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Leitores - 27/03/2012
sexta-feira, 06 de abril de 2012
Secom esclarece
Com relação à matéria publicada na edição do dia 22 passado, página 12, com o título “Obras no Parque Imperial deixam moradores sem ônibus”, o secretário municipal de Obras, Clauber Domingues dos Santos, informa que é conhecedor dos fatos narrados e no momento oportuno sua equipe estará voltando ao local para concluir os serviços de drenagem, muro e asfalto.
Secretaria de Comunicação PMNF
Faixa de pedestres
Olá, caros amigos. Gostaria de enviar uma mensagem para os senhores(as) motoristas de nossa cidade. Sou motorista por profissão e tenho uma pequena reclamação a fazer para alguns motoristas desatentos que conduzem seus veículos no centro de Friburgo. Por muitas vezes reparo nas faixas de pedestres do centro da cidade que nem todos os condutores param para que as pessoas possam atravessar a rua, por muitas vezes quando eu paro meu carro para dar passagem para pedestre me deparo com a falta de educação de outros motoristas que passam voando do meu lado, colocando assim as pessoas em situação de risco. O pior são os motoboys que por muitas vezes passam pelo meio dos carros, pelos “corredores”, lembrando que isso é contra as normas de trânsito, conduzindo suas motos de forma perigosa e inconsequente.
Não posso deixar de fora os próprios pedestres que por muitas vezes não respeitam as normas de trânsito, atravessando a rua fora da faixa de pedestre e muitas vezes a poucos metros dela.
Peço que o povo friburguense se atente para sua própria segurança.
Sem mais para o momento, me despeço esperando que Nova Friburgo possa se tornar uma cidade mais educada no trânsito.
Marcos Vinicius Calegario Goulart
Chico Anysio (1)
Fomos surpreendidos nesta sexta-feira 23/03/2012 com a morte do gênio do humor, nascido em Maranguape (CE) no dia 12/04/1931 e que completaria agora no mês que vem 81 anos. Pena que se foi, vitimado por uma doença que o manteve internado desde dezembro de 2011. Criador de 209 personagens, que levou alegria, prazer e divertimento a dezenas de gerações, o considerava o Chaplin brasileiro. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, que pena que os gênios também morrem. O Chico era um cara sensacional; usava todo seu talento, todo seu humor, toda sua criatividade para ajudar as pessoas, notadamente aqueles humoristas que não estavam mais em evidência, para que trabalhassem e pudessem se manter, um procedimento nobre que deveria servir de exemplo. O Chico é aquele tipo de homem que jamais cairá no nosso esquecimento, homem que fazia-nos sorrir num país em que é tão difícil sorrir, deixou-nos um legado de coisas boas, deixou-nos um grande exemplo. Descanse em paz, meu querido Chico, com certeza o humor no céu agora ficará mais engraçado. Junte-se a José Vasconcelos, Rogério Cardoso, Ary Leite, Ronald Golias, Brandão Filho e tantos outros Gênios que nos deixaram na saudade. Se pudesse, meu querido Chico, pediria a meu pai que lhe desse um grande abraço lá na eternidade, você vai fazer falta, já está fazendo, dificilmente aparecerá outro como você... A impressão que temos, infelizmente, é que você jamais será substituído, será sempre imitado, mas nunca igualado, só nos resta orar por você.
Já admirava o Chico, depois de conhecê-lo há muito tempo num show que fez na SEF, fiquei seu fã de carteirinha, homem que deixou muitas histórias, deixou-nos uma lição de vida... Dizem que o Chico quando fazia os seus programas sempre ia pra casa caracterizado do último personagem que fazia naquele dia. Imaginem você cruzar na portaria de um prédio com o Véio Zuza, com Bozó, com o Silva, etc...como deveria ser engraçado... Descanse em paz, meu querido Chico, com você morreram 209 personagens que nunca serão imitados com tanta maestria, com tanto carisma. Receba esta homenagem deste seu fã, admirador, um dentre tantos milhões que agora choram sua morte... Fique com Deus! Descanse em paz!... Nova Friburgo chora por você!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Chico Anysio (2)
Era 1973, quando ainda usava cabelos grandes e terminava o último ano ginasial, tínhamos de apresentar um trabalho sobre comunicação. Por acharem que tinha algum perfil de repórter, me designaram para fazer uma entrevista com alguém importante e que fosse da TV Globo. De preferência, Chico Anysio. Lembrei-me de uma tia que conhecia pessoas influentes na emissora, entre elas o comediante Carlos Leite, que trabalhava com ele no Programa Chico City interpretando o “Beleza” (docinho de coco, docinho de jerimum...) e o Omar, dançarino do Fantástico. Pedi sua ajuda e ela arranjou tudo. Dia marcado, gravador cassete Philips com o minimicrofone na enorme bolsa tiracolo de couro, fui para o Jardim Botânico procurar aqueles que me levariam perto do ídolo e, já àquela época, maior e mais inteligente humorista brasileiro. Na plateia, assistindo à gravação do programa, ainda em p&b, e esperando o momento certo, ficava repassando as perguntas que tentaria fazer. De repente, “Beleza” me conduz até um canto do set e, simples como beber água, me apresenta ao Chico, ainda caracterizado de “Velho Zuza”. Foi ali que comecei a perceber sua grandeza, pois a primeira coisa que fez foi, humildemente, se colocar à disposição para as perguntas, desde que “o garoto não se importasse dele ir, ao mesmo tempo, retirando a maquiagem de Zuza, pois sairia dali ‘voando’ para São Paulo”, onde se apresentaria em um teatro. Trêmulo, lembro-me bem do atrevimento da primeira e última perguntas: “Chico, qual o seu nome completo e onde você nasceu?” Entre uma descaracterização de Zuza e outra: “Maranguape, Ceará; Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho”. E o que acha de humoristas como Ronald Golias, Renato Aragão e Moacyr Franco (que tinha um programa na casa)? “Se são humoristas, eu acho graça!” (risos). Agradeci, me despedi e fiquei pensando na glória que era ser um Chico Anysio. Anos mais tarde, o escutei dizendo que glória só entre a Lapa e o Catete e, ao lembrar-me daquele 1973, vi que ele falava a verdade.
João Direnna

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