias para o exterior, como se nada houvesse de anormal. Como fica a nossa imagem perante aqueles que conosco se solidarizaram e sofreram, por todo o país? Em terceiro, dentro de poucos dias vence o IPTU, que no ano passado foi majorado absurdamente, elevando o valor venal de forma inconsequente. Tantos proprietários viram seus imóveis desvalorizarem de forma gritante pela catástrofe que se abateu sobre nossa cidade. Como vamos pagar os valores com aumento, se eles já não eram coerentes antes? Nova Friburgo passa por uma crise sem precedentes e os nossos dirigentes e legisladores não se dão conta disso. Atenciosamente, Ronaldo Volle Conflito de interesses Já não aguento mais esta novela que se tornou o afastamento do HBM. Me parece existir muito interesse em jogo; o erro já vem desde o mês de setembro de 2010, quando este senhor então viajou sem autorização da câmara e extrapolou o prazo permitido por lei para regressar e assumir suas funções. E, pior ainda, ele não regressou fisicamente após os quinze dias e apresentou atestado médico vinte dias depois. Nesse momento deveria ter sido afastado, e agora aparecem contradições e dúvidas sobre o laudo médico que a equipe que o examinou omitindo informações sobre o real estado deste cidadão. Por que não foi avisado antes que estes dados não poderiam ser fornecidos devido à ética médica? Por quê? Será que esta chamada ética médica se sobrepõe às informações que deveriam ser dadas, acerca de um homem público, ao seu povo que está sendo enganado até agora? Não se esqueçam que neste evento de poucos minutos foram desembolsados em torno de sete mil reais, dinheiro que seria muito melhor usado se empregado na reconstrução da cidade ou na compra de milhares de cestas básicas ou até em ajudas aos flagelados... E agora sou surpreendido por divergências até entre a comissão de saúde da câmara. Pelo amor de Deus, chega de ilusão, chega de nos fazer de palhaços, já não aguento mais... Que se nomeie uma equipe médica acima de qualquer suspeita, que ela se pronuncie indiferente à chamada ética médica; que permaneça a ética de um político que deve dar sim satisfação a seu povo. Assim deveria agir um homem verdadeiramente público. Por que omissão agora? Outra contradição que agora paira no ar... Soube que o atual atestado médico é assinado por um anestesista. Embora não duvide da competênia deste médico, não é o ramo da medicina ideal para um atestado desta importância. E mais ainda, ele já trabalhou no hospital Raul Sertã na época que HBM era prefeito, pelo menos é que eu soube. Afinal, está em jogo os destinos e a sorte desta magnífica cidade, que seria desprovida da humildade, da transparência, da cordialidade que reina no âmbito do poder executivo da cidade. Na certa voltaríamos ao reinado da prepotência e da arrogância, disso temos certeza. Faço um apelo à câmara: decidam logo esta situação para que voltem a gozar e ter credibilidade perante o povo! Acabem logo com isso, chega; a cidade precisa se libertar, criar raízes, o Dermeval precisa ter liberdade. Jorge Plácido Ornelas de Souza Não deixem essas pessoas no esquecimento Busco através deste e-mail chamar a atenção das autoridades de Nova Friburgo para que deem um pouco mais de ajuda às vitimas das enchentes e deslizamentos ocorridos no mês de janeiro. Sei que os problemas são imensos e as soluções demoradas, mas não podem ser deixados de lado. Toda a minha família se encontra no bairro de Córrego Dantas e é com muita tristeza que acompanho o sofrimento dela e dos vizinhos. O bairro está abandonado, a mercê dos esforços dos próprios moradores. A verba do governo federal não chegou e as máquinas estão trabalhando ao passo de tartaruga. Continuam sem água e luz e o sistema de esgoto não existe. Isto é um absurdo! Imagino que o mesmo esteja ocorrendo em outros bairros, tenho amigos aqui de Duas Pedras que me disseram que a situação por lá é ainda pior. Gostaria que minha mãe continuasse a morar em Nova Friburgo, onde nascemos e aprendemos a amar esta cidade, mas a situação é desanimadora. Como morar e investir numa cidade cujo governo não trabalha pelos seus moradores? Onde o prefeito durante toda esta crise não deu uma nota sequer em qualquer meio de comunicação para dizer que sentia muito pela dor dos friburguenses? Assim como muitos friburguenses, assisto horrorizada daqui de fora o descaso das nossas autoridades. Esta nota é mais um desabafo. Não deixem essas pessoas no esquecimento. Fiquem ao lado delas e acompanhem o trabalho nos bairros afetados. A VOZ DA SERRA é um dos poucos canais de comunicação ao qual posso recorrer quando busco notícias de minha querida cidade. Continuem a nos informar. Tenho certeza que os friburguenses de fora do país ficarão também agradecidos. Obrigada! Sonia Motta Trânsito Em edições anteriores, li sobre a falta de educação de motoristas de Nova Friburgo. Com toda razão, o trânsito da cidade está crescendo assustadoramente, o que, por si só, já o torna perigoso. Aliado a isto, observo que há muitos motoristas que não sabem dividir o mesmo espaço das ruas com outros motoristas, o que é facilmente constatado pela não observância de regras básicas, seja de trânsito, seja de boas maneiras. Comumente observo paradas bruscas, desrespeito à indicação de setas, paradas em locais que atrapalham o fluxo... Enfim, andar de carro em Nova Friburgo está sendo uma tarefa que exige bastante atenção. Mas não é só isso. Observo que os pedestres também contribuem para um trânsito perigoso. Não raro, próximo