Leitores - 28/12/2012

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Bandeiras do PaissanduMeus pais moram no Paissandu, que por sinal tem a praça mais bonita da cidade, mas tem algo errado e vergonhoso acontecendo lá... Há meses as bandeiras que simbolizam os Países, Estado e Nova Friburgo estão ao relento e descaso total. O pior e que a bandeira de Nova Friburgo esta solta caída sobre uma árvore, como pano de chão... Peço que vocês me ajudem a valorizar os símbolos que valorizam nossa cidade, estado e Países.Carlos Henrique Ferrari MartinsBuracos na Via ExpressaOs buracos, ocasionados “pelo desgaste natural” na Via Expressa e o “leve afundamento de uma reposição com aproximadamente 1m x 0, 20m, em frente ao 779 da Avelino Frottè, continuam.Angela PaesVéspera de NatalNunca havia sentido tanta saudade dos meus tempos de criança, lá em Cordeiro, como estou sentindo agora, prece que entro num túnel do tempo, retorno a minha amada cidade sentindo a ansiedade de receber meu presente de Natal. Agora já adulto sendo pai também é que entendo a ansiedade de um pai quando não tem condição de dar a seu filho, o presente que ele queria, o presente que ele esperava, talvez esta seja razão de existir o Papai Noel, tirava dos pais a responsabilidade de não poder satisfazer os desejos do seu filho. Lembro-me bem como era gostosa aquela ilusão que existia realmente um Papai Noel, acho que sempre  deveríamos acreditar neste bom velhinho, deveríamos sempre sermos crianças, deveríamos sempre acreditar que deveríamos colocar o sapatinho atrás da porta para que Papai Noel deixasse nosso presente, mais tarde passaram a deixar os sapatos debaixo da árvore de natal... deveríamos sempre acreditar que deveríamos dormir cedo para não atrapalhar Papai Noel, deveríamos sempre acreditar em Papai Noel, que ingenuidade gostosa, que sensação de pureza absoluta... por que isso tudo acabou? Por que somos tão materialistas? Por que deixamos de sonhar no Natal?Que saudades que tenho quando passávamos nas lojas, para encomendarmos nossos brinquedos, deixando apenas um recado, dia 24 de dezembro Papai Noel passa para pegar e ficávamos aguardando... nunca me recordo de ter passado na loja e falado, depois papai paga, achávamos que quem pagava era Papai Noel, que pena que as crianças de hoje não são assim, é disto que sinto falta, é disto que sinto saudade... o tempo, a materialização acabou com tudo... criança de hoje não sonha, não vive esta ilusão tão gostosa, criança de hoje age como adulto, criança de hoje solta pipa no ventilador, criança de hoje joga búlica no carpete! Criança de hoje deixou de ser criança! Que saudades que tenho quando criança podia ser criança... hoje vivo de saudades, de lembranças... hoje não permitem que as crianças sonhem.... e meu maior sonho de criança era ganhar uma bicicleta, demorou, mas ganhei!Jorge Plácido Ornelas de SouzaMúsica no NatalMeu nome é Maria Ines Camargo e sou moradora do Cônego. Tenho sentido muito os problemas que atingem nossa cidade, mas não quero perder as esperanças de construirmos uma Nova Friburgo melhor. E algumas iniciativas nos levam crer que podemos confiar no futuro da nossa cidade. Fiquei muito feliz em presenciar os grupos musicais daqui cantando nas ruas patrocinados pelo CDL e pelo Sindicato do Comércio, numa ação que deve nos encher de orgulho. Isso é coisa comum na Europa, onde as pessoas dão muito valor aos artistas de rua. Adorei os Bartira, a Belinha (para as crianças), tudo. No domingo, passando por Olaria, vi o grupo Tom sobre Tom cantando na Presidente Vargas acompanhado do Papai Noel, de umas reninhas, e aquilo estava uma festa! Realmente muito bacana. Parabéns aos nossos artistas, aos grupos, ao CDL e ao Sindicato que se propuseram e conseguiram alegrar o nosso Natal 2012. Vamos continuar com essas ações, não vamos desistir de nossa cidade. Nova Friburgo merece o melhor de todos nós. E obrigada ao jornal pela publicação da minha carta.Maria Ines CamargoUm Natal de luz e um ano novo de muita paz Aos queridos membros desta equipe fabulosa que formam o time imbatível de “A Voz da Serra”, eu e Martha, daqui da Flórida, enviamos a cada um e aos seus familiares, muita saúde, paz e prosperidade. Carlos Braga e famíliaForça a Octávio de QuissamãO Brasil tem 5.564 municípios e, aproximadamente, 4.000 darão posse a novos prefeitos. Que voltaram anos depois ou estarão estreando no cargo. Em Quissamã, Octávio Carneiro