Leitores - 26 de janeiro de 2011

domingo, 31 de julho de 2011
A Voz da Serra Imagino o ato heróico de repor a página do AVS no ar. Estamos torcendo por vocês e para que tudo volte em breve ao normal. O resto, a Deus pertence. Edson Barretto GPH Comunicamos que o Grupo de Promoção Humana (GPH), localizado no bairro do Cônego, abriu suas portas desde o dia 15, para receber doações. Informamos que não estamos acolhendo desabrigados e desalojados. Os voluntários solicitam água, alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, roupas, calçados, roupas de cama e banho, vassouras, rodos, panos de chão. O GPH agradece a participação da comunidade neste trabalho de pura solidariedade. Solidariedade Quero expressar a minha solidariedade a todas as vítimas da catástrofe que devastou Nova Friburgo. Miguel Melleiro Junior Rose Matsuyama Gostaria que este importante jornal registrasse nossa homenagem à Srª Rose Matsuyama, técnica de enfermagem, que deu início aos primeiros socorros às vitimas da terrível enchente em nosso bairro. Toda a comunidade de Conselheiro tem muito a agradecer a esta guerreira! Que não passe em branco sua atuação heróica! Seu equilíbrio e competência foram vitais! Obrigada, Rose, nosso anjo de resgate! Maria Adelaide Silva Bombeiros Sou bombeiro e estive aí durante a tragédia ocorrida na cidade, retornando dia 19 para Mogi Guaçu/SP, mas sinto do fundo da minha alma a perda dos companheiros que se foram cumprindo o sagrado dever de salvar vidas, pois eles, onde estiverem, estão bem iluminados e amparados na glória dos céus. Coloco meus pesares à toda corporação. Abraços deste irmão de serviço. Oskar Ernst Brinker Tremor de terra Muitos moradores do Cascatinha escutaram na segunda-feira, dia 11, aproximadamente às 11h, um estrondo seguido de tremor de terra. Acho que deveria ser feita uma pesquisa séria do que aconteceu com Nova Friburgo. Não acredito que uma chuva, mesmo forte, tenha destruído uma cidade. Algo ocorreu. Angela Paes Sem água Que tristeza! Desde o dia 12 que estamos sem água encanada. Muitos moradores querem voltar para seus lares, mas não podem. Falta água para lavar a lama. Até entendemos a gravidade da situação, mas, dez dias sem água, isso nunca aconteceu. A empresa responsável deveria estar melhor preparada para situações deste tipo, que são recorrentes em Nova Friburgo. Edemilson Oliveira Voluntário Venho por meio desta informar que me ponho à disposição como voluntário no serviço de radiologia que se faça necessário um técnico. Um forte abraço , unidos seremos um só! Anderson Roberto Nogueira de Queiroz E-mail:andersonroberto@r7.com Patrimônio da cidade Queria comentar algo que vi acontecendo na Praça do Suspiro, quanto ao trabalho de limpeza da mesma. É triste ver o que aconteceu ali naquela praça, toda aquela terra que desceu do morro, atingindo a Igreja de Santo Antônio e a antiga fonte do Suspiro. Me chamou a atenção o trabalho que estava sendo feito, uma retroescavadeira, fazendo a limpeza, estava acabando de demolir a fonte, que estava só soterrada. Se fosse feita manualmente a retirada da terra ali, a fonte do suspiro poderia ser preservada. Me espantou a falta de cuidado com o patrimônio da cidade, tal fonte era centenária e parte da nossa história. Me pergunto se não vão demolir também o que restou da Igreja de Santo Antônio. Alan Augusto Klein Pedido de socorro Trata-se de um pedido de socorro com relação à água, necessidade básica de sobrevivência. Eu entendo e compreendo tudo o que aconteceu nessa tragédia. Só que os 30% que estão sem água não têm culpa disso. Minha família e muitas outras do bairro não têm sequer água para cozinhar, enquanto que os outros 70% estão lavando carros, calçadas e baixando a poeira, e a Águas de Nova Friburgo não se importa a mínima. Podiam ao menos disponibilizar caminhão pipa, mesmo que fosse racionado. Por favor, ajudem, pois se continuar assim os moradores do Parque São Clemente entrarão para a lista de mortos por falta de água. Serão mais uma estatística do descaso das autoridades. Semiramis Delling Paulo Azevedo Gostaria de aqui elogiar a mensagem que Laudir Fabiano Pereira Júnior escreveu sobre Paulo Azevedo. De extrema sensibilidade, ele colocou em linhas o que nós, friburguenses, que amávamos Paulo Azevedo, não só como político, mas como pai, irmão, avô e, acima de tudo, amigo, sentimos. Realmente a política de Friburgo não será mais a mesma, perdeu-se a estrela mais brilhante. Vai com Deus, para sempre, Paulinho! Adriana Boy Cestas básicas É lamentável o que venho presenciando aqui no Jardim Ouro Preto durante a distribuição de cestas básicas. Muitas pessoas inescrupulosas, que não necessitam, estão acumulando cestas e prejudicando algumas pessoas que realmente necessitam. Parece até que consomem uma cesta básica por dia. Muitos estão trocando os produtos, principalmente leite em pó, por cigarros e bebidas. E, pelos comentários, isso está ocorrendo em várias partes da cidade. Tenho a impressão de que parte da população já está farta de alimentos, água mineral e roupas. Edemilson Oliveira Não houve nada? Parece que para alguns residentes na cidade não houve nada em Nova Friburgo. Não vemos nenhum vereador tomando alguma iniciativa, não vemos o srº prefeito vir a público acalmar, consolar, tomar