Leitores - 28/11/2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva o direito de publicar ou não as cartas dos leitores.   Trânsito Tenho observado o trânsito em nossa cidade. Ele não é caótico; ele é mal-educado. Planos de mobilidade são e estão sendo discutidos. Reunem-se os engravatados e os que acham que sabem as soluções, blá-blá-blá e não se resolve nada. A reclamação é geral, e, esta "nossa” Autran, quando cobrada diz: faltam material humano e trabalho. A realidade é que quando estas "soluções” saírem do papel, o número de veículos já duplicou. As mudanças não precisam ser mirabolantes, aliás, tem que ser simples para bom entendimento de todos. Um exemplo: já que não se consegue coibir os estacionamentos embaixo de placas que não permitem filas duplas, nas faixas de pedestre, etc, durante todo o dia, nos horários de pico os agentes da autarquia circulariam de moto, inibindo os delitos. Alguma coisa tem que ser feita, já! Francisco Santos Urbanização e trânsito  Muito já se escreveu e discutiu ultimamente sobre as dificuldades do trânsito, sobretudo, nas nossas cidades, sem que se consiga encontrar, na maioria dos casos, um bom equacionamento para o problema. Pode-se mesmo dizer que o maior responsável pelos nossos sofrimentos nessa área é a opção política e econômica pelo automóvel, em detrimento dos demais meios, especialmente o transporte de massa. Mesmo conhecendo a origem das dificuldades, é necessário encontrar alternativas que tornem o deslocamento urbano menos estressante e que gerem menos ônus para a atividade produtiva. Apesar disso, nunca se pode minimizar a importância de se preservar e intensificar a beleza e o conforto das nossas cidades. Dito de outro modo, é um grave erro destruir avenidas, praças e outros recursos urbanos importantes, apenas para dar mais espaço aos automóveis, os quais se multiplicam como um vírus mortal e incontrolável... No caso particular de Nova Friburgo encontrar solução para os problemas de trânsito não chega a ser uma tarefa para leigos, entretanto, não há como concordar com propostas e medidas inconsequentes ou absurdamente indesejáveis... Preocupa-nos, no momento, um boato recorrente, segundo o qual a PMNF estuda a possibilidade de abrir mais uma pista de rolamento de trânsito na Avenida, ao longo do Rio Bengalas. Há alguns meses um político local defendia na TV projeto idêntico, o qual consistia em destruir os passeios de pedestres e reduzir a arborização – segundo ele, inúteis –, para ampliar a estrada! A acreditar em tais propostas, mal nos livramos da fantasia dos que inventaram um trem fantasma a correr por cima do Rio Bengalas, o que nos deu como herança um desastre político e já somos assaltados por essa péssima boataria... Por outro lado, os exemplos de cidades bem cuidadas, ou pelo menos, preocupadas com sua estrutura urbana, não precisam ser buscados na Europa ou Estados Unidos. Cachoeiras de Macacu e Rio de Janeiro, por exemplo, lugares completamente diversos do nosso, têm conseguido se reinventar, mesmo que tenham lá suas dificuldades não resolvidas... Em Cachoeiras, na impossibilidade de se modificar a estrutura da cidade, estão sendo abertos novos e modernos espaços urbanos, os quais certamente produzirão uma nova e acolhedora cidade, bem diversa da atual que, certamente, resistirá como monumento histórico. No Rio, dois exemplos são significativos: o complexo urbano da Barra da Tijuca e o Porto Maravilha. Na Barra temos claramente a instalação de conceitos urbanos totalmente diversos daqueles que caracterizam a cidade secular. O Porto Maravilha está transformando uma zona urbana completamente degradada em novo e pujante centro econômico, financeiro e habitacional. Com certeza, nesses projetos existem ainda alguns pontos críticos a equacionar, mas não há como negar sua importância para a revitalização das cidades. Por que em NF não se pensa em algo novo que venha, de fato, contribuir para recuperar a cidade, ainda debilitada pelos trágicos acontecimentos climáticos de 2011? Por que destruir uma das poucas áreas urbanas de bom gosto e de grande significação, sobrevivente em uma cidade que já foi bonita, feliz e cheia de esperanças para gerar em seu lugar uma concentração de automóveis ainda maior que a atual e que em nada solucionará nossos problemas de trânsito? Não se resolve congestionamentos trazendo mais automóveis para a mesma área. É necessário abrir novas vias que permitam redirecionar o trânsito. É indispensável que sejam abertas novas ruas e avenidas interligando os diversos bairros, sem a necessidade de transitar pelo centro da cidade. Mais que tudo, é fundamental cuidar melhor nossos poucos espaços arborizados, multiplicá-los e não destruí-los! Tomemos como referência para justificar esse argumento a última interferência urbana significativa do poder público na cidade, ocorrida há cerca de trinta anos (!). Não existisse hoje a Via Expressa, aberta aos trancos e barrancos e o acesso a Olaria, Cônego e região seria uma tragédia diária a mais para nossa população, mesmo que, em lugar dela, tivessem sido destruídas todas as calçadas, como prometem alguns governantes... É tentando caminhos alternativos que Nova Friburgo pode resolver seus problemas e voltar a ser bela e feliz como desejamos! Anacleto Vasconcelos
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