Leitores - 3 de fevereiro de 2011

Nova Friburgo precisa de ajuda Há cerca de duas semanas, a nossa cidade enfrentou o maior desastre natural da sua história. Nessas semanas observamos uma cidade inteira em prantos, numa atmosfera caótica, desoladora e desgastante para qualquer espírito humano. Tem sido dias em que respiramos e transpiramos o mau cheiro do desolamento, e que a história deste município obrigatoriamente haverá de absorver. Tem sido dias de busca de forças para assistir a falta de forças do semelhante, que tenta se reerguer sem saber pra que direção. Tem sido dias cansados e cansativos, onde, em todos os lados, a lama da destruição se torna a poeira seca que hidrata os olhos vermelhos e marejados de uma sociedade em luto. O futuro deste lugar permanece oculto sob a névoa provocada pela poeira avermelhada que toma conta da cidade. A população, que teve seus sonhos vilipendiados e mutilados, hoje busca resquícios da sua própria dignidade e da sua história entre os escombros e o que sobrou. A nossa dor tem sido minimizada pela solidariedade de todos os brasileiros e, principalmente, da igreja que Deus instituiu nesta terra. As perdas têm sido muitas e as atuais campanhas têm nos auxiliado muito, porém, temos receio que tão logo cesse o interesse das emissoras em manter as atuais manchetes, as doações sejam bruscamente reduzidas em poucas semanas, porquanto, reconstruir este lugar levaria anos. Muitas famílias perderam suas casas e estamos providenciando um fundo para a reconstrução de seus lares. Precisamos de fogões, camas, geladeiras, armários etc., portanto, estamos disponibilizando uma conta destinada a receber ofertas para a reconstrução da vida desses irmãos que perderam tudo. O dinheiro será encaminhado exclusivamente para esta finalidade. A nossa conta é: Primeira Igreja Batista de Nova Friburgo/Banco Itaú Agência: 8230 Conta Poupança: 08043-4 Por favor, se possível, repasse esta mensagem aos seus contatos para que alcancemos o maior número de doações. Um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse, esforça-te”. Deus nos fez um povo solidário. Que Deus os abençoe! Pr. Francisco Amaral Vila Amélia Sou morador da Vila Amélia e as autoridades esqueceram este bairro, pois além de toda a destruição ainda estamos sendo alvos de aterro no campo pertencente ao clube. Além do mau cheiro, a rua está completamente tomada de poeira, os moradores não podem abrir suas janelas há dias e a empresa que está executando o serviço é tão covarde que não joga nem uma água para poder melhorar a poeira. A empresa em questão é a Odebrecht, acho que com seu apelo vamos conseguir que esta empresa trate o ser humano como ser humano, e não como animal em uma selva. E digo: somente queremos água. Maurício Verly Memorial da tragédia Além das ações emergenciais e de reconstrução da cidade, cresce a proposta de construção de um memorial público para homenagear as vítimas da tragédia climática do dia 12 em Nova Friburgo. O memorial também serviria como ponto de reflexão sobre a importância do respeito ao meio ambiente. Filipe Schitino Pergunta Gostaria de saber por que ainda há tantas barreiras e tanta lama nas ruas do Centro, enquanto há tantas máquinas e caminhões parados o dia todo na Praça Marcílio Dias? Silvia Rocha Limpeza Desperdício e desigualdade no uso de caminhões-pipa (limpeza). É lamentável que nem todos os bairros e ruas estão tendo a mesma atenção no que tange à limpeza, água etc.. A Avenida Alberto Braune vem recebendo há dias caminhões de água para combater a poeira, chegam a transitar quatro vezes ao dia, enquanto que as ruas Trajano de Almeida, José Tessarolo (antiga Baronesa), Pastor Meier e adjacências (todas próximas à avenida principal), 15 dias após a tragédia não viram uma passagem sequer deste caminhão e se transformaram em estrada de chão. Pior que o tratamento desigual com a limpeza é com relação ao abastecimento. Ruas do bairro Ponte da Saudade não conseguem sequer caminhões-pipa para abastecerem suas caixas d’água, secas desde o dia 13, para necessidade. Nada contra nossa bela e importante Avenida Alberto Braune, porém, o tratamento deve ser igual para todos os friburguenses, com prioridade aos necessitados. Fica registrado o protesto e também o pedido de atenção às autoridades. Rodrigo Soares