Leitores - 3 de setembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Ontem eu fui dormir chorando! Chorando pela minha incapacidade em conseguir que meus vizinhos, meus amigos, meus parentes, as autoridades do meu município se unam, se deem as mãos e procurem a solução para a degradação constante e avassaladora do nosso meio ambiente. Não bastasse a poluição criminosa do nosso Rio Bengalas (coitado!), as almas daninhas continuam a destruir o que de mais belo nós temos – as matas, o verde lindo das nossas florestas nativas. Ontem, na Ponte da Saudade, o fogo, ateado por criminosos (eu não acredito em combustão espontânea), queimou a bela montanha que nos cerca, pela direita, a caminho do alto de Teodoro! Quando eu saio para caminhar pela manhã pela estrada que franqueia o Rio Bengalas, eu me enterneço com o canto dos mais diversos pássaros, de todas as cores, de todos os matizes, pelo chão, pelas copas das árvores – onde estarão esses pássaros, hoje? Seus ninhos e filhotes? E os pequenos animais em suas tocas? Por que eu vejo o destruir das matas, dia a dia, com pequenos focos de fogo a abrir clareira e os fiscais do Ibama e da Prefeitura Municipal não veem? Por que eu vejo, sempre, limpar-se embaixo de árvores centenárias e, depois, cortá-las para fazer casinhas, puxadinhos e, até, belas casas – e a Prefeitura não toma conhecimento? Será que tais terras foram compradas (de quem?), pagaram impostos, têm licença para construir ou foram benesses em troca de votos? Ontem eu fui dormir sentindo o cheiro da fumaça e, vendo do meu jardim, da minha varanda, das seteiras dos meus banheiros o fogo serpentando montanha acima, até o cume, o seu rastro de destruição. Eu moro na Rua Felipe Camarão, no final da qual existe a usina da Águas de Nova Friburgo (?) – será que os bombeiros, que não apareceram, não poderiam junto àqueles tubulões gigantescos fazer uma ligação que, com a força da água que jorra, apagasse o incêndio no nascedouro, ou eu estou vivendo uma utopia? O descaso, a ignorância, a desonestidade fizeram-me lembrar de um conferencista, com vários títulos no currículo, com mestrado e doutorado em várias matérias de nível superior, que em pleno seminário, ainda neste mês, declarou a uma plateia de 600 pessoas e as deixou boquiabertas, que “iria embora do Brasil, por estes dias, porque estava com vergonha de ser brasileiro.” Será que eu, também, vou ter vergonha de ser brasileira? Marlene dos Santos Pereira ----- Parabéns Quero parabenizar este jornal (A VOZ DA SERRA) pela exatidão na reportagem feita em 27/11/2009. Sou irmão de um ex-prisioneiro que cumpriu um tempo sua pena na carceragem de Nova Friburgo. Segundo ele (meu irmão), com a chegada da nova equipe, coordenada pelo inspetor Srº ERNANI DE SOUZA GOMES, ”ficou mais humanitário o convívio naquela carceragem”. O Inspetor ERNANI e sua equipe demonstraram que não é com pancada que se disciplina um homem, mas com respeito. Pelas poucas vezes que alí estive, pude ver prisioneiros trabalhando (fazendo serviços artesanais) e participando de reuniões em grupo. Todos assuntos dessas reuniões intencionados a demonstrar aos detentos que por eles estarem ali não quer dizer que não existe mais oportunidades para eles no meio da sociedade. Eu pude perceber na maioria dos detentos, uma expressão de valorização por parte deles nas reuniões. Devemos dar um basta nessa maneira de pensar que todos que estão por de trás de uma GRADE, jamais terão condições de viver normalmente entre a sociedade em conformidade com ela. Que o respeito pelo ser humano seja ativo em todo lugar e em qualquer época. Que venho através desta oportunidade ressaltar o brilhantismo deste jornal (A VOZ DA SERRA) no trabalho de reportagem em 07/ 11/ 2009. JOSE MACEDO RODRIGUES
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