contextualiza o primeiro caso, já que, após os dois mandatos do primo, Armando, ele entra com a proposta de fazer quase tudo diferente, corrigir o que está errado e seguir o lema da campanha que é o "Perseguição nunca mais!". Seu compromisso com o acerto torna o mandato muito mais difícil, pois o nível de exigência é bem maior que o de seu antecessor e os supostos(as) vestais, a composição da Câmara (dos nove vereadores, apenas dois foram reeleitos),  os  8.600 votos e as pessoas desempregadas e desassistidas (se é que com R$ 260 milhões alguém possa se encontrar nesta condição por lá) serão pedras em seu caminho. Isto sem falar nas manobras do Congresso Nacional para diminuir a indenização paga através dos royalties do petróleo. Apesar das possíveis perdas vindas com a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff, as tralhas eleitorais e a obrigação de ter de "engolir sapos" (coisas que Octávio não fica à vontade de aceitar), o prefeito de Quissamã, ainda assim, terá ao seu lado pessoas dispostas a colaborar com seu governo e com o crescimento do município. A questão é durante quanto tempo e quantos serão os cidadãos a ter de “engolir os mesmos sapos” para ver Quissamã sem desemprego, sem serviços públicos de boa qualidade, abaixo ou na mesma linha de pobreza, sem tanta terceirização, sem tanta reprovação escolar, sem tanta gente achando que shows e eventos culturais são o ópio e a solução.João DirennaQuissamã–RJEsperançaEu não sei se vocês se lembram de quando falei ou choraminguei sobre o problema de um amigo íntimo que acabava com a vida dele, com a de sua família, com a minha e com a dos que vivem resguardados na proteção da minha casa. Foi no espaço que alguns jornais dispensam aos leitores que eu pude desabafar a dor, que de leve, ainda sinto. Só aqueles que se permitiram ler aqueles textos tiveram a ideia da dimensão dos fatos. Pois bem, este jovem, que tem a mesma idade do meu filho mais novo, foi com quem dividi cada carinho que dei aos meus filhos e mesmo assim desgarrou-se do bando para seguir o caminho das drogas. Cansado com os maus-tratos que ela impôs a ele e o abandono dos amigos, rendeu-se à abstinência na esperança de sobreviver. Entretanto salvou-se dos mortos vivos e dos fantasmas que habitavam a clínica de recuperação para dependentes químicos de onde retornou quando teve alta. Lutou contra os desejos de voltar à droga e até perdeu algumas batalhas nessa guerra louca, mas sucumbiu, mesmo que a contragosto aos caprichos dela. Nova luta, novos desafios. Muitas lágrimas e novos empregos foram por ele perdidos. Por último e já fragilizado pela abstinência, sentiu-se mal a ponto de buscar a morte. Todos estávamos com ele e dos que juraram amizade eterna, só alguns poucos, como sua mulher, seu filho, sua mãe, pai e dois ou três amigos que acreditaram nele não o deixaram. Uma, entre tão poucas mãos que a ele eram oferecidas, se destacou para envolvê-lo num abraço tão forte e verdadeiro que o meu amigo, antes senhor de si e de todas as situações, prostrou-se de joelhos aos pés do seu salvador. Era a mão de Deus que sem dizer uma palavra o abraçou para com ele trilhar o caminho onde só os puros, os “limpos” de quaisquer vícios, caminham. Antes, só pensávamos nas armadilhas da abstinência, mas agora, com determinação é fé em Deus, seguimos os que vão na frente com os quais falamos sobre tudo e qualquer coisa, até sobre drogas, mas sem tirar do horizonte os olhos secos das lágrimas, porém iluminados pela esperança.Silvio Afonso de MacedoHora de acreditarNão façamos como a maioria da mídia que só faz por criticar, mostrar coisas ruins e degradantes de nossa cidade, compreensível, pois isso da audiência, mas não deveria ser assim. O mundo sabe, todos sabemos que sobrevivemos a duas grandes tragédias, natural e política, mas não importa, pra nós não importa mesmo, é chegada a hora de falarmos em recuperação, reconstrução, nós que convivemos com as tragédias sabemos disso e como sabemos, sabemos também que muito foi feito, muito abaixo do que deveria ser feito, mas foi feito sim, vamos nos apegar neste pouco e fazermos o que falta, tudo depende de nós. Apesar da força e do poder que nos foi mostrado pela mãe natureza, num recado óbvio que deveríamos mudar, tomar cuidado, parece que a maioria não aprendeu a lição, continuam sendo jogados nos rios, ruas e calçadas todo tipo de lixo, todo tipo de entulhos, tenho a humildade e a coragem quando estou