providências. Nada, os órgãos da imprensa, inclusive A Voz da Serra, não divulgam nada em profundidade. Se não fossem as pessoas de fora, bombeiros, militares de diversas forças, os médicos, os diversos voluntários civis de outras cidades e até os bravos garis da PMRJ, não teríamos essa recuperação que hoje já vemos. Onde estão as lideranças políticas e civis desta cidade? Passando férias em algum município vizinho? Cláudio Ribeiro Filas Se já não bastasse a perda de entes queridos e materiais, a nossa tão sofrida população agora tem que ficar expondo-se ao sol forte e em grandes filas para tirar segunda via de documentos e se inscrever no aluguel social e outras coisas mais. Passando por muitas humilhações, tendo que ficar se expondo para a imprensa no meio da rua, querendo ou não aparecer. Eu acho isso um absurdo. Uma vaidade das autoridades para mostrar serviço, podendo elas levarem esse pessoal para um lugar mais reservado, com mais conforto, para que essas pessoas não fiquem taxadas de ”flageladas”, como é citada na manchete de um artigo de vocês. Obrigado pelo espaço e reforço meus protestos. Rômulo José Agrícola Sobreviventes Comento sempre com as pessoas que nós, que ficamos, somos sobreviventes desta catástrofe. Precisamos reconstruir a cidade não só fisicamente, mas também moralmente (este é o momento inadiável para isso), no sentido psicológico e de cidadania. Temos que refletir, abraçar cada irmão, respeitar mais o próximo, ter mais carinho, mais união. Faço este apelo a todos nós, sobreviventes. Também peço às autoridades, inclusive policiais, que coloquem ordem na cidade, pois desde o dia 12 tenho visto motoqueiros sem capacete, alguns subindo em cima de calçadas, até pela contramão; motoristas ignorando a cor vermelha dos sinais, outros seguindo as viaturas quando pedem passagem e, tudo isso, infelizmente, sem serem chamados a atenção e nem sequer multados. Pergunto a todos: qual será a melhor forma de reconstruirmos Nova Friburgo? Deus abençoe a todos nós! Alisson Caetano Sem carnaval Espero em Deus que o povo de Friburgo se recupere, para que Nova Friburgo volte logo a ser a cidade acolhedora que sempre foi. E quero pedir ao prefeito Dermeval que este ano não haja carnaval aqui. Vamos primeiro recuperar nossa cidade, deixe o carnaval para ano que vem, quando as pessoas tiverem reerguidas. Lucimar Pereira Peixoto Carnaval não Moro fora de Friburgo há 21 anos e o que sinto neste momento é muita tristeza pelo meu povo. Só gostaria de deixar aqui a minha opinião sobre o carnaval. Gostaria que não houvesse carnaval, já que o povo está chorando seus mortos. E por respeito ao povo, devemos respeitar aqueles que perderam seus entes queridos. Deuzamar Pereira Nova Friburgo e o Código Florestal Divido meu tempo entre Nova Friburgo e Rio de Janeiro. No domingo em que começaram as chuvas estava em Nova Friburgo, mas vim para o Rio no meio da tarde, não vi o que aconteceu. Voltei a Nova Friburgo, pois tive que ver uma amiga que mora em Cordeiro. Para passar de Friburgo para Cordeiro peguei a estrada Riograndina e saí em Duas Barras. Fiquei apavorada. Vi casas totalmente dentro do rio, como se fossem ilhas. Voltei indo até Bom Jardim, e quando a pista fica interditada pegando um desvio e saindo em Banquete. Novamente, só desolação. Percebi que alguns fatos eram inevitáveis, mas que muitas desgraças não teriam acontecido se as pessoas tivessem respeitado o limite de afastamento imposto pelo Código Florestal. As pessoas constroem nas margens do rio, quando este alaga é impossível evitar a tragédia. Outra questão é: temos uma Política Federal de Saneamento Básico (Lei 11.447/2007) que prevê a drenagem como integrante do saneamento. Não existe plano de drenagem e as pessoas constroem no caminho das águas. Ao expressar o meu lamento pelo ocorrido, endosso os argumentos dos que defendem a manutenção dos limites de construção às margens de corpos d’água. Elida Séguin Nova Friburgo, uma cidade fantasma? Com imensa destruição de indústrias e de estabelecimentos comerciais, Nova Friburgo pode sofrer um processo de esvaziamento com o fechamento de indústrias, pontos comerciais e o êxodo de habitantes influentes e de razoável poder aquisitivo. Muitos habitantes, que foram vítimas diretas desses desastres, estão apenas esperando o momento certo de venderem suas propriedades e partirem para outros municípios. Tornando-se frequentes os casos de transbordamento do Rio Bengalas, o poder público tenderá a dispensar, cada vez menos, recursos necessários ao restabelecimento do cotidiano da cidade, obviamente com exceção do centro da cidade. Que Deus nos livre disso, mas uma nova catástrofe, nos moldes desta, de certo não poderá contar com tamanho aparato interinstitucional do poder público, que visará optar por apenas socorrer as vítimas e abandonar as áreas destruídas. Ou o poder público investe pesado num projeto de redefinição dos espaços a serem ocupados, ou poderemos ter, a curto/médio prazo, uma cidade fantasma. Fundamental para salvar Nova Friburgo da decadência será o depósito de nossa confiança na representação nos nossos deputados estaduais e federais na viabilidade de recursos para a reconstrução de uma nova Nova Friburgo. Mauro Zurita Fernandes - Geógrafo
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