ao ponto de ônibus do início da Avenida Alberto Braune, local de intenso fluxo de veículos, pedestres cruzarem a via em local onde não deveriam atravessar — até por que existem duas faixas de pedestres próximas, onde se pode atravessar com segurança. Outro exemplo é a travessia da rua Monte Líbano: com o fechamento do acesso de quem vem da praça, os pedestres tem um tempo para atravessar, mas, quando o sinal abre, preferem desafiar os carros, como se tivessem a preferência da rua. Vai entender... Paulo Fernandes Uma notícia que entristece Os deputados federais mostraram a cara e não votaram o projeto de lei Ficha Limpa. Para quem não sabe, ontem foi rejeitada a votação, na Ordem do Dia da Câmara Federal, esse projeto de lei que impede a candidatura a qualquer cargo eletivo de pessoas condenadas em primeira ou única instância, ou por meio de denúncia recebida em tribunal — no caso de políticos, com foro privilegiado — em virtude de crimes graves como: racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas. A imprensa foi censurada e está impedida de divulgar! Portanto, vamos usar a internet para dar conhecimento aos outros 198.000.000 de brasileiros que os deputados federais traíram o povo!!! Espalhe esta notícia. Segundo dados, uma mensagem da internet enviada a 12 pessoas, no fim do dia chega a 30.000 usuários. Vamos espalhar... Marcos Asth Morada para os desabrigados O sonho do Dr. HBM de construir na Fazenda da Laje uma nova cidade deve ser analisado com cautela. A situação dos desabrigados e desalojados não pode ser usada para ações açodadas e sem critérios técnicos exaustivamente analisados. Tenho algumas sugestões de locais para construção: Terreno do Sanatório Naval, antigo campo do Friburgo FC (atualmente utilizado para estacionamento), Fábrica Ipú, uma “fazenda” localizada entre os bairros Chácara do Paraíso e Nova Suíça. Jorge Libânio Schuindt Lixões Gostaria de sugerir a vocês uma nova reportagem sobre os lixões na cidade. Na Vila Amélia está uma vergonha. O estrago que a chuva não causou, o governo está causando! As calçadas foram quebradas e não há previsão para conserto. A barreira dentro do Condomínio Residencial Bom Pastor está do mesmo jeito. Diego Souza Deu enchente na Autran? Comentário para a Autran: a fiscalização do estacionamento ZERO não está sendo eficiente. Às vezes tenho vontade de não colocar meu boleto, mas minha consciência não me permite. Porém, vejo muitos carros sem o referido boleto e providência nenhuma é tomada. Outra crítica é sobre a carga e descarga: o horário não está sendo respeitado, e até na rua Sete, que não é permitido nem estacionamento de carros e caminhões, ele não está sendo fiscalizado. O que está acontecendo? Deu enchente na Autran? Merecemos respeito aos nossos direitos. Atenciosamente, Ione Finker Mury-Lumiar Só queria saber por que aqueles ônibus enormes da 1001 estão circulando — de novo — pela Mury-Lumiar em direção a Rio das Ostras. Quem será que foi o responsável, desta vez, por este absurdo? Norma d’Ávila Jannotti Martins A época das desculpas Realmente estamos entregues à própria sorte! Nossa cidade, como todos estão cansados de saber, está um caos. Vivemos a época das desculpas. O trânsito era caótico porque tínhamos caminhões trafegando por aqui. Agora que não estão mais passando por esta cidade, por que o trânsito não melhora? As ruas estão esburacadas, as calçadas um perigo, barreiras podem cair a qualquer momento, lixos se espalham por terrenos baldios ou em casas interditadas, motoristas fazem do trânsito uma terra sem lei, o transporte público um verdadeiro inferno, pagamos muito caro para andar em ônibus superlotados, sem falar nas linhas diretas que nos impedem de ir e vir quando mais precisamos deles. Queria também deixar meu emprego nas mãos de outra pessoa e viajar para onde não houvesse a possibilidade de ver lama nem poeira, nem buraco nem descaso, mas como amo Nova Friburgo, preciso trabalhar para vê-la recomeçar, ainda que seja difícil. Acredito que as coisas possam mudar e voltar a ser como eram. Nubia Lambét A esperança é a última que morre “Ela já venceu o medo, mostrando a todos como é possível crescer, distribuir renda e tornar o nosso país mais igualitário”. Refiro-me a esta passagem para tentar dar uma injeção de ânimo a todas as famílias que foram atingidas por esta catástrofe do início do ano — mas para que as nossas esperanças se tornem realidades, temos que mudar o nosso jeito de ser, não podemos ficar sentados em nossos lares esperando que alguém venha resolver os problemas pessoais e de nossa comunidade. O povo é igual ao boi, que não sabe a força que tem, pois se soubesse, dificilmente levaria canga: não podemos ficar à mercê de políticos oportunistas, que tentam tirar vantagem da desgraça alheia. A união da comunidade é essencial nestas horas. Corram atrás! Acampem em frente aos órgãos responsáveis, e só arredem o pé depois de terem as suas reivindicações aceitas e colocadas no papel. Se não se tomar atitudes drásticas, nossa cidade se tornará palco de uma catástrofe atrás da outra, pois os morros continuam caindo, os rios continuam transbordando; as casas em áreas de risco só estão a espera de um empurrão da natureza, e as nossas famílias não conseguem dormir em paz toda vez que se inicia uma chuva. A esperança é essencial para nos mantermos vivos e unidos, mas sem atitude e perseverança, é apenas uma palavra jogada ao vento. Luiz Carlos Quintieri
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