LEITORES - 27/01/2015

Participe da coluna A Voz dos Leitores, enviando texto e fotos para leitores@avozdaserra.com.br. Mensagens sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva o direito de publicar ou não as cartas dos leitores. Para o envio de fotografia, o leitor confirma que é o autor da mesma ou possui autorização para distribuí-la, e autoriza expressamente o jornal A VOZ DA SERRA a publicá-la no meio impresso ou digital.    Eucaliptos da praça (1) É poda! Perguntar não deveria ofender e ainda por cima é um direito do cidadão: para onde estão sendo encaminhadas as toras de eucalipto que estão sendo barbaramente cortadas de nossa praça? Dia 25/01/2015 havia várias ao chão, algumas, visivelmente sãs, até para uma pessoa leiga, como eu, em botânica. Já foi publicada em coluna deste jornal que a poda das árvores da praça está sendo feita sem contrato formal com a serraria responsável, até pelo seu caráter emergencial, e que há informações de que a madeira da poda estaria sendo "armazenada” dentro da serraria em questão para, posteriormente, se analisar a possibilidade de vendê-la. Pois bem, quem está fiscalizando isso? Quem garante que esta madeira, que é um ativo municipal, vai ser comercializada dentro dos trâmites corretos de venda de ativos públicos? Vamos assistir imóveis a mais este absurdo? Ou vamos continuar a se preocupar com que vai desfilar ou não no carnaval? Sabemos que a praça é um charco, não deveriam fazer um replantio das espécies? Não vi uma só muda sendo colocada no lugar das que foram tombadas. Vamos esperar para ver o efeito deste massacre. Tomara que a praça não afunde, da mesma forma que Nossa Friburgo. Adriana Boy Eucaliptos da praça (2) Sou morador da Praça Getúlio Vargas e gostaria de saber se vocês sabem informar a respeito do corte, a meu ver, equivocado, das árvores. Não utilizo a palavra "poda” porque o trabalho que está sendo realizado pela Prefeitura é o de simplesmente cortar tudo, e não realizar a manutenção dos galhos que porventura estivessem ameaçados de cair. Fui almoçar com minha família no restaurante Quinta Rica e de lá tivemos uma visão que nos chocou muito. Praticamente no trecho entre o ponto de táxi localizado entre as praças e o coreto, foram quase todas as árvores cortadas. E pelo que era possível ver dos troncos, muitas não tinham, pelo menos aparente, de forma visível, problemas. O que nos preocupa é o fato de que sabemos que outras árvores não serão plantadas no lugar. As perguntas que ficam são: quem é o responsável pela poda? Foi feito algum estudo técnico? Teve acompanhamento de algum engenheiro ambiental? Como são veículo de comunicação sério e que informam sobre tudo o que acontece na cidade, fica aqui a minha sugestão de matéria. No mais, vale ressaltar, não sou contra a poda, acho necessário e algo que sempre deve ser realizado. O que muito me incomoda é o corte desenfreado que está sendo feito. Abraços,  Leonardo Oliveira Eucaliptos da praça (3) Fiquei, hoje, muito triste ao ver o estado da Praça Getúlio Vargas. Vários eucaliptos pelo chão, galhos, bromélias, os bancos quebrados pela queda dos troncos. Turistas espantados e sem entender o que estava ocorrendo. Várias pessoas fotografando. Árvores, aparentemente saudáveis, cortadas. Lá se foi a sombra. Lá se foram os pássaros. Onde vão pousar as maritacas que comiam frutas colocadas pelos taxistas? Será que aquele corte drástico era mesmo necessário? Não seria possível cortar os troncos na metade? A praça foi enfeitada no Natal para, dias depois, promoverem aquele triste espetáculo. Muito triste! Angela Maria Paes São Geraldo É evidente o descaso junto ao bairro de São Geraldo. Não bastasse a escola municipal fechada há mais de um ano, agora surgem buracos enormes nas ruas. Isso tem contribuído para inúmeros transtornos aos usuários da via, motoristas e pedestres, visto que, a circulação fica extremamente prejudicada. Espero ansiosamente pelo dia em que são Geraldo entre na lista de prioridades do governo. Rafael Ribeiro Dias Hospital Maternidade Em meio a tantas críticas, eu não poderia deixar de expressar minha gratidão à Maternidade de Nova Friburgo. Em 15/11/14, fui submetida a uma cesária de urgência (tive descolamento de placenta) e em trinta minutos, meu filho nasceu. Ficamos na unidade por 15 dias e tenho imenso carinho por todos que trabalham lá, e estiveram comigo nesses dias. A equipe da unidade neonatal é nota 1000 — obrigada, meninas, pelo carinho com meu pequeno José Inácio. As meninas da cozinha, da limpeza, a Dra. Izabel Cristina, que sendo minha médica, me orientou a ir para lá, por ser a melhor neonatal da cidade.  Mesmo não realizando meu parto na rede particular, como seria, Dra. Izabel Cristina me deu assistência na maternidade, foi me visitar fora do plantão, e sempre que lá estava ia me ver. Enfim, parabéns a todos que prestaram serviços no período de 15/11/14 a 29/11/14. Só tenho que agradecer.  Patrícia Peixoto  Ponto de Vista Apenas para sutil observação, quando mencionamos "aprendizagem” queremos dizer que um organismo aprendeu algo quando ele passa a executar um novo tipo de comportamento de forma mais ou menos permanente, devido a experiências anteriores. A aprendizagem puramente automática torna-se cada vez menos importante, pois na maioria das vezes a criança, ao sair da escola, precisará adaptar seus conhecimentos e criar novas condições. Assim, deve o professor acentuar o caráter dinâmico da aprendizagem. Conseguirá despertar a necessidade de novas resoluções e a não repetição daquilo que lhe foi ensinado progressivamente. A professora Kelly Cristine fala que "cerca de 500 mil candidatos zeraram a prova de Redação do Enem 2014”. "Alarmante!” — exclama. É, sem dúvidas, quando se conhece os principais motivos que levaram ao número alarmante de tantas "baixas”. Diz a professora Kelly que "se a língua é algo que significa, torna-se um contrassenso não ter tratamento primordial a leitura, seus contextos e significações”. Lembrou-me, então, o soneto "Língua Portuguesa” de Olavo Bilac: "Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um só tempo, esplendor e sepultura: ouro nativo, que na ganga impura a bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura. Tuba de alto clangor, lira singela, que tens o trom e o silvo da procela, e o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma de virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, em que da voz materna ouvi: "meu filho!”, e em que Camões chorou, no exílio amargo, o gênio sem ventura e o amor sem brilho!”. Mário de Macedo Cristino