Leitores - 25/06/2013

terça-feira, 25 de junho de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras em  maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva ao direito de publicar ou não as cartas dos leitores.   Apelo Recentemente estive conversando com um vereador e sugeri a ele que submetesse no plenário da Câmara um projeto para que fosse criada uma lei municipal obrigando a todas as padarias, bares e lanchonetes que construíssem sanitários para os fregueses usarem, pois tenho visto na cidade situações constrangedoras,  que as pessoas passam por estes estabelecimentos e estes não possuem sanitários... Ele logo desconversou dizendo que é muito difícil, pois cabe ao comerciante a obrigação  da construção destas obras... Me calei, como se deve calar diante de todo ignorante.  Afinal, aprovada a lei, não mais dependeria da vontade do comerciante esta atitude, até que porque todas têm sanitários, mas são restritos aos funcionários. Com certeza dependeria apenas de uma adaptação! A razão pela qual sugeri esta lei é muito simples... Recentemente estava pela manhã tomando um cafezinho numa padaria numa esquina aqui do Centro, quando uma senhora acompanhada de uma menininha de dois ou três anos. A garotinha estava prestes a fazer xixi na calcinha. A senhora educadamente perguntou ao rapaz do caixa se sua netinha poderia usar o banheiro, pois estava quase passando mal... A garotinha tremia e se segurava, dava pena. Nem isto sensibilizou o tosco gerente... Ele simplesmente disse que o sanitário era só para empregados... A garotinha acabou por fazer xixi na calcinha, em plena calçada... Fiquei arrasado, revoltado... Que falta de sensibilidade.. que falta de respeito... Que acham? Jorge Plácido Ornelas de Souza Partidos políticos  Não sou cientista político, colunista de política, articulista, historiador. Mas me espanto e fico muito preocupado quando leio em jornais artigos que expressam opiniões que fortalecem ou incentivam a repulsa aos partidos políticos de uma forma geral. Não consigo ver uma sociedade sem estas instituições juntamente com os sindicatos de classe. Concordar que hoje temos no cenário político eleitoral em nosso país verdadeiros aglomerados de interesses pessoais, sem dúvida. Há exceção, mas que não vem ao caso. A grande maioria da população brasileira generaliza o exercício democrático de militância política como se fosse um trampolim para o enriquecimento. Não deixam de razão, no entanto, o que permite essa forma burguesa de exercer e fazer política é a legislação em vigor do sistema eleitoral partidário brasileiro. Assim como hoje há em todo o país uma campanha ferrenha e correta para a rejeição da PEC 37, talvez devido a sua recente criação, onde no seu texto atende diretamente a maioria daqueles que irão aprovar ou rejeitá-la concedendo a estes o privilégio de não serem investigados pelo MPF isento. São os mesmos que se esquecem de propor depois do período eleitoral a reforma político partidária. Havendo uma reforma séria, séria será a atividade de militar em partidos políticos. Alexandre Andrade  Redução de R$0,10? O prefeito gosta mesmo de contar piada! E sobre a saúde e educação? Ele vai dar também R$0,10? Deuzamar Pereira  Resposta à presidente Dilma Ao ouvir ontem o pronunciamento da Presidente do Brasil, tão esperado em meio a onda de protestos que assolam o país, que acordou de anos de desmandos, politicagens, maracutaias, cuja Classe Média cansou de ser explorada com impostos acharcantes, ainda tenho de ouvir a frase "Vamos importar milhares de médicos do estrangeiro” (05m31s do vídeo) para que, com isso o Brasil tenha "atendimento de saúde de qualidade” (04m34s). Isso mostrou o quanto ignorante é, e o tamanho da incompetência dos Gestores Públicos brasileiros, que não nem a mínima noção do que é necessário para um "atendimento médico de qualidade”. Achando