na rua e pegar uma garrafa pet, um saco plástico que foram jogados na rua e deposita-lo nas lixeiras, lixeiras que alguns vândalos, gente sem caráter e cidadania teimam em quebrar, teimam em colocar fogo, uma vergonha um absurdo, se cada fumante e são milhares que  não foram tratadas, a própria natureza se encarrega de reforçá-la, protegendo-a com vegetação nativa, é a natureza fazendo a parte dela, mas ela mesmo desconhece sua força, podem acreditar, vejam que a natureza e até a cidade se autorreconstroem, mas quando esta reconstrução depende do bicho homem a coisa pega, só se constrói uma cidade, se for em todos os aspectos, todos os aspectos mesmo e o trânsito é um deles, vejam como o homem é falho, incompetente e desorganizado, ontem à tarde depois de verificar que todas as vagas de idosos estavam ocupadas, na maioria indevidamente, tinha carros sem cartão de idoso, tinha táxis de Niterói e Rio de Janeiro ocupando-as... estacionei em frente à Casa Rezende, na Moisés Amélio, era hora de muito movimento, e todos sabemos que esta rua é estreita, pois bem em fila dupla, estacionou a meu lado um veículo Saveiro, ao regressar, com compromisso para as quatro horas, eram três e meia, aguardei por vinte minutos e nada, e de nada adiantaram algumas buzinadas que fui obrigado  a dar, resolvi então ligar para a Autran, a pessoa que me atendeu disse que enviaria um agente até o local, de fato cinco minutos depois apareceu uma agente de moto, limitou-se apenas a insistir em tocar a sirene da moto, que incomodava todo mundo, menos o motorista da Saveiro, que depois apareceu, muito calmo, tentando se justificar, pasmem, sequer foi advertido pelo agente e muito menos multado. Como atitudes deste tipo vai moralizar o trânsito? Nunca! Ou se adota tolerância zero ou a bagunça vai continuar! Estou envergonhado!Ainda bem que em janeiro este estado de coisas vai mudar e tem que mudar, é Rogério ou é Rogério, é doutora Grace ou doutora Grace, não tem outra solução, é a chance que temos de Nova Friburgo sair deste marasmo, deste estado de impunidade e incompetência que impera, que reina nesta cidade, temos todos, todos mesmo que estar ao lado da nova administração, colaborar com eles, ajuda-los, senão nada irá  mudar, vamos confiar, crer acreditar no Rogério, na Dra. Grace e em toda equipe escolhida e nomeada por eles... vamos dar uma chance a Nova Friburgo. Salve as brenhas do Morro Queimado, que os suíços ousaram varar...Jorge Plácido Ornelas de SouzaTolerância zero. Nunca!A Lei Seca para motoristas está de tolerância zero, dizem. Mas não é tão zero assim. O zero a que se refere a mídia e os governos está próximo dos refrigerantes que vendem a ideia mas contêm um pouquinho de açúcar. Basta acompanhar as blitzes que deixam passar, por exemplo, ônibus, táxis e vans e isto não deveria acontecer, pois a irresponsabilidade dos condutores no Brasil é cultural. Quase ampla, geral e irrestrita. Como é a permissividade de nossa Lei Seca, muitas vezes molhada pela influência das empresas de ônibus, caminhões, cooperativas de vans e táxis, levando fiscais ao suor toda vez que se pensa em parar essa poderosa turma. Não se deve, nunca, generalizar. Nunca. Muito menos partir da premissa de que aquele que bebe uma ou duas taças de um bom vinho, champanhe ou duas cervejas está “doidão”, é um terrível infrator. Uma máquina mortífera. Também não se pode generalizar e dizer que todo motorista profissional bebe. Nunca. Mas o preocupante são as pesquisas a apontar que cerca de 60 % das pessoas bebem pelo menos socialmente. Se a tolerância pretende ser zero (ou o mais próximo possível), deve-se começar a criar uma estrutura de fiscalização mais eficiente nas ruas, bares, empresas de ônibus, pontos de táxis e campanhas desde o nascedouro, isto é, nas escolas onde existem cidadãos que no futuro vão beber e dirigir carros, ônibus e caminhões. Concordo que algo tem de ser feito imediatamente. Os assassinatos no trânsito atingiram seu limite e as leis não podem aliviar ninguém. Entretanto, como estamos bem longe da cultura muçulmana e do islamismo, o ideal é o governo criar mecanismos reais de não dirigir quando beber. Sem leis politicamente corretas que não pegam. Afinal, o brasileiro, acostumado à bebidinha no happy hour, se sentiria melhor ao ver “seu motorista” sendo parado para fazer o teste do bafômetro.João Direnna,jornalista e psicólogo
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