que importando médicos — notadamente de Cuba, que a Presidente acha o "paraíso” — conseguirá o padrão que ela procurou no Hospital Albert Einstein (particular), EM São Paulo-SP, para curar seu Linfoma, com um excelente médico brasileiro. Sra Presidente, a senhora está equivocada. Medicina se faz com bons hospitais, aparelhados com todo o recurso médico tecnológico de última geração, com laboratórios capazes de realizar exames de ponta, e exames de imagem muito importantes, que minimizam ao máximo o erro diagnóstico. Medicina se faz com remédios de excelente e indubitável qualidade, como bem a senhora pode ver quando tomou a medicação Rituximab, cujo frasco de 500mg (um frasco) custa R$ 6.155,70, que — obviamente — não tem na Farmácia Básica da maioria dos estados brasileiros, negando aos pacientes o direito de tentar a cura de terrível doença. Medicina se faz com hospitais limpos, confortáveis, seguros, seguindo as Normas e RDCs da Anvisa, tão exigidas em hospitais particulares e praticamente inexistente nos hospitais públicos, pois nestes, não há, muitas vezes, nem uma maca sem colchão para deitar um paciente e o que se vê é o descaso de pacientes no chão, onde obviamente a senhora nunca foi tratada. Médicos devem ser formados com boas escolas, com acesso a livros caros, revistas e periódicos caros, professores com mestrado, bibliotecas completas, em faculdades de qualidade, onde haja professores bem pagos. Atualmente, nós, médicos que tentamos ainda trabalhar na Saúde Pública, arcamos congressos e livros — sim, Presidente, ainda estudamos muito — com nosso próprio e parco dinheiro. Médicos bem formados precisam de tempo para estar com pacientes, e para isso, precisam de salário justo, pois abandonamos família, muitas vezes compramos remédios dos nossos bolsos para hospitais públicos, e ninguém sequer sabe. Como não temos Salário Justo, precisamos correr atrás de vários Hospitais particulares, consultórios, em detrimento do SUS, para pagar impostos acharcantes, ao Governo que a senhora Preside por hora. Saiba que se um Plantonista faz 4 plantões de 24 horas seguidas, mais de um deles é feito para pagar Imposto de Renda e — surpresa! — nem temos direito a reclamar ou deixar de pagar! Trazer médicos de Cuba, sabe Deus como foram formados, sem sequer revalidação do Diploma, o que já é defendido até pela OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, Dr. Marcos Vinicius Furtado, é um crime, pois para exercer a medicina no Brasil temos de respeitar as Regras do Ministério da Educação, Saúde, Conselho Federal de Medicina, e Conselho Regional de Medicina. Trata-se de Exercício Ilegal da Profissão Médica. Quanto ao seu Plano de Mobilidade, sugerido no pronunciamento editado e repetitivo em 22 de Junho de 2013 em Rede de rádio e televisão, informo-lhe que nada menos que dois ex-ministros, Márcio Fortes e Marta Suplicy, já o apresentaram, desde 2007 (Há 5 anos precisamente), e nunca saiu do papel, ou a Presidente deixou em alguma gaveta. Portanto, não ache que não temos memória, que todos somos acéfalos. Basta fazer uma busca nas suas gavetas ou em uma ferramenta de buscas da Internet. As "limitações políticas” citadas aos 43 segundos de seu discurso, melhorariam muito se realmente os condenados por corrupção e por improbidade administrativa fossem afastados do Governo, esquecendo laços partidários espúrios, que o seu partido, que antes criticava e atacava todos, agora acalenta com cargos altíssimos. Os médicos brasileiros não são responsáveis pelo caos da Saúde Pública. A responsabilidade é a de gestores incompetentes, politiqueiros e irresponsáveis que lhe cercam, com fraudes, licitações superfaturadas, material hospitalar de péssima qualidade. Isso ocorre corriqueiramente no Brasil, país que a senhora preside por hora. E não oferecem condições mínimas de exercer a medicina no exterior. Lembre-se dos excelentes médicos que lhe cuidam e lhe restauraram a Saúde. Lembre-se, que, diferentemente do falecido Ex-Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a Sra foi tratada aqui no Brasil. Não é possível que a senhora deite com a cabeça no travesseiro, sabendo que há milhares de miseráveis morrendo nos Hospitais Públicos Brasil afora. E por último, explico-lhe o porquê de não haver médicos que se submetam a receber salários ridiculamente baixos (sim, porque os apresentados pelos políticos, como o Governador do Rio de Janeiro, Sr. Sérgio Cabral, são fictícios, e os contracheques o provam. Peça para ver um contracheque real de um médico do SUS no Rio de Janeiro). Já os Juízes Federais vão para qualquer lugar do país, pois tem segurança e estabilidade, e recebem um salário inicial de R$ 24.077,73 quase dez vezes mais que um médico. E antes que se venha com o argumento velho e ignorante de que "medicina é sacerdócio”... e "Sabiam disso antes de entrar para o Serviço Público”, explico-lhe que nem todos nascem para ser políticos. Alguns nascem com o ideal de cuidar, e há milhões e milhões de pessoas neste país, que precisam de cuidados, inclusive nossos filhos, filhas e famílias. que ao contrário da Sra. Sua filha, e o filho do Ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva, na maioria não são empresários de espetacular sucesso, e precisam estudar, pois não existem praticamente boas escolas públicas, precisam alimentar-se, pois em geral, não recebem "Bolsas-Família” ou qualquer outro benefício, e exigem a atenção e precisam dos pais presentes, e não só correndo de um emprego para outro, para juntar migalhas, senão correm o risco de serem futuros beneficiários dos Programas Sociais, até do Bolsa-Crack, quem sabe. Só mais uma pequena explicação: segundo o Dicionário Aurélio, a palavra "Presidente” é um Substantivo Uniforme, que significa "Pessoa que dirige as deliberações de uma assembleia, de um tribunal. / Chefe do Estado, nas repúblicas. Adj. Que preside: juiz presidente”... portanto, fica muito deselegante esse neologismo que a Senhora insiste em usar, deseducando o Povo e deturpando a Língua Brasileira, "Presidenta”. Respeitosamente, Marcelo Orphão Motta, médico Em nome dos aposentados Caros amigos: cansados de peregrinar pelos corredores da Prefeitura de Nova Friburgo e de apelar para todos os santos, resta-nos tentar esta que talvez seja a última trincheira, a de A VOZ DA SERRA. Os funcionários aposentados da Câmara Municipal aguardam desde o dia 19 de dezembro de 2011 a solução de um requerimento protocolado sob o nº 023868. No acesso feito no portal da cidadania da Prefeitura consta que o mesmo, depois de transitar por 17 setores, pousou na divisão de apoio estatutário no dia 27 de julho de 2012, precisamente as 17 horas, 13 minutos e 12 segundos e está "em andamento” na divisão de apoio estatutário. Como senão bastasse nosso padecer, requeremos em 8 de agosto de 2012 uma certidão de inteiro teor do referido processo (protocolo 015360). As informações no portal são de que o mesmo deu entrada no dia 13 de agosto daquele mesmo ano no "Apoio adm/Ass. Sec. Administração” e sua situação é a mesma do processo original. Ele também está em "andamento”. Aproveitando que a Secretaria de Comunicações da Prefeitura tem-se mostrado atenta aos reclamos feitos nesta seção e se valendo do prestígio e respeito que A VOZ DA SERRA acumulou nestes 68 anos de vida, pegamos uma carona na onda de manifestações que estão sendo pela população brasileira para fazer a nossa passeata na esperança que acabem os "andamentos” dos requerimentos acima e tenhamos, enfim, uma solução. Na esperança que nossa bandeira seja erguida nas páginas deste jornal desde já agradecemos. Em nome dos aposentados,  Lúcio Flavo Gomes da